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Segurar o espirro pode provocar um AVC?

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Algumas pessoas costumam fechar as narinas para evitar espirrar quando sentem uma coceira no nariz. No entanto, esse hábito pode provocar diversos problemas, entre eles o AVC.

Em entrevista ao portal Metrópoles, Victor Hugo Espíndola explica que o espirro é um estímulo normal de defesa do organismo. Quando você inala fumaça, pó, ou até vírus ou bactérias, o corpo vai tentar expelir o invasor pelo nariz. Isso ocorre porque o organismo está tentando te proteger.

“A principal intenção do espirro é a de eliminar secreções e agentes agressores ao corpo. Quando seguramos um espirro, toda a pressão gerada por esse fluxo de ar de alta velocidade que deveria ser expelido é travada e internalizada no corpo, aumentando a pressão intracraniana”, explica o médico.

Ele explica que a pressão pode ser suficiente para provocar um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Além disso, se a pessoa tiver alguma veia ou artéria mais frágil, como um aneurisma cerebral ou malformação vascular, o ato de segurar o espirro pode prejudicar ainda mais a saúde do corpo. Apesar de raro, o rompimento dos vasos pode ocorrer.

O médico ressalta que não existem maneiras de evitar um espirro. A recomendação é que deve deixá-lo fluir naturalmente. 

Trombofilia pode causar AVC e é mais comum em mulheres

Foto: BSIP/ Universal Images Group via Getty Images

Outro fator que pode causar um AVC é a trombose. Deve-se ressaltar que as mulheres que têm histórico do problema na família e usam anticoncepcional podem ter 30 vezes mais chances de ter um trombo (coágulo).

Além disso, as estimativas apontam que uma em cada 10 mulheres pode ter trombofilia hereditária, ou seja, possui uma predisposição genética aos coágulos no sangue, bloqueando veias e artérias. Isso pode levar a problemas graves, como embolia pulmonar ou acidente vascular cerebral (AVC).

De acordo com estudos, uma em cada cinco pacientes pode ter a condição de forma adquirida. Ela pode ser causada pela utilização de hormônios, tabagismo, alcoolismo, obesidade ou cirurgias e hospitalizações prolongadas.

No entanto, as mulheres consideradas trombofílicas não devem ter medo da condição. O médico Ciro Martinhago, especialista em reprodução humana e medicina fetal da Dasa Genômica, afirma que a doença não é incapacitante.

De acordo com ele, caso seja identificada cedo, ainda na adolescência, isso pode ajudar a paciente a ter melhores condições de vida e evitar problemas de saúde no futuro.

“Ao viajar, ela vai poder curtir voos longos com mais conforto e segurança, bebendo bastante líquido, não consumindo álcool e se levantando a cada 50 minutos. Além de usar anticoncepcionais, planejar gravidez e fazer reposição hormonal na velhice de forma mais segura”, explica o médico.

AVC precoce pode ser mais comum em certos tipos sanguíneos

Foto: Shutterstcok/ Olhar Digital

Recentemente, um estudo publicado no jornal científico Neurology mostrou uma relação entre o gene que define o tipo sanguíneo de uma pessoa e a ocorrência de um AVC isquêmico antes dos 60 anos de idade

Um Acidente Vascular Isquêmico é provocado pelo bloqueio da corrente sanguínea, que impede o sangue de chegar ao cérebro.

Os pesquisadores usaram dados de 48 estudos genéticos. Entre eles, estavam 17 mil pessoas vítimas de derrame isquêmico e quase 600 mil do grupo controle, as que não sofreram AVC. Os participantes tinham entre 18 e 59 anos.

A análise apontou uma prevalência do grupo sanguíneo do tipo A entre as pessoas que tiveram um derrame precoce, em comparação aos indivíduos que tiveram AVC quando idosas ou nunca o tiveram.

O risco de ter um AVC em qualquer idade foi maior em indivíduos do sangue tipo B, em comparação com o grupo de controle. 

Além disso, os pesquisadores descobriram que os indivíduos com sangue tipo A apresentaram um risco 16% maior de ter um derrame precoce do que pessoas com outros tipos. Para o tipo O, o risco era 12% menor. 

Fonte: Metrópoles, Terra

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