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Reforma tributária prevê cashback de até 50% do imposto na conta de luz

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A nova reforma tributária foi apresentada pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e traz diversos pontos interessantes, como cashback de até 50% no imposto da conta de luz para pessoas de baixa renda.

O projeto entregue ao Congresso Nacional pelo governo inclui vários mecanismos para beneficiar a população mais pobre, com retornos na energia elétrica, água, esgoto e gás de cozinha.

A entrega da proposta encontrou pessoalmente o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Acompanhando Haddad estavam o secretário extraordinário da reforma, Bernard Appy, e o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan.

Os reembolsos dos tributos serão para famílias com renda per capita de até meio salário mínimo (aproximadamente R$ 706), e essas famílias serão integradas ao Cadastro Único das políticas sociais.

Cashback

Via Freepik

Na proposta, o cashback será aplicado tanto sobre a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal, quanto sobre o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), administrado por estados e municípios.

No entanto, existem exceções. Os únicos produtos que não serão elegíveis para o cashback são aqueles sujeitos ao Imposto Seletivo (IS), como cigarros e bebidas alcoólicas, considerados prejudiciais à saúde.

O governo também pretende implementar medidas para mitigar fraudes e estabelecer limites de reembolso por unidade familiar beneficiada. Assim, irá garantir a compatibilidade entre os valores reembolsados e a renda disponível da família.

Quando aplicado, o beneficiário será o responsável pela unidade familiar. No entanto, o cidadão deverá atender aos critérios estabelecidos e será incluído no sistema de cashback.

Segundo o governo, o cálculo do reembolso será com base no consumo oficial das famílias, registrado por meio da emissão de documentos fiscais.

Nesse contexto, o governo argumenta que o projeto visa promover a consciência fiscal e reduzir a informalidade nas atividades econômicas, a evasão fiscal e a concorrência desleal.

Além disso, o governo menciona que, em situações especiais, como dificuldades de operação, que afetam o sistema de reembolso, existirá a alternativa mais simples para um cálculo simplificado, garantindo o benefício.

Apesar de estabelecer os percentuais previamente, na prática, podem ter ajustes, pois o projeto permite que estados e municípios estabeleçam valores mais altos para os reembolsos.

Sobre a reforma tributária

A nova Reforma Tributária apresentada ao Congresso visa simplificar o sistema de arrecadação de impostos.

O centro de tudo é a unificação de cinco impostos sobre o consumo em apenas dois. Isso pode parecer pouco, mas esses dois impostos, a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) de competência federal e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) de competência estadual e municipal, terão as mesmas regras e uma plataforma comum.

A expectativa é de que, no futuro, se consolidem em um único imposto. Mas nesse momento a opção foi por dois impostos devido à desconfiança federativa natural.

Isso porque os estados e municípios temem que o governo centralize tudo e queira ser o único responsável.

Existem alguns pontos positivos e negativos nessa nova proposta. Por exemplo, os benefícios para pessoas carentes, com cashback nas contas e suporte para quem recebe menos de um salário mínimo.

Além disso, a cesta básica também foi um acerto. O problema anterior era ter muitos produtos, alguns dos quais não são consumidos pelos mais pobres e que não eram tributados. Agora, existe uma lista de 18 itens, como arroz, feijão, leite, hortaliças, frutas, farinha de trigo, etc., que estarão isentos de impostos.

Via Freepik

Erros

Por outro lado, existem erros apontados pelos especialistas, como a falta de inclusão de proteínas na cesta básica. Isso estará em outra lista, com cobrança de 60% da alíquota.

Ainda, existirá um Imposto Seletivo, conhecido como “imposto do pecado”, que terá uma alíquota maior para produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente. Apesar de ser uma proposta positiva para a população, o governo errou ao não incluir certos itens.

Com a concessão de benefícios tributários para certas categorias de profissionais liberais, também existirá certa desigualdade. Afinal, engloba advogados, arquitetos e engenheiros, que não precisariam pagar menos imposto que famílias carentes.

No entanto, os pontos negativos podem passar por correção, e os esquemas positivos da Reforma Tributária superam esses apontamentos. A não cumulatividade e a desoneração de investimentos também se destacaram.

Agora, é preciso aguardar a votação e retorno do texto para eventuais correções por parte do Congresso.

 

Fonte: CNN, Globo

Imagens: Freepik, Freepik

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