Hoje em dia, cada vez menos pessoas fazem compras com dinheiro vivo, e o uso do cartão de crédito ou débito é um hábito de praticamente todo mundo. Mesmo que ele traga mais praticidade e segurança, existem riscos. O maior e mais temido de todos é ter o cartão clonado.
Se de repente apareceu uma compra suspeita na fatura do cartão é motivo suficiente para desconfiança e suspeita de que ele possa ter sido clonado. O medo de isso acontecer é tanto que, de acordo com uma pesquisa de 2023 divulgada pela Silverguard, empresa de cibersegurança, 78% dos brasileiros temem ser vítimas.
Para quem não sabe muito bem o que é essa clonagem, é usar os dados do cartão para fazer compras virtuais sem que o titular saiba. Isso é possível porque os golpistas conseguem acesso a essas informações por vazamentos de dados em compras online ou presenciais, se a maquininha estiver com vírus.
Segundo o Instituto de Defesa Cibernética (IDCiber) existem alguns indicativos de transações fora do normal que indicam a clonagem do cartão. São eles:
- Compras não reconhecidas;
- Compras em outras cidades;
- Várias compras seguidas;
- Erros inesperados para transações em sites ou em maquininhas;
- Uso do limite de forma inesperada.
Resolvendo clonagem do cartão no app
Segundo o Instituto de Defesa do Consumidor (IDC) quando o cartão é clonado, a recomendação é contestar a compra e pedir o bloqueio imediato dele para que o uso ilegal não continue.
Muitas pessoas podem não saber que existem formas de resolver esse problema no próprio aplicativo do banco, e isso está disponível em praticamente todos eles.
Banco do Brasil
1 – Primeiro, ir ao Menu;
2 – Clicar em “Cartões”;
3 – Escolher a opção “Consultar fatura”;
4 – Clicar em “Contestar compras no crédito”;
5 – Selecionar o cartão que possa estar clonado e a compra;
6 – Depois em “Contestar” seguir as orientações que aparecem.
Com a contestação feita, a pessoa pode bloquear o cartão. Para isso, basta escolher no Menu a opção “Cartão”:
1 – Clicar em “Liberar e bloquear cartão”;
2 – Escolher “Bloquear”.
O Banco do Brasil faz a orientação de que “ao identificar uma operação não reconhecida no cartão de crédito é necessário entrar em contato com o banco ou com a operadora de crédito para solicitar o bloqueio do cartão e contestar as transações indevidas. Todos os processos de contestação são analisados por área técnica que identifica as responsabilidades das partes, cliente e banco, na ocorrência”.
Bradesco
1 – Abrir o app e selecionar o cartão;
2 – Clicar na compra que irá ser contestada e depois em “Não reconheço essa compra”;
3 – Então o app irá dar a opção de bloquear o cartão ou não.
“Cartões Bradesco possuem tecnologia que evitam clonagens, por meio da utilização de chip e senha. A partir da abertura da contestação pelo cliente, as avaliações são feitas por uma equipe especializada que fará a avaliação do caso”, explicou o banco.
Caixa
1 -Abrir o app e clicar em “Histórico de Compras”;
2 – Abrir o detalhamento da compra e tocar em “Contestar”;
3 – Informar o motivo da contestação;
4 – Fazer o bloqueio temporário do cartão escolhendo a opção “Liga/Desliga”.
Segundo a Caixa, “o banco busca estar à frente das possíveis fraudes e trabalha junto aos seus fornecedores para o aprimoramento contínuo dos mecanismos de identificação. Os critérios de segurança de acesso aos aplicativos e movimentações financeiras são continuamente aprimorados, acompanhando as melhores práticas de mercado e as evoluções necessárias ao observar a maneira de operar de fraudadores e golpistas”.
Itaú
1 – No app, ir em “Produtos” e depois “Cartões”;
2 – Escolher a opção “Contestar Compra”;
3 – Selecionar a compra que quer contestar e depois “Reportar problema”;
4 – Então bloquear o cartão clicando em “Menu” depois “Atendimento”;
5 – Clicar no “Chat” e escolher a opção “Cartão de Crédito” para seguir as orientações.
Santander
1 – No app, ir no Menu e depois em “Cartões”;
2 – Clicar em “Fatura” depois na compra que quer contestar e em “Não reconheço essa compra” para informar o problema;
3 – Então a pessoa pode bloquear ou não o cartão quando for perguntado na tela.
“O Santander faz campanhas contínuas sobre a prevenção para orientar seus clientes sobre como agir para evitar fraudes praticadas por terceiros”, disse o banco.
Banco BV
1 – Abrir o app e ir em “Cartões”;
2 – Selecionar a compra a ser contestada e clicar em “Reportar Problemas”;
3 – O cartão que teve a compra contestada é cancelado e outro é emitido.
Depois de preencher as informações a respeito do motivo do contestamento, o pedido é feito e vai para análise. Tudo feito pelo app.
“O banco BV possui mecanismos de segurança para identificar transações atípicas e alertas aos clientes quanto a legitimidade, caso o cliente não reconheça os lançamentos pode contestar através do app, ou por meio de mensagem SMS”, disse o banco.
Quem paga?
De acordo com Diego Moreira, diretor de segurança da informação do IDCiber, a contestação e o bloqueio do cartão são imprescindíveis para parar o golpe. “A primeira coisa a se fazer é entrar em contato imediatamente com a instituição bancária pelo canal oficial comunicando o ocorrido em detalhes, solicitando o bloqueio imediato do cartão e a contestação das transações. Sempre evidencie o atendimento com os números de protocolo e demais procedimentos a serem realizados”, recomendou.
Essa também é a recomendação do Instituto de Defesa do Consumidor. De acordo com Renata Abalém, diretora jurídica, o estorno das compras no cartão clonado é analisado caso por caso. Isso porque os bancos fazem uma análise das transações do titular para ver se ele foi ou não vítima de golpe.
“Até um tempo atrás, a vítima teria que amargar o prejuízo, mas as coisas mudaram pelo entendimento de decisões judiciais. Os próprios bancos estão sendo muito maleáveis sobre as contestações e estornos dos valores, mas é importante que se comprove a fraude. Uma das primeiras coisas a se fazer é o Boletim de Ocorrência. Depois, quando o banco ver a compra e os estabelecimentos, normalmente vai perceber que os golpistas utilizam o cartão para compras diferentes das usuais e que não faz parte do perfil do consumidor”, explicou Renata.
Fonte: UOL
Imagens: Febraban tech, Pagseguro
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