Natureza

Quando exatamente os cães se tornaram nossos melhores amigos?

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Que os cachorros são o melhor amigo do homem, isso todos sabem. Mas quando essa relação começou a se estreitar?

A ligação entre humanos e cães é uma das mais antigas e profundas na história da humanidade. No entanto, uma recente descoberta arqueológica lançou luz sobre a profundidade dessa relação.

Uma equipe de arqueólogos da Universidade de Berna, em colaboração com outras instituições, conduziu escavações em Verona, na Itália, revelando uma descoberta impressionante.

Durante as escavações, desenterraram vários túmulos da Idade do Ferro. Em quatro deles, os arqueólogos encontraram restos totais ou parciais de cavalos ou cães, enterrados junto com os restos mortais de humanos.

Essa descoberta oferece uma visão do vínculo especial entre humanos e seus companheiros caninos ao longo dos séculos. O achado foi publicado na revista PLOS ONE.

Via Mega Curioso

Protetores antigos

Ao longo dos tempos, os cães têm sido apreciados por suas diversas habilidades, desde a caça até a guarda e a companhia.

Na antiguidade, esses animais desempenharam papéis versáteis, frequentemente associados a divindades protetoras e ao ambiente familiar.

A domesticação dos cães é um processo que ainda está sendo estudado e compreendido pelos cientistas, mas evidências arqueológicas sugerem que os cães começaram a se aproximar há cerca de 20.000 a 40.000 anos atrás, durante o Paleolítico Superior.

Os primeiros registros fósseis e genéticos indicam que os lobos foram os ancestrais dos cães domesticados e que a domesticação pode ter ocorrido em várias regiões do mundo simultaneamente, provavelmente devido à interação entre humanos e lobos selvagens que habitavam os arredores dos assentamentos humanos.

Essa relação evoluiu ao longo do tempo, levando ao desenvolvimento das muitas raças de cães que conhecemos hoje.

Suporte emocional

Agora, a presença de cães nos enterros humanos pode indicar crenças sobre a vida após a morte e a importância da proteção espiritual e emocional na jornada para além desta vida.

A descoberta dos túmulos em Verona é particularmente significativa devido às implicações que trazem sobre a relação entre humanos e cães em torno de 1000 a.C.

A presença de um sepultamento conjunto humano-animal suscita questões intrigantes sobre os papéis desempenhados pelos cães na sociedade da época.

Além disso, a proximidade dos restos mortais da criança e do cão sugere não apenas uma conexão funcional, mas também uma ligação emocional profunda entre eles.

Via Mega Curioso

Melhor amigo do homem

Além do sepultamento em Verona, outras descobertas arqueológicas e registros históricos fornecem evidências da profunda relação entre humanos e cães ao longo dos milênios, sendo, de fato, o melhor amigo do homem.

Sepultamentos conjuntos, artefatos e relatos escritos ilustram que os cães eram considerados mais do que simples animais de trabalho. Conforme esses achados, eles seriam companheiros valorizados e amados dentro das famílias.

Essas descobertas reforçam também a natureza duradoura dessa relação, que ultrapassa fronteiras geográficas e culturais. Mesmo após séculos, ainda encontramos vestígios de uma amizade e lealdade sem igual.

Além disso, a presença constante dos cães ao lado dos humanos ao longo da história se tornou uma parte do desenvolvimento da nossa sociedade como a entendemos hoje.

Questões como valor, experiência humana e sobrevivência parecem se ligar diretamente com esses animais.

A descoberta dos túmulos em Verona oferece uma visão do passado que reforça exatamente esse ponto, e não apenas na questão de benefício mútuo, mas também uma profundidade da amizade entre humanos e cães.

Com esses achados, será possível entender melhor como se dava a relação emocional, social e até mesmo espiritual com os cachorros, desde sua evolução. Mas, seja como for, o que se sabe é que eles continuam sendo o melhor amigo do homem, e a arqueologia apenas confirma isso.

 

Fonte: Mega Curioso

Imagens: Mega Curioso, Mega Curioso, Freepik

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