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Por que explorar o fundo do mar é tão difícil?

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Durante os últimos dias, houve muita discussão em torno do submersível que implodiu durante uma expedição destinada a observar os destroços do navio Titanic e a explorar o fundo do mar.

Contudo, para ter sucesso na missão, o transporte precisaria resistir a uma pressão muito absurda. A localização pretendida estava a aproximadamente quatro mil metros abaixo do mar.

Para termos uma ideia, a pressão atmosférica ao nível do mar é de aproximadamente 100.000 Pascals. Essa é a unidade de pressão do Sistema Internacional de Unidades.

Esse valor de pressão é equivalente a uma massa de 10 toneladas em cima de cada metro quadrado da superfície da Terra, afetando tudo que está tocando o ar atmosférico.

Via G1

Isso ocorre porque a pressão exercida por fluidos, como o ar atmosférico e a água do mar, por exemplo, não é aplicada apenas de cima para baixo, mas de todos os lados.

Essa pressão tem o mesmo valor para tudo que está no mesmo “nível”. O nível se define pela coluna de fluido que está acima do ponto em questão. Ou seja, a pressão atmosférica é a mesma para tudo que está ao nível do mar e diminui gradualmente para altitudes mais elevadas.

E quanto à gente?

No entanto, se a pressão atmosférica é tão intensa, por que não nos esmaga, assim como o submarino cedeu para a pressão da água do mar?

A explicação para isso é simplesmente o fato de que possuímos pressão interna e externa iguais.

Ou seja, nosso corpo está cheio de ar, não apenas nos pulmões. Portanto, não há diferença de pressão entre o interior e o exterior do nosso corpo.

Podemos sentir uma diferença entre a pressão interna e externa em nosso corpo quando variamos a altitude em relação ao nível do mar. Consequentemente, varia a pressão atmosférica a que estamos expostos.

Por exemplo, quando viajamos por regiões montanhosas para ir ou voltar da praia, sentimos nos ouvidos uma diferença de pressão entre o ar que está dentro e o ar que está fora do nosso corpo.

Essa diferença é mais perceptível nos ouvidos devido a um “atraso” no deslocamento do ar entre o nariz e a parte interna do ouvido.

Em casos mais extremos, é exatamente a diferença de pressões que pode gerar forças enormes capazes de sustentar aviões ou fazer um submarino implodir.

Explorar o fundo do mar

Via Tecmundo

A existência dessas forças causadas pela pressão da água do mar é um dos motivos pelos quais podemos dizer que, de certa forma, explorar o fundo do mar é mais difícil que outros lugares, como o espaço.

Uma espaçonave precisa aguentar somente uma diferença de pressão equivalente a uma atmosfera.

No entanto, um submarino deve suportar uma diferença de centenas ou milhares de atmosferas entre a pressão interna e externa.

Porém, desde o ano passado, a NASA, a agência espacial dos Estados Unidos, começou a direcionar mais recursos para a exploração das profundezas do mar.

Isso ocorre porque veículos que mergulharam até a zona hadal, uma região do fundo do mar com profundidades de até 11 quilômetros, descobriram ecossistemas inteiros repletos de vida marinha.

Até recentemente, os cientistas acreditavam ser impossível que a vida pudesse resistir a essas enormes pressões.

Entretanto, essa descoberta e o estudo futuro dessas formas de vida podem nos fornecer uma nova chave para entender que o universo pode estar repleto de formas de vida que nem conseguíamos imaginar.

No entanto, mesmo com os recentes casos, é possível ver que estamos avançando nessa tecnologia. Logo mais, poderemos conhecer o fundo do mar como conhecemos outros locais tão misteriosos, e com segurança.

 

Fonte: Tecmundo

Imagens: Tecmundo, G1

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