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Este treino de 3 segundos já é suficiente para aumentar massa muscular

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Quando falamos de exercícios físicos, a relação de amor e ódio com eles é grande. Existem aquelas pessoas que amam e não vivem sem o hábito na rotina. São do tipo que se ficarem um dia sem fazer sua atividade física, para elas será um dia perdido. Mas há também aqueles que odeiam e nem conseguem pensar na tortura que é fazer alguma atividade.

Mesmo que todos saibam que praticar exercícios físicos faz bem à saúde, a rejeição a eles continua grande. E uma das desculpas mais dadas pelas pessoas é que elas não têm tempo para fazê-los.

No entanto, cientistas da Edith Cowan University (ECU), da Austrália, e da Niigata University, no Japão, criaram o treino mais curto do mundo para ganho de força muscular. De acordo com eles, a pessoa faz somente um movimento com halteres de três segundos e o repete de três a cinco vezes por semana.

Até o momento, esse treino de três segundos foi relacionado com resultados concretos no bíceps. E o efeito dele em outros músculos ainda tem que ser testado.

“É importante notar que, mesmo uma quantidade muito pequena de exercício, pode fazer a diferença para o nosso corpo, se for realizada regularmente”, explicou Ken Nosaka, professor da ECU e um dos autores do estudo.

Impacto dos exercícios

Para entender como os exercícios curtos impactam os músculos, os pesquisadores chamaram 26 jovens saudáveis para fazer parte do estudo. Depois eles foram divididos em dois grupos. Um deles faria o movimento de três segundos duas vezes por semana por um mês. Já o segundo faria o movimento três vezes durante o mesmo período.

O movimento de três segundos é uma contração excêntrica, ou seja, de alongamento, única do bíceps com um esforço máximo. Em outras palavras, a pessoa irá baixar um halter pesado para ela partindo de um braço dobrado no peito para um braço reto na coxa.

Quem faz academia pode conhecer esse movimento como rosca direta. O que diferencia os dois exercícios é que, de acordo com o estudo, o importante para que os resultados sejam alcançados é descer o halter e não subi-lo.

Depois que o mês de observação dos participantes do estudo terminou, os pesquisadores fizeram a comparação da força do bíceps dos participantes. Os que tinham feito o exercício por dois dias não tiveram mudanças significativas. No entanto, os que fizeram o movimento três dias tiveram um aumento considerável na força concêntrica (2,5%) e na força excêntrica (3,9%).

Treino de três segundos por cinco dias

Os pesquisadores também analisaram qual era o impacto desse treino de três segundos quando feito cinco dias. Nesses casos, a força aumentou bem mais, com uma estimativa de 10%.

“Embora as descobertas mostrem que três dias por semana terão um impacto, encontrar a força de vontade para fazer alguns dias extras de exercício por semana produzirá melhores resultados”, comentou o professor Nosaka.

Treinos curtos

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Os resultados vistos pelos pesquisadores foram bastante motivadores. Mesmo assim, eles afirmam que ainda são necessários mais testes para compreender se todos os grupos musculares respondem e têm benefícios com esses exercícios curtos.

Se a resposta for positiva, será preciso entender qual é o movimento mais eficaz para o ganho de força. Isso pode fazer com que, no futuro, um treino de 40 segundos já seja suficiente para causar um impacto no corpo todo.

Contudo, um ponto importante a ser ressaltado é que, o mais provável é que esses exercícios curtos não melhoram o condicionamento cardiovascular. Até porque, têm o foco somente na força muscular.

Mais fáceis

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Claro que conseguir todos os benefícios que os exercícios físicos podem trazer com apenas três segundos é o sonho de muitas pessoas, mas essa não é a realidade. Por mais que os exercícios físicos sejam bons para o corpo e a saúde em geral, fazê-los tem seus desafios. Por isso, as pessoas sempre procuram maneiras de tornar essa prática mais fácil.

Por isso que a cientista comportamental americana Emily Balcetis, da New York University, estudou durante 20 anos o motivo de ser tão difícil para as pessoas cumprirem seus objetivos com sucesso.

“Por que em todo dia 1º de janeiro nós estabelecemos novos objetivos? E muitos desses objetivos, para a maioria das pessoas, estão ligados à saúde e ao condicionamento físico”, disse ela.

De acordo com Balcetis, a dificuldade em colocar os objetivos em prática não está ligada à falta de determinação ou incentivo. “O problema não é necessariamente nossa motivação, porque, mesmo quando estamos motivados, nós ainda temos dificuldades”, pontuou.

Todo o estudo da cientista indicou que, em grande parte, a solução para isso não está no corpo ou em algum lugar do cérebro das pessoas, mas sim na visão. Isso porque várias pessoas não estão olhando para onde andam.

“Descobrimos que parte do problema é a maneira como olhamos para o mundo à nossa volta. E nós não nos damos conta disso. Nós não percebemos que nossos olhos, que pensamos estarem nos dizendo a verdade sobre como é o mundo, são na verdade parte do problema do porquê de não estarmos caminhando o suficiente ou não estarmos correndo toda a distância que gostaríamos ou estarmos abandonando nossos objetivos antes de atingi-los”, explicou.

Nesse estudo, as pessoas do primeiro grupo foram orientadas a caminhar da forma que elas caminham normalmente. Já o segundo grupo foi orientado a manter os olhos fixos na linha de chegada.

“Nós dissemos: ‘Tentem não olhar à sua volta. Imaginem que tenha uma luz brilhante nessa linha de chegada, como se vocês estivessem usando viseiras de cavalo, e agora tudo que vocês conseguem ver é aonde vocês estão tentando ir’”, contou Balcetis.

Como resultado, ela viu que o segundo grupo chegou na linha de chegada mais rápido. Balcetis disse que o ritmo desse grupo foi 23% mais acelerado. “O que foi importante: eles disseram que não foi tão doloroso”, ressaltou ela.

Portanto, o estudo feito por Balcetis sugere que o foco visual e o mental estão conectados. Isso quer dizer que a percepção sobre o exercício físico pode ser mudada para que, assim, ele pareça e seja mais fácil.

Fonte: Canaltech, BBC

Imagens: YouTube, Bora investir, Canaltech

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