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Pode haver uma ligação surpreendente entre psicodélicos e uma melhor sáude cardíaca

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Milhões de pessoas, ou até mesmo bilhões, usam drogas de todos os tipos. Entre drogas ilegais e provindas do submundo, até chegar no cafezinho de cada dia. As drogas podem causar diferentes efeitos para o nosso corpo. A maioria dos tipos as pessoas já sabem.

E um ramo crescente de pesquisas sobre drogas tem mostrado que as experiências com drogas psicodélicas podem ser boas ou ruins, assustadoras e desconfortáveis. Mas que podem levar a melhorias.

Os cogumelos mágicos foram considerados uma terapia revolucionária para o tratamento de depressão, o LSD veio como uma possível nova maneira de diminuir a percepção da dor, e a terapia assistida por MDMA pode logo se tornar uma forma legal no tratamento de transtorno de estresse pós-traumático (PTSD) nos Estados Unidos.

Psicodélicos

Embora ainda seja cedo, por essas descobertas serem promissoras, os cientistas estão começando a expandir as pesquisas. Agora, os pesquisadores podem ter uma nova vertente no departamento cardiovascular.

Uma das novas hipóteses sugere que psicodélicos clássicos, como DMT, ayahuasca, LSD, mescalina, peiote ou psilocibina, podem ter um impacto positivo na saúde do coração e ser duradouro.

Uma análise feita da Pesquisa Nacional dos Estados Unidos sobre Uso de Drogas e Saúde, no começo de 2021, descobriu que as pessoas que tinham experimentado um psicodélico pelo menos uma vez na vida tinham chances maiores de ter uma melhor saúde no geral e chances menores de estarem acima do peso. Além disso, essas pessoas também tinham menos chances de ter um problema cardíaco.

Relação

Essa relação fez com que os pesquisadores fizessem mais estudos. Então, com os dados da mesma pesquisa nacional entre 2005 e 2014, os pesquisadores descobriram que as pessoas que tinham experimentado psicodélicos pelo menos uma vez na vida tinha menores chances de ter doenças cardíacas e diabetes.

Isso também se mostrou verdade até quando os pesquisadores controlaram os grupos por idade, sexo, estado civil, raça, renda familiar, nível de educação, envolvimento em comportamento de risco e uso de outras drogas.

Essa relação é bastante interessante. No entanto, ainda existem outros fatores de confusão que podem não ter sido levados em consideração. Além do mais, não se sabe se é especificamente o uso do psicodélico que está impactando a saúde cardíaca positivamente.

“A direção da causalidade permanece desconhecida. Testes futuros com desenhos duplo-cegos, randomizados e controlados por placebo são necessários para estabelecer se o uso psicodélico clássico pode reduzir o risco de doenças cardiometabólicas. E, em caso afirmativo, por meio de quais mecanismos”, disse Otto Simonsson, da Universidade de Oxford.

Observações

O certo é que ainda existem várias perguntas a se responder. Contudo, existem razões reais para se suspeitar que os psicodélicos podem ter um impacto tanto na saúde do coração como na do cérebro.

Mas ainda se precisa explorar mais todos os mecanismos. Antes que os pesquisadores possam dizer com certeza o que está acontecendo, ou então se essas relações são mais do que somente um acaso.

“Os modelos de regressão controlavam vários fatores de confusão em potencial. Mas as associações poderiam ter sido afetadas por variáveis ​​latentes que não foram incluídas no conjunto de dados e não puderam ser controladas. Por exemplo, um fator comum que predispõe os respondentes ao uso psicodélico clássico também pode predispô-los a comportamentos de estilo de vida saudáveis ​​associados à saúde cardiometabólica”, concluíram os pesquisadores.

Fonte: https://www.sciencealert.com/scientists-are-exploring-a-possible-link-between-psychedelics-and-heart-health

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