Curiosidades

Quanto custa o crânio de um tiranossauro rex?

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Sempre que o assunto é dinossauros, vários fatores entram em pauta, especialmente por conta da curiosidade dos cientistas para saber sobre esses animais. Contudo, não são apenas cientistas e pesquisadores que têm essa curiosidade. Muitas pessoas são amantes de dinossauros e sempre quiseram ter um crânio de tiranossauro rex em casa. A boa notícia é que agora elas podem ter, ou pelo menos uma pessoa, no caso.

Isso porque um crânio de tiranossauro está sendo leiloado, e quem quiser ser o dono dele terá que desembolsar entre 15 e 20 milhões de dólares, cerca de 77,9 a 103,9 milhões de reais. Essa é a quantia estabelecida pela casa de leilão Sothebys, que leiloará o objeto em dezembro.

Esse crânio chamado Maximus tem cerca de 2 metros de altura e pesa mais de 90 quilos. O fóssil está extremamente bem conservado e tem até os ossos pequenos e mais delicados, como por exemplo, os dentes da mandíbula. Contudo, diferente do crânio, o resto do corpo desse tiranossauro foi desgastado pela erosão.

Crânio

Daily item

“Sem o trabalho de paleontólogos de campo experientes que coletaram e preservaram cuidadosamente este crânio, ele pode ter se desgastado e perdido para a ciência para sempre”, disse Henry Galiano, consultor da casa de leilão.

O tiranossauro rex foi encontrado na formação Hell Creek, no estado da Dakota do Sul, nos Estados Unidos. Essa região é bastante conhecida por ser um lugar onde mais se tem descobertas a respeito de tiranossauros no mundo. Nesse lugar também podem ser encontradas outras espécies do período Cretáceo, que acabou 66 milhões de anos atrás. Seu fim se deu com a extinção dos dinossauros, como o triceratops, edmontosaurus e ankylosaurus.

Fóssil

National geographic

Mesmo que pareça estranho, Maximus não vai ser o primeiro tiranossauro do sítio arqueológico de Hell Creek a ser leiloado. Vários exemplares dessa espécie já foram a leilão. Um deles, por exemplo, foi Stan, o esqueleto de dinossauro mais completo do mundo.

Esse esqueleto foi leiloado em 2020 e foi vendido por 31,8 milhões de dólares, aproximadamente 165 milhões de reais. Por conta disso, ele se tornou o fóssil de dinossauro mais caro de todos os tempos.

Um outro fóssil que foi leiloado foi Sue. Em 1997, seu esqueleto, que estava quase completo, foi comprado por 8,3 milhões de dólares, cerca de 15,4 milhões de reais.

No dia 20 de novembro acontecerá o leilão de outro T-Rex, Shen, em Hong Kong. Na ocasião é esperado que os lances cheguem até 25 milhões de dólares, cerca de 129,9 milhões de reais.

O crânio Maximus irá a leilão no dia nove de dezembro em Nova York. Ele será o primeiro leilão desse tipo a ser aberto ao público.

Tiranossauro rex

National geographic

Dentre os dinossauros, com certeza o T-Rex é um dos mais famosos. E dentre as várias coisas que chamam atenção nesse carnívoro, uma delas são seus braços minúsculos que parecem não ter muita utilidade. Mas novas pesquisas mostraram que os bracinhos do T-Rex eram capazes de fazer várias coisas.

Foi estudando o movimento dos braços de alguns parentes distantes do T-Rex, como o peru doméstico, Meleagris gallopavo, e o jacaré americano, Alligator mississippiensis, que os pesquisadores descobriram que o dinossauro conseguia virar as palmas das mãos em direção ao peito.

O que os pesquisadores Christopher Langel, estudante de Geologia, e Matthew Bonnan, professor de Biologia, ambos da Universidade de Stockton, em Nova Jersey, disseram foi que “eles podem ter conseguido girar a palma da mão para dentro e para cima de tal maneira que a palma da mão ficasse voltada para o peito quando o cotovelo fosse flexionado”.

O rei dos dinossauros tinha suas mãos em posição de palmas voltadas para dentro em vez de as palmas voltadas para baixo. E as novas pesquisas mostram que ele e outros terópodes podiam virar as palmas das mãos para dentro e para cima se quisessem.

O motivo vantajoso do tamanho do braço é difícil de saber ao certo. Só saberíamos se realmente víssemos um dinossauro em ação. “Mas podemos especular que tal movimento (girando o antebraço e a mão em direção ao peito) poderia permitir que alguns terópodes levassem a presa para perto de uma mordida”, disseram os pesquisadores.

Mas a pesquisa já tem seus próximos passos, que será estudar os ossos dos membros dianteiros no Allosaurus dos terópodes e compará-los com os dos jacarés e perus para ver se isso realmente é possível acontecer em um dinossauro terópodo.

Estudo

United squid

Para o estudo, os pesquisadores não puderam examinar o braço do tiranossauro rex porque os tecidos articulares moles raramente se fossilizam, então eles examinaram a ulna e úmero no jacaré e no peru.

Pelos resultados foi possível ver como os cotovelos deles são complexos comparados aos nossos. Nos animais “a articulação do cotovelo é mais complexa, e ambos os ossos do antebraço não apenas giram em torno da articulação, mas também balançam lateralmente em direção ao osso do braço como o cotovelo, é flexionado. Ao contrário dos nossos cotovelos, ambos os ossos do antebraço [em jacarés e perus] fazem com que a palma da mão gire para dentro e um pouco para cima”, disseram.

Os resultados deixaram os pesquisadores impressionados. “Foi especialmente surpreendente ver o quanto os ossos do antebraço podiam balançar de um lado para o outro no cotovelo, um movimento que é essencialmente proibido para mamíferos como nós”, disseram Langel e Bonnan.

“Em essência, jacarés e perus podem virar a palma da mão para dentro e para cima como fazemos, mas [eles fazem isso] usando movimentos mais complexos dos ossos no cotovelo. Mais uma vez, a Mãe Natureza resolveu o mesmo problema De maneiras diferentes”, concluíram.

Fonte: Olhar digital, Earth 

Imagens: Daily item, National geographic, United dquid

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