Na última quarta-feira (14/09), um homem que havia ganhado R$ 47,1 milhões na Mega-Sena em 2020 morreu em Hortolândia, no interior de São Paulo, depois de ser encontrado com marcas de espancamento às margens de uma rodovia.
O caso acima é o mais recente envolvendo vencedores de prêmios de loteria que, depois de se tornarem milionários, foram assassinados ou sofreram golpes.
A nova vítima é Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos. A vítima saiu para fazer uma caminhada e desapareceu. Criminosos tentaram sacar R$ 3 milhões da conta dele e retiraram aproximadamente R$ 20 mil através de transferências bancárias e PIX.
Na última quinta-feira (15/09), a polícia confirmou que o prêmio milionário motivou o crime.
Relembre abaixo outros crimes contra ganhadores da Mega-Sena.
Viúva da Mega-Sena
Em dezembro de 2016, Adriana Ferreira, conhecida como a Viúva da Mega-Sena, foi condenada a 20 anos de prisão por matar o companheiro. O ex-lavrador René Senna havia ganhado, em 2005, R$ 52 milhões na Mega-Sena.
Em 2007, René foi morto com quatro tiros em um bar de Rio Bonito, no interior do Rio de Janeiro. Os dois assassinos foram descobertos e condenados a 18 anos de prisão.
A promotoria alegou que a dupla foi paga por Adriana. As investigações apontaram que ela planejou o assassinato logo depois do companheiro descobrir que a mulher tinha um amante e ameaçar tirá-la do testamento.
Adriana foi julgada em 2011 e absolvida. No entanto, o Ministério Público recorreu, e o Tribunal de Justiça anulou o julgamento com a justificativa de que a decisão do júri foi contrária às provas apresentadas.
Depois de cinco anos, ela foi considerada culpada pela maioria dos jurados e condenada a 20 anos de cadeia. Em 2018, 11 anos após crime, ela foi presa em Tanguá, na Região Metropolitana do Rio.
Além disso, em 2021, uma decisão do STJ anulou o testamento que beneficiava Adriana Ferreira Almeida Nascimento.
De acordo com a sentença, ela não ficará com nenhuma parte do patrimônio do ex-companheiro.
Golpe de ex-sócio em homem de 71 anos
Fredolino José Pereira, hoje com 71 anos, ganhou na Mega-Sena em abril de 2018 após usar o dinheiro que ganhou vendendo latas de cerveja para apostar. No dia seguinte, tornou-se milionário ao ganhar um prêmio de R$ 10.251.126,97.
Em abril deste ano, ele contou que foi vítima de um golpe de um ex-sócio em uma funerária e afirmou ter perdido todo o dinheiro.
Logo depois, a Polícia Civil investigou o caso. Em agosto deste ano, a juíza do caso acolheu a denúncia do Ministério Público contra o ex-sócio do milionário e a namorada do suspeito. Dessa forma, os dois se tornaram réus no processo.
Assassinado depois ganhar R$ 39 milhões
O empresário Miguel Ferreira Oliveira, conhecido na região do Cariri (Ceará) como milionário da Mega-Sena, foi assassinado a tiros em um bar em fevereiro de 2018. Ele estava em um bar em Campos Sales, a aproximadamente 480 quilômetros de Fortaleza.
Ele morava em São Paulo quando ganhou o prêmio da Mega-Sena, no valor de R$ 39 milhões, em 2011.
No ano de 2019, a polícia prendeu um suspeito do crime, Antonio Pedro dos Santos, de 30 anos. Em 2020, o suspeito foi assassinado a tiros em Campos Sales.
Ganhadores de bolão da Mega-Sena assassinados
Em novembro de 2008, Altair Aparecido dos Santos, de 43 anos, foi morto a tiros em Limeira, no interior de São Paulo, durante um churrasco na chácara dele. Um ano antes, ele havia sido um dos ganhadores do prêmio de R$ 16 milhões da Mega-Sena.
O prêmio da loteria havia sido dividido entre outras 15 pessoas que faziam parte de um bolão organizado com frequência em um bar da cidade.
No boletim de ocorrência, a viúva de Altair disse que o marido estava sendo ameaçado por outro homem. Ela contou que em um bar do município, havia sido colocada uma faixa com a frase: “Limeira está pequena para nós dois”.
O crime ocorreu logo após uma polêmica envolvendo a divisão do prêmio, já que dois participantes usuais do bolão não teriam feito o pagamento do bilhete vencedor e, por isso, receberam um valor inferior. A polícia não informou se essas duas pessoas eram suspeitas do assassinato.
No ano de 2016, outro participante do bolão, o autônomo Arlei Rosa Silva, de 53 anos, foi encontrado morto em uma estrada da cidade de Limeira. Na ocasião, a polícia descartou a possibilidade de ligação entre as duas mortes.
Fonte: G1
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