Por Setenta anos depois da sua última aparição, o famoso “Cometa do Diabo”, ou 12P/Pons-Brooks, está prestes a passar pela Terra nas próximas semanas, voltando de sua jornada após um longo ciclo orbital em torno do Sol.
Embora existam expectativas de que este corpo celeste se torne visível a olho nu, não temos garantias ainda. Por isso, recomenda-se o uso de binóculos para observar melhor.
A partir das próximas semanas, especialmente após o dia 21 de abril, o cometa poderá ser identificado, especialmente no hemisfério norte, e posteriormente no hemisfério sul, incluindo o Brasil.
Isso porque ele se aproximará cada vez mais do Sol em seu periélio, momento em que alcançará sua máxima proximidade com nossa estrela central.
O nome “Cometa do Diabo” deriva de sua característica forma de chifre.
No momento, ele está passando pela constelação de Andrômeda, que fica aproximadamente 240 milhões de quilômetros do nosso sistema.
Suas aparições são frequentemente marcadas por uma luminosidade brilhante, resultante das explosões de gás e poeira liberadas de sua superfície durante seu trajeto orbital.
O que é um cometa?
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Para quem não tem o costume de acompanhar as jornadas astronômicas, vale conhecer alguns conceitos.
Um cometa é um corpo celeste composto principalmente por gelo, poeira e rochas, que orbita o Sol em uma trajetória elíptica.
Quando um cometa se aproxima do Sol em sua órbita, a radiação solar aquece o gelo em sua superfície, fazendo com que ele sublima. Ou seja, ele passa diretamente do estado sólido para o gasoso, liberando poeira e gases na forma de uma atmosfera temporária chamada coma.
À medida que um cometa se move pelo espaço, a pressão da luz solar e o vento solar empurram os gases e poeiras para longe do núcleo do cometa, formando duas caudas distintas: uma cauda de gás ionizado (ou cauda iônica) e uma cauda de poeira.
Essas caudas podem se estender por milhões de quilômetros na direção oposta ao Sol.
Os cometas são objetos de estudo para os astrônomos, pois fornecem informações valiosas sobre as condições e os processos que ocorreram no início do Sistema Solar.
Como ver o Cometa do Diabo?
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Para testemunhar o periélio do Cometa do Diabo, os observadores devem dirigir seu olhar para o horizonte oeste, na mesma direção do pôr do Sol, momento em que o cometa estará mais visível.
O horário exato varia de acordo com a região do Brasil devido às diferentes horas de pôr do Sol.
Durante outros momentos do dia, mesmo com o uso de binóculos e telescópios, não será possível observar o corpo celeste.
No extremo oeste do país, como no Acre, o cometa permanecerá visível até aproximadamente 19h50. Por outro lado, no Nordeste, os observadores poderão avistar o 12P/Pons-Brooks entre 17h45 e 18h20.
No Rio de Janeiro, o cometa poderá ser avistado até por volta das 18h20. Devido à sua proximidade com a Linha do Equador, as regiões Norte e Nordeste terão uma oportunidade melhor de observar o corpo celeste em uma altitude mais favorável em comparação com o restante do Brasil.
Embora a data em que o cometa estará mais próximo da Terra seja 2 de junho, não há risco de colisão.
A proximidade do 12P/Pons-Brooks com nosso planeta não implica necessariamente em uma visualização mais fácil, pois estará mais distante do Sol.
Nesse dia, observadores do hemisfério sul ainda poderão avistar o corpo celeste com a ajuda de binóculos e telescópios.
Segundo a Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (NASA), no hemisfério norte, o objeto já é visível com o uso de equipamentos.
Lá, a expectativa é de que o cometa possa ser visto a olho nu em 8 de abril, coincidindo com um eclipse solar total naquela região do planeta.
Fonte: Metrópoles
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