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Por que todos os bebês nascidos em 2016 trazem consigo radiação de bomba atômica?

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Se você conhece uma criança de cinco anos de idade e acha ela a coisa mais fofa do mundo todo, temos uma péssima notícia para te dar: ela possui radiação. Porém, isso não é motivo para ficar em alerta, até porque você também possui radiação.

No século passado, muito se falava sobre jogar bombas nos lugares, como aconteceu com os Estados Unidos e o Japão em episódios que marcariam os piores momentos da humanidade. Já era algo conhecido que explodir bombas nucleares não era uma boa ideia, mas o país norte-americano não quis saber.

Acontece que as explosões nucleares, como as que atingiram Hiroshima e Nagasaki, produzem substâncias radioativas raras na natureza, como é o caso do carbono-14. Assim, essas substâncias entram na cadeia alimentar e se colam nas células do corpo humano.

Então, ainda existem substâncias radioativas circulando pela terra. São tantas que cientistas descobriram que bebês nascidos em 2016 carregam radiação. Ainda assim, provavelmente, é menos que você, caro leitor.

Não precisa entrar em pânico. Não vai crescer um braço a mais em você e nem perceber a vida lentamente sendo afetada. Isso porque até onde se sabe, o carbono-14 é inofensivo. O mais interessante é que a presença da substância no corpo humano pode até mesmo ajudar a ciência a prever o progresso de um câncer, segundo o Tech Insider.

Era nuclear

bomba atômica

Reprodução

No dia 6 e 9 de agosto de 1945, o mundo mudou para sempre. Nesse dia, os Estados Unidos detonou duas bombas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, respectivamente, durante a Segunda Guerra Mundial.

O primeiro explosivo, batizado de “Little Boy”, caiu quase nove quilômetros sobre a cidade e detonou meio quilômetro acima do Hospital Shima, um centro médico ativo com história datada no século 18. Naquele momento, cerca de sete quilômetros quadrados de área foi dizimado com a explosão gerada por urânico enriquecido.

O Departamento de Energia dos EUA (DoE) estima que 70.000 pessoas morreram na explosão inicial, resultando em incêndios e explosão de radiação em 6 de agosto de 1945. Contudo, acredita-se que o número de mortos em cinco anos pode ter excedido 200.000 pessoas.

Dessa forma, o presidente Harry Truman disse ao Japão para se render ou “esperar uma chuva de ruína do ar, como nunca foi vista nesta terra”. Três dias depois, uma segunda bomba (desta vez baseada em plutônio) caiu de um avião de guerra americano sobre a cidade de Nagasaki. O DoE estima que 40.000 pessoas morreram logo após essa ação, e esse número pode ter chegado a 140.000 em cinco anos. Sendo assim, os sobreviventes desses ataques não são apenas aqueles que carregam as marcas da guerra.

Isso porque todas as pessoas vivas do ano de 2016 carregam radiação no corpo da época nuclear. Esse período é quando as nações fizeram testes com bombas ainda maiores. Centenas de bombas detonaram ao ar livre (e várias outras no oceano) durante o auge dos testes nucleares atmosféricos – com milhares de testes realizados no subsolo.

Radiação nos dias atuais

Como Carrie Arnold relatou em 2013 para a Nova, a enorme e incomum carga de carbono-14 da era entre 1955 e 1963 permanece na atmosfera. Assim, isso é chamado de “pulso da bomba” e ainda faz seu caminho, através das plantas, para a teia alimentar. Mas a cada segundo decai um pouco mais, deixando menos na atmosfera.

Dessa forma, nas últimas décadas, cientistas aproveitaram essa previsibilidade para descobrir exatamente a idade das células individuais. O processo é bastante simples: extraia o DNA da célula, meça seus níveis de carbono-14 com uma ferramenta chamada espectrômetro de massa e verifique o resultado com tabelas de decaimento de carbono-14 no período desde 1963.

Essa técnica já foi usada para traçar o progresso de câncer, melhorar nosso entendimento de obesidade e diabetes e provar que neurônios ainda se formam ao longo da vida. Dentro de algumas décadas, o pulso da bomba estará indistinguível, desde que não haja mais guerra nuclear.

Fonte: Hypeness

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