Curiosidades

Qual a origem da vida na Terra?

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Falar de como surgiu a vida na Terra pode ser uma questão difícil. Por essa razão, o mistério de como surgiu a vida no nosso planeta rendeu vários estudos científicos para achar uma resposta definitiva. No entanto, até o momento a resposta definitiva ainda não foi encontrada. Apesar disso, nada impediu que estudos fossem feitos para tentar achá-la.

Tanto é que, ao longo dos séculos, várias hipóteses foram postuladas e testadas, mas o mistério ainda continua. A primeira coisa para entender a origem da vida na Terra é saber o contexto em que ela surgiu. Nosso planeta, que tem cerca de 4,5 bilhões de anos, passou por várias mudanças significativas na sua história. De acordo com estudos, por volta dos 4,3 bilhões de anos atrás, a Terra começou a desenvolver condições que poderiam sustentar as formas de vida primitivas.

Nesse período, a atmosfera era bem diferente da vista hoje. Ela era composta principalmente de gases como metano, amônia e vapor d’água. Outro ponto eram as descargas elétricas, que pareciam relâmpagos, e que ajudavam na formação dos compostos orgânicos.

Hipóteses

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Teoria da Abiogênese

Essa foi uma das primeiras teorias a respeito da origem da vida no nosso planeta. De acordo com a abiogênese, ou geração espontânea, a vida surgiu de maneira espontânea a partir da matéria inanimada. Durante séculos essa teoria foi aceita, tendo grandes nomes como Aristóteles a defendendo.

Contudo, conforme a biologia foi avançando, os experimentos feitos por cientistas como Louis Pasteur contradisseram a teoria da abiogênese. Conforme Pasteur demonstrou, os seres vivos surgem somente de outros seres vivos preexistentes através da reprodução. Isso foi essencial para que essa hipótese fosse descartada.

Panspermia – a vida do espaço

Depois da teoria da abiogênese ser refutada, várias outras apareceram, como por exemplo, a panspermia. De acordo com ela, as moléculas orgânicas essenciais para a vida no nosso planeta podem ter origem fora da Terra e ter chegado até aqui através de meteoritos ou cometas.

Segundo estudos feitos em meteoritos como o Murchison, que caiu em 1969 na Austrália, foram vistos a presença de aminoácidos, que são os blocos de construção das proteínas. Além dela, outras evidências mais recentes, no caso as amostras do asteroide Ryugu trazidas à Terra pela missão Hayabusa 2, também mostraram a presença de compostos orgânicos complexos.

Todas essas descobertas levantam a hipótese de que a vida pode ser mais disseminada pelo universo do que se imaginava anteriormente. Consequentemente, isso abre a possibilidade de que existam formas de vida fora do nosso planeta.

Sopa primordial e a química da vida

Dentre todas as teorias, uma das mais aceitas na atualidade para explicar a origem da vida no nosso planeta é a teoria da sopa primordial. Segundo ela, as condições da Terra primitiva deram a possibilidade de moléculas orgânicas se formarem através de processos químicos.

Em 1953, Stanley Miller e Harold Urey fizeram experimentos que simularam as condições da Terra primitiva que gerou vários compostos orgânicos, como os aminoácidos, graças às descargas elétricas.

Por mais que a composição atmosférica usada nos experimentos não tenha sido exatamente igual as vistas no nosso planeta primitivo, os estudos mais recentes também confirmam essa capacidade de produção de moléculas orgânicas essenciais para a vida em ambientes parecidos.

Mesmo com todas essas hipóteses, a origem da vida na Terra continua sendo um dos grandes mistérios. O mais provável é que novas descobertas e teorias continuem surgindo conforme os entendimentos do universo se ampliam.

Vida na Terra

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Claro que parte fundamental da existência de vida em nosso planeta é o oxigênio. Isso porque foi depois de uma onda desse gás na atmosfera, cerca de 2,5 bilhões de anos atrás, que a vida multicelular na Terra começou a florescer.

Esse momento não foi coincidência. Mas o oxigênio não pode levar todo o crédito. Segundo alguns cientistas, existe um outro elemento que também foi crucial para a vida na Terra existir, o ferro.

O cientista da Terra da Universidade de Oxford, Jon Wade, e sua equipe, fizeram uma nova revisão a respeito da disponibilidade de ferro para a vida no decorrer da história da Terra. Como resultado, eles propuseram que as flutuações desse metal ajudaram a impulsionar a evolução no nosso planeta.

Atualmente, o ferro é um elemento necessário para praticamente todas as formas de vida. Ele é quem permite que as células sintam o oxigênio, gerem energia, repliquem DNA e expressem seus genes. Nesse sentido, existem somente dois organismos conhecidos na Terra que não precisam do ferro para sobreviver.

Nos primeiros dias do nosso planeta, existia muito ferro geológico disponível, principalmente no manto e na crosta. Ele provavelmente foi “semeado” pelos meteoritos do espaço. Assim, como o ferro podia se dissolver nos oceanos antigos, ele também era abundante no ambiente marinho.

Entretanto, depois do Grande Evento de Oxidação (GOE), essas condições começaram a mudar. Como resultado, o ferro solúvel começou a ficar mais escasso, além de a competição por ferro entre as células ter aumentado.

Portanto, as formas de vida tiveram que descobrir uma forma de reciclar o ferro das células mortas, roubá-lo das células vivas ou então viver em outra células e usar seu aparato de agarrar o ferro para continuarem vivas.

Isso sugere que os organismos modernos aprenderam a usar o ferro de uma forma mais eficiente ao longo dos milhões de anos. Até porque, sua presença no meio ambiente flutuou.

De acordo com a nova teoria, os oceanos da Terra perderam a maior parte do seu ferro solúvel por conta do aumento do oxigênio na atmosfera. Com isso, quando a água e o ferro sólido interagem na presença de oxigênio, o ferro se oxida bem rápido. Isso faz com que ele fique mais difícil de ser usado pelos seres vivos.

Para que o ferro sólido seja agarrado, é preciso que as células desenvolvam pequenas moléculas orgânicas chamadas sideróforos. Atualmente, quase todas as bactérias, plantas e fungos têm. No entanto, em bilhões de anos atrás isso era uma nova maneira de sobrevivência.

À medida que as formas de vida com sideróforos começaram a se reunir perto de um número limitado de fontes geológicas ricas em ferro, os pesquisadores acreditam que isso levou a uma inevitável “interação célula-célula cada vez mais complexa”.

“Apesar do esgotamento do ferro biodisponível, durante a recuperação da vida pós-GOE e sua diversificação subsequente e passagem por outros eventos sucessivos de extinção em massa, o ferro manteve sua preeminência nos sistemas biológicos. Presumivelmente, isso ocorre porque o ferro tem propriedades eletroquímicas únicas que tornam possível, ou tornam eficiente, uma gama de processos bioquímicos, de forma que outros elementos não podem ser amplamente substituídos por ferro dentro das proteínas sem causar uma desvantagem significativa”, explicaram os pesquisadores.

Resultado disso é que quando o evento de oxigenação neoproterozoico mais recente aconteceu, há aproximadamente 500 milhões de anos, ele somente exacerbou essas mudanças.

Fonte: Olhar digital,  Science Alert

Imagens: Olhar digital

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