Curiosidades

Quatro espécies novas de polvo foram descobertas nas profundezas da Costa Rica

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O oceano está cheio de animais fascinantes, porém, um dos mais interessantes é o polvo. Isso porque a maior parte deles possui uma exímia inteligência. Para ter um pouco de noção, saiba que ele é capaz de distinguir os seres humanos entre si. Além da inteligência, outras características desse animal fazem com que ele desperte curiosidade.

E várias espécies desse animal vivem nas profundezas do oceano, que é um dos locais menos explorados pelos humanos. Justamente por isso que surpresas são vistas com frequência.

Descoberta

Science alert

Por exemplo, essa descoberta feita no ano passado no Monte Submarino de Tengosed. O local é um raro viveiro de polvos escondido no escuro batipelágico, que geralmente é tido como muito frio para os cefalópodes delicados. Contudo, o calor gerado pelos montes submarinos vulcânicos faz com que as temperaturas fiquem perfeitas para várias espécies de polvo.

Esse conjunto de animais é tão diverso que, agora, os cientistas identificaram quatro espécies de polvo que eram desconhecidas. “Através de muito trabalho, a nossa equipe descobriu novas fontes hidrotermais ao largo da costa da Costa Rica e confirmou que elas albergam viveiros de polvos de águas profundas e uma biodiversidade única”, afirmou a oceanógrafa Beth Orcutt, do Laboratório Bigelow de Ciências Oceânicas.

“Há menos de uma década, foi confirmada a ventilação hidrotermal de baixa temperatura em vulcões antigos, afastados das dorsais meso-oceânicas. Estes locais são significativamente difíceis de encontrar, uma vez que não é possível detectar as suas assinaturas na coluna de água”, continuou.

Essa descoberta e as expedições de observações feitas não foram feitas por humanos, mas sim por um veículo subaquático operado remotamente, o R/V Falkor. Em dezembro do ano passado, ele mergulhou até esse Jardim dos Polvos e fez várias imagens.

Polvos

Science alert

Ao todo foram vistas mais de 160 espécies na surpreendente biodiversidade do local. As quatro novas espécies estavam entre esses animais e estão sendo descritas pelos pesquisadores.

Dessas quatro, somente uma foi descoberta chocando em uma fonte hidrotermal. Os pesquisadores o chamaram de polvo dourado porque ele foi visto em um afloramento apelidado de Colina El Dorado.

Outra descoberta feita foi que os polvos não são as únicas criaturas que usam os montes submarinos para sua ninhada. Eles encontraram um berçário de arraias. Depois disso, mais pesquisas sobre esse local ajudarão os pesquisadores a entender mais a respeito desse local tão interessante.

“O impacto das expedições R/V Falkor na compreensão das águas profundas do Pacífico da Costa Rica durará no futuro e, esperançosamente, criará uma consciência que evolua para políticas para proteger as profundezas do mar do país. Espero que a expedição sirva de inspiração para as novas gerações. Precisamos de mais colaborações internacionais para avançar no conhecimento da nossa herança em águas profundas”, concluiu o biólogo marinho Jorge Cortés do Universidade da Costa Rica.

Avistamento

Galileu

Dentre todos os tipos de polvo que se conhece, existem aqueles que são bastante raros. Por isso, quando se avista esses animais, é um verdadeiro evento, como por exemplo, o que aconteceu em uma expedição marítima da Nautilus, transmitida pela Ocean Exploration Trust.

Essa expedição foi feita a uma profundidade de aproximadamente 1,6 quilômetro através de um veículo operado remotamente (ROV). Nela, os pesquisadores viram uma espécie que é conhecida como polvo dumbo.

Esse avistamento foi ao mesmo tempo belo e raro. Isso porque esse polvo só é encontrado nas profundezas do oceano, e mesmo assim com bastante dificuldade. Até porque, nesse local a pressão é muito alta e a luminosidade muito baixa.

Por conta disso, estudar esse polvo dumbo também é uma coisa bem desafiadora porque as espécies que vivem nas profundezas são difíceis de ser encontradas e capturadas. No caso desse animal, somente 20 espécies foram descritas até hoje.

Esse encontro em específico aconteceu na Fossa de Porto Rico, e a descoberta é extremamente simbólica, por ser a primeira vez em que a espécie é vista na região. Na visão dos estudiosos, existem várias outras espécies de polvo dumbo a serem descobertas.

Um fato que impressionou os pesquisadores foi o polvo ter uma cor tão pálida. Uma das possíveis explicações para isso é o contraste criado entre as fortes luzes do ROV com a escuridão do oceano. E os pesquisadores também disseram que o polvo estava a aproximadamente 20 metros acima do solo marítimo.

A espécie é parte dos polvos pelágicos da família Opisthoteuthidae e são chamados de “dumbo” porque são os únicos polvos que têm barbatanas. Eles conseguem viver até quatro mil metros de profundidade.

Os animais dessa espécie também podem produzir luz bioluminescente e mudar a cor da sua pele para camuflagem. Eles também são ovíparos, ou seja, os ovos eclodem dentro do corpo da fêmea e seus filhos nascem vivos.

Mesmo que se saiba essas coisas sobre o polvo dumbo, várias outras ainda são desconhecidas. Por isso que tecnologias marítimas estão sendo usadas e criadas para poder estudar esses animais de forma adequada e compreender seus hábitos.

Fonte: Science alertSocientifica

Imagens: Science alert,  Galileu

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