Por Esta semana, Saturno, o planeta com anéis, certamente abalou o mundo da astronomia com um novo recorde espacial.
A liderança de Júpiter como o planeta que possui mais luas em todo o Sistema Solar parecia certeiro. Afinal, detinha 95 luas em sua órbita, enquanto o competidor, Saturno, possuía apenas 62.
Contudo, uma revelação surpreendente indica que Saturno tem, na verdade, 145 luas. Dessa forma, derrota Júpiter pelo novo recorde espacial.
Foi uma equipe de pesquisadores internacionais que fez essa descoberta cósmica, causando essa reviravolta.
Utilizando dados precisos e detalhados do Telescópio Canadá-França-Havaí, localizado no topo de Mauna Kea, no Havaí, eles conseguiram revelar a existência dessas novas luas ao longo do período de 2019 a 2021.
A maravilha da ciência espacial nos permite agora vislumbrar essas luas que eram anteriormente indetectáveis. Isso porque muitas delas têm um diâmetro tão pequeno que mal ultrapassam os 2,5 quilômetros.
Classificação
Via Olhar Digital
Essas novas luas recebem o nome de “luas irregulares” devido às suas órbitas elípticas e distantes.
Isso porque elas se movem com rebeldia no sistema solar, indo contra a rotação, e não a favor, como rotineiramente acontece.
Dessa forma, aumentou a vontade dos pesquisadores de estudarem sobre essas pedras flutuantes. Com isso, chegaram a algumas teorias que os fragmentos seriam de uma lua originária, a ‘mãe’, que se desintegrou há milhões de anos.
O professor de astronomia Brett Gladman, atuante no setor de astrofísica da University of British Columbia, fala que uma possível lua mediana se destruiu na órbita de Saturno. No entanto, isso teria acontecido há mais de 100 milhões de anos. O resultado seria a formação dessas luas menores.
Por isso, a descoberta incluirá esses fragmentos no catálogo da União Astronômica Internacional, agora que são visíveis. Assim, marca um novo capítulo na história do nosso Sistema Solar.
Agora, Saturno, com seus anéis impressionantes, também ganha o título de mais luas no sistema solar, lembrando que ainda existe muito para se descobrir por aí.
Recorde especial
Apesar do recorde espacial de Saturno, a formação das suas luas ainda é um tema complexo e ainda objeto de estudo e debate na comunidade científica.
No entanto, existem algumas teorias principais que buscam explicar a origem dessas luas. Duas das teorias mais proeminentes são:
Captura de luas: Essa teoria sugere que as luas de Saturno nasceram pela gravidade do planeta a partir do espaço circundante.
De acordo com essa hipótese, as luas seriam objetos que anteriormente vagavam pelo Sistema Solar e foram eventualmente parar em Saturno.
Esse processo pode ter ocorrido durante interações gravitacionais com outros corpos celestes ou mesmo durante encontros próximos com Saturno.
Coagulação de material: Essa teoria propõe que as luas de Saturno se formaram a partir do acúmulo gradual de material em órbita ao redor do planeta.
De acordo com essa ideia, partículas de poeira, gelo e detritos presentes no disco protoplanetário que cercava Saturno teriam se juntado e se aglutinado ao longo do tempo, formando as luas.
Via Ciência Viva
Esse processo é semelhante ao que se acredita ter ocorrido na formação dos planetas a partir de um disco de acreção ao redor do Sol.
Teorias unidas
É importante reforçar que essas teorias não se excluem. Ou seja, tanto a captura de luas quanto a coagulação de material podem ter desempenhado um papel na formação das luas de Saturno.
Além disso, outros processos, como colisões entre luas pré-existentes ou interações com os anéis de Saturno, também podem ter influenciado a formação e evolução desses corpos celestes.
O estudo e a observação contínuos de Saturno e suas luas ajudam os cientistas a aprimorar nosso entendimento sobre sua origem e evolução.
No entanto, não exclui a posição de recorde espacial do planeta, tornando-se o maior destaque em nosso Sistema Solar a partir de hoje.
Fonte: Só Científica
Imagens: Olhar Digital, Espaço Ciência Viva
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