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Por que tão poucos imperadores romanos morreram de causas naturais?

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O passado do nosso planeta conta com eventos históricos e marcantes. Em suma, esses influenciaram o desenvolvimento dos seres humanos e os rumos que diversas nações tomaram. Nossa história está repleta de figuras importantes e algumas delas são os imperadores romanos.

Em suma, a civilização como um todo e as contribuições que ela fez foram muito importantes para o mundo. Mas um ponto que muita gente não repara é a quantidade enorme de imperadores romanos que morreram por causas não naturais.

Ademais, as mortes geralmente eram prematuras e violentas. Agora, os cientistas identificaram um novo padrão matemático, uma lei de potência que descreve o destino de tantos imperadores que morreram deixando para trás todo um império.

“Embora pareçam ser aleatórias, as distribuições de probabilidades de lei de potência são encontradas em muitos outros fenômenos associados a sistemas complexos”, pontuou o cientista de dados Francisco Rodrigues, da Universidade de São Paulo, no Brasil.

Probabilidade

De acordo com Rodrigues, a distribuição da lei que normalmente define a longevidade dos imperadores romanos se chama princípio de Pareto. Ele também é conhecido como regra 80/20. Esse princípio se preocupa com entradas e resultados econômicos. Mas e termos de distribuição de probabilidade ele pode ser simplificado para significar que as ocorrências comuns tem aproximadamente 80% de probabilidade ao mesmo tempo que eventos raros têm cerca de 20%.

Nesse caso em específico dos imperadores romanos, suas mortes violentas são os eventos mais comuns. E as mortes por causa naturais são bem mais raras, principalmente nos primórdios do Império Romano ocidental.

Durante esse período, desde Augusto, o primeiro imperador, até Teodósio, os imperadores tinham aproximadamente um quarto de chance de viver tempo suficiente para morrerem de causas naturais, como descobriram os pesquisadores.

Análises

E analisando todo o Império Romano, desde a época de Augusto até o fim do Império Bizantino, as coisas não melhoraram muito. Nesse período, considerando os reinados de todos os 175 imperadores romanos, eles tinham cerca de 30% de chance de viver até uma idade avançada e não serem assassinados ou mortos de alguma outra forma.

Os pesquisadores descobriram também que nem todo período do reinado eram iguais. Tiveram aqueles que foram mais perigosos.

“Quando analisamos o tempo de morte de cada imperador, descobrimos que o risco era alto quando o imperador assumiu o trono. Isso pode ter algo a ver com as dificuldades e demandas do trabalho e a falta de experiência política do novo imperador”, disse Rodrigues.

Morte

Se os imperadores conseguissem passar por esse período sem serem mortos, as chances de eles sobreviverem no cargo aumentavam. Ou, pelo menos, tendia a aumentar até determinado ponto.

E depois de 13 anos reinando, o risco de morte prematura disparava de novo. Isso talvez era um reflexo do esgotamento da paciência na mente dos seus assassinos aliados, ou inimigos diretos.

“Pode ser que, após o ciclo de 13 anos, os rivais do imperador concluíssem que dificilmente ascenderiam ao trono por meios naturais. Talvez seus velhos inimigos tenham se reagrupado, ou novos rivais possam ter surgido”, concluiu Rodrigues.

Fonte: https://www.sciencealert.com/dark-pattern-explains-why-so-few-roman-emperors-died-of-natural-causes

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