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Por que o Titanic não implodiu quando afundou no mar?

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Com os recentes acontecimentos envolvendo o submarino e a expedição para o fundo do mar, outra dúvida surge: por que o Titanic não implodiu quando afundou?

Afinal, muito se discute sobre as condições atmosféricas que o submersível passou, levando a destruir-se com alguns metros no fundo do mar.

Contudo, não foi isso que aconteceu com o grande navio em seu naufrágio. Mas por quê?

Titanic não implodiu

O Titanic e os submarinos são projetos que possuem construções diferentes, o que explica por que suas reações ao afundar são distintas.

O Titanic era um navio de passageiros, construído principalmente com o objetivo de oferecer conforto e segurança aos passageiros.

Embora fosse uma estrutura maciça, sua construção se baseia em aço e rebitado, o que lhe conferia uma certa resistência.

Quando o Titanic atingiu o iceberg, o impacto causou danos significativos ao casco do navio, abrindo vários compartimentos à água.

A água inundando esses compartimentos fez com que o navio perdesse flutuabilidade, afundando gradualmente até repousar no fundo do oceano.

Os submarinos, por outro lado, são projetados para operar em grandes profundidades sob a água.

Eles são construídos para suportar altas pressões hidrostáticas, devido à diferença de pressão entre o interior do submarino e a água circundante.

A estrutura dos submarinos é projetada para resistir à compressão da água sobre ela.

No entanto, se um submarino for danificado ou sofrer uma falha estrutural enquanto estiver submerso, a água pode entrar rapidamente na embarcação.

Isso aumenta a pressão interna do submarino, e se ela exceder a capacidade de resistência da estrutura, pode ocorrer uma implosão.

Via BBC

Afundou primeiro

Por conta do tamanho, o Titanic não implodiu por inteiro, mas algumas partes sim. Quando o iceberg danificou sua estrutura, conforme a pressão atingia determinados lugares, elas iam se danificando.

Entretanto, nem todo o navio precisava lidar com diferenças atmosféricas. Por isso, a água fez pressão para ele descer, e não apenas implodir em contato com o fundo do mar.

Por outro lado, o submarino que realizou a expedição era compacto, sem entradas de ar, vedado por inteiro. Isso significa que qualquer erro na estrutura seria suficiente para aumentar a pressão e causar uma fatalidade, como ocorreu.

É importante que, para um transporte marítimo afundar, ele deve ter mais peso que ar, ou então boiará. A estrutura inferior do Titanic não implodiu e, por isso, estava com ar para ficar na superfície.

Contudo, ao bater, encheu de água, que fez peso para ele virar e parar no fundo do oceano.

Submarinos, como da OceanGate, devem ter peso, e pressão apenas para os passageiros sobreviverem. Caso contrário, também boiará, sem conseguir chegar ao destino.

Isso explica a diferença entre os transportes e seus resultados finais ao entrar em contato com o fundo do mar.

Como não implodir?

Via National Geographic

Futuramente, outras expedições rumo ao Titanic ou explorações do mar devem ter um submarino especialmente projetado.

Ele deve ter um casco construído com materiais resistentes, como aço especial e ligas de alta resistência, capazes de suportar a pressão hidrostática das profundezas.

Sua projeção visa distribuir uniformemente a pressão sobre sua estrutura, evitando pontos fracos que poderiam ceder sob tensão.

Além disso, a forma geral dos submarinos deve minimizar o impacto das forças da água em movimento.

As superfícies externas recebem moldes de maneira aerodinâmica, reduzindo a resistência ao deslocamento e à carga hidrodinâmica, o que ajuda a reduzir a pressão exercida sobre o casco.

Enquanto isso, é essencial se preocupar com os compartimentos estanques, separados por portas e escotilhas herméticas.

Essa configuração permite isolar áreas danificadas, impedindo que a água se espalhe por todo o submarino em caso de acidente ou vazamento.

Por fim, um submarino deve ter equipamentos de compensação de pressão, como tanques de lastro e de lastro variável.

Esses sistemas permitem que o submarino ajuste seu peso e sua flutuabilidade, controlando a quantidade de água e ar nos tanques. Dessa forma, a pressão interna pode ser mantida em equilíbrio com a pressão externa, evitando a implosão.

 

Fonte: A Rede

Imagens: National Geographic, BBC

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