Natureza

Qual espécie vai dominar a Terra quando a humanidade acabar?

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Sabemos que os humanos não vão viver para sempre, mas uma dúvida importante é: quem vai dominar quando a humanidade acabar?

Além dos vários cenários apocalípticos considerados para um eventual fim do mundo, há também muita especulação sobre o que ocorreria com a vida na Terra caso os humanos simplesmente desaparecessem.

Esse é um tema que tende a surgir à medida que os impactos das mudanças climáticas se tornam mais evidentes em nosso cotidiano.

Essa última possibilidade, que implicaria em um evento incapaz de afetar diretamente a vida de outros seres, abre espaço para a conjectura de que algum outro animal poderia assumir o lugar que foi ocupado pelos humanos até então.

O período de reinado do Homo sapiens é notavelmente significativo, considerando a presença constante de evoluções, desde o desenvolvimento do fogo e da agricultura até o surgimento da escrita, os avanços na ciência e a atual revolução tecnológica que estamos testemunhando.

No entanto, em termos geológicos, o domínio humano representa apenas uma pequena faixa de tempo.

Via Wikimedia

Olhando para o passado

Há quatro bilhões de anos, a atmosfera primitiva já havia se formado na Terra.

Contudo, foi somente entre um e dois bilhões de anos atrás que testemunhamos uma espécie de “big bang”, marcado pela explosão de colônias celulares.

Por volta de 540 milhões de anos atrás, a vida na Terra passou por transformações significativas, com o surgimento de ciclos nos quais algumas espécies desapareceram enquanto outras prosperaram.

Foi a partir desse ponto que eventos extremos também desencadearam episódios de extinção em massa.

Em outras palavras, no meio de processos evolutivos lentos, uma variedade de incidentes resultou em mudanças rápidas e definitivas no nosso planeta.

O evento mais marcante, datado de 65 milhões de anos atrás, desempenhou um papel crucial na extinção dos dinossauros.

Entretanto, há indícios de que outros eventos mais impactantes possam ter ocorrido. Cerca de 250 milhões de anos atrás, por exemplo, registros apontam para uma erupção vulcânica que desencadeou um efeito cascata altamente destrutivo.

Nessa ocasião, aproximadamente 80% das espécies foram dizimadas. Vale ressaltar que os humanos, especificamente o Homo sapiens, surgiram há apenas 180 mil anos.

Diante desse histórico, o que poderíamos esperar acontecer caso a humanidade acabasse e os humanos sumissem?

Diferentes cenários se a humanidade acabar

No meio de todas essas transformações, alguns organismos demonstraram uma notável habilidade para se adaptar e prosperar.

A partir disso, podemos inferir que os seres que compartilham necessidades semelhantes às dos humanos podem estar em risco nesse cenário hipotético.

Seguindo essa lógica, surge a questão: os insetos seriam potenciais dominadores do mundo?

Com uma existência que remonta a pelo menos 480 milhões de anos e colônias geralmente organizadas, eles se apresentam como alguns dos melhores candidatos.

Por outro lado, os fungos também surgem como fortes concorrentes para assumir o controle global, dada sua presença abundante, nem sempre perceptível.

Contudo, se ampliarmos nossa perspectiva para uma escala ainda mais abrangente, as bactérias emergem como as favoritas.

Afinal, sua existência remonta a quatro bilhões de anos e elas desempenharam um papel crucial na formação da atmosfera terrestre.

As bactérias resistem aos antibióticos e persistem mesmo nos ambientes mais desafiadores. Portanto, por que supor que isso mudaria de alguma forma quando a humanidade acabar?

Enquanto isso, os primatas, que ainda não possuem uma capacidade evolutiva que supere a do Homo sapiens, não se apresentam como candidatos promissores.

Via Flickr

Fatores a considerar

O raciocínio sobre a dominância quando a humanidade acabar também se estende aos animais suscetíveis às alterações climáticas ou àqueles que, apesar de sua notável inteligência, ainda não conseguem se adaptar plenamente ao ambiente terrestre, como é o caso dos polvos.

Mesmo com todo o conhecimento adquirido, permanecem lacunas que nos impedem de compreender completamente o passado, e o mesmo se aplica à incerteza em antecipar o futuro.

Ainda não temos certeza se a humanidade, responsável por grande parte dos desafios ambientais, conseguirá solucioná-los e evitar sua própria extinção.

No fim, a imprevisibilidade continua sendo a única constante. No meio desse cenário, mutações aleatórias e eventos raros desempenham um papel muito mais decisivo do que muitas vezes admitimos.

Por isso, é difícil traçar nossos sucessores nessa Terra ou em outra que surgir. Mesmo assim, é uma dúvida curiosa para avaliar, e tentar descobrir qual seria a nova grande espécie no comando.

 

Fonte: Mega Curioso

Imagens: Flickr, Wikimedia

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