Curiosidades

Réptil antigo parece a mistura de um tubarão com golfinho

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Um estudo publicado no periódico PLOS ONE revelou a descoberta de um novo fóssil encontrado na costa do condado de Dorset, na Inglaterra, em 2020. O réptil marinho de espécie e gênero desconhecidos, teria vivido há 150 milhões de anos, de acordo com as estimativas dos pesquisadores. 

O animal foi nomeado Thalassodraco etchesi (que significa “dragão marinho de Etches”, sendo que Etches é o nome do colecionador de fósseis que o encontrou). A sua aparência foi descrita como uma mistura de golfinho com tubarão.

A paleontóloga Megan L. Jacobs, que esteve envolvida no estudo, falou sobre o processo de perceber que se tratava de um espécime nunca antes registrado. 

“Sabíamos que este era novo quase instantaneamente, mas levou cerca de um ano para fazer comparações completas com todos os outros ictiossauros (nome dado a répteis marinhos) e termos certeza de que nossos instintos estavam corretos. Foi muito emocionante não ser capaz de encontrar uma correspondência”, comentou ela.

De acordo com as conclusões dos pesquisadores, o réptil teria 1,80 metros de comprimento e pulmões avantajados, que permitia que eles prendessem a respiração por mais tempo, e assim fazer mergulhos mais profundos.

Além disso, a presença de olhos grandes aponta para hábitos noturnos ou para a caça de alimento em grandes profundidades.

Fóssil de monstro marinho “cobra cara de crocodilo” é encontrado nos EUA

Foto: Scott Persons/ Pen News

Já recentemente, um fóssil de um antigo monstro marinho serpentiforme, medindo aproximadamente sete metros de comprimento, foi descoberto em Wyoming, no oeste dos EUA. 

O réptil é categorizado pelos cientistas dentro do gênero Serpentisuchops, que significa “cobra cara de crocodilo” e abrange uma única espécie, chamada S. pfisterae, identificada em 1995.

Esse animal gigante habitou os mares há mais de 70 milhões de anos, quando os dinossauros vagavam pela Terra. Ele recebeu o nome “cobra cara de crocodilo” devido ao seu longo pescoço, que se assemelha a uma cobra, e as mandíbulas salientes são parecidas com as dos crocodilos.

“Para comparação, o pescoço humano tem apenas sete vértebras, Serpentisuchops tem 32”, disse o professor Walter Scott Persons, do Colégio de Charleston, na Carolina do Sul, em um comunicado. 

Persons é o principal autor do estudo que descreve a descoberta, publicado na última semana de outubro na revista científica iScience.

Réptil marinho extinto

Foto: Scott Persons/ Pen News

Serpentisuchops é membro de um grupo extinto de répteis marinhos chamados plesiossauros. Por causa da sua morfologia, está mudando o que se sabe sobre essa espécie.

“Quando eu era estudante, me ensinaram que todos os plesiossauros em evolução tardia se enquadram em uma das duas categorias anatômicas: aqueles com pescoços muito longos e cabeças minúsculas, e aqueles com pescoços curtos e mandíbulas muito longas”, disse Persons. “Bem, nosso novo animal confunde totalmente essas categorias”.

De acordo com Persons, o fóssil foi desenterrado há mais de 25 anos no leste do estado norte-americano de Wyoming e doado ao Museu Paleon, na cidade de Glenrock, onde foi estudado. 

“A maior parte desse tempo foi gasto limpando-o e preparando-o para exame científico”, contou Persons em entrevista ao site LiveScience. “Só agora o espécime foi capaz de revelar seus segredos”.

Os especialistas acreditam que os plesiossauros, como o réptil divulgado recentemente, tinham uma dieta composta por presas pequenas de natação rápida, como lulas e peixes minúsculos. “Os dentes altos e cônicos são lisos e não serrilhados, com uma borda de ponta, então esse animal não teria sido capaz de morder ossos robustos”, disse Persons. 

Ainda de acordo com o pesquisador, ainda há muito o que descobrir sobre os plesiossauros. “Plesiossauros foram distribuídos globalmente e por um longo período de tempo. Suspeito que conhecemos apenas uma pequena fração de todas as espécies de plesiossauro que já existiram”, explicou Persons.

Fonte: Aventuras na História, Olhar Digital

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