Curiosidades

Seus genes podem ser responsáveis por aqueles dias de “cabelo ruim”

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Já teve aquele dia em que seu cabelo ruim simplesmento não ajudava? Quando você acorda e seu cabelo simplesmente não quer cooperar com o visual que você deseja?

Conhecido popularmente como “bad day hair”, expressão em inglês que se traduz como “dia do cabelo ruim”, frequentemente atribuímos esses momentos à umidade do ar, fontes de calor ou produtos para os cabelos.

No entanto, uma pesquisa conduzida pela Academia Chinesa de Ciências e publicada no Journal of Investigative Dermatology nesta quarta-feira (9) sugere que a explicação pode ser outra: a genética.

Para alcançar esses resultados, a equipe contou com dados de 2.149 chineses, juntamente de amostras do couro cabeludo de 1.950 pessoas do mesmo país.

A pesquisa concentrou-se principalmente na análise do genoma e dos padrões de redemoinhos capilares desses participantes.

O líder da pesquisa, Sijia Wang, do Instituto de Nutrição e Saúde de Xangai, explicou que eles queriam entender os padrões de espirais dos fios. Dessa forma, conseguiriam identificar os redemoinhos capilares responsáveis pelos nós.

No entanto, perceberam que os padrões do cabelo ruim eram guiados por um único gene, herdado da família.

Via Revista Galileu

Análise

Durante as análises, a equipe identificou aproximadamente quatro variantes genéticas associadas, que provavelmente têm influência sobre a direção dos redemoinhos capilares.

Esses padrões são formados entre a 10ª e a 16ª semana de gestação e afetam a maneira como os fios crescem e se posicionam na parte superior da cabeça, podendo seguir um padrão horário, anti-horário ou até mesmo um padrão mais disperso.

Os cientistas padronizaram todas as formas de redemoinhos avaliadas e, em seguida, realizaram genotipagem para identificar as variantes genéticas.

Essas variantes, denominadas 7p21.3, 5q33.2, 7q33 e 14q32,13, desempenham um papel crucial na determinação da direção dos redemoinhos capilares.

Eles alternam a estrutura dos folículos pilosos, que são os responsáveis pela orientação dos redemoinhos.

Além disso, o desenvolvimento durante os estágios iniciais da vida, como o fechamento do tubo neural craniano e o crescimento do sistema nervoso durante a formação do feto, também desempenham um papel fundamental nessas mudanças.

Wang comentou que se sabe muito pouco sobre os motivos que trazem essas características de herança.

No entanto, o grupo está estudando mais sobre os genes subjacentes e como eles impactam na aparência física.

A opinião é que essa curvatura de redemoinhos é a mesma que determina a espessura das sobrancelhas ou o formato das orelhas, por exemplo.

Assim, são uma combinação de múltiplos genes, indicando herança poligênica. Mas outras pesquisas confirmarão com certeza.

Mesmo sendo genética, como evitar o cabelo ruim?

Via Freepik

Se você quer driblar a genética e evitar o famoso cabelo ruim quando acordar, existem algumas dicas práticas.

Manter o cabelo bem hidratado é fundamental para evitar que ele acorde com aspecto seco e desgrenhado.

Use um condicionador adequado ao seu tipo de cabelo após cada lavagem e considere fazer uma máscara capilar hidratante uma vez por semana. Isso ajudará a manter os fios macios, brilhantes e mais fáceis de lidar.

Além disso, o tipo de travesseiro em que você dorme pode ter um grande impacto no estado do seu cabelo pela manhã.

Travesseiros de seda ou cetim são mais suaves em comparação com os de algodão, o que significa menos atrito entre os fios e o tecido. Assim, ajuda a minimizar a formação de frizz e embaraços enquanto você dorme.

Por fim, antes de ir para a cama, opte por um penteado noturno que ajude a proteger o cabelo durante o sono.

Trançar o cabelo ou fazer um coque solto pode evitar que os fios se movimentem excessivamente, reduzindo a probabilidade de acordar com um emaranhado indesejado.

Lembre-se de usar elásticos de cabelo que não causem danos, como os revestidos de tecido.

Dessa forma, mesmo tendo genética para cabelo ruim, seus fios ficarão mais saudáveis e brilhosos no dia seguinte.

 

Fonte: Revista Galileu

Imagens: Revista Galileu, Freepik

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