Uma placa de pedra antiga pode finalmente ter seu significado desvendado pelos especialistas.
Pesquisadores das universidades da Bretanha Ocidental, do Instituto Nacional de Estudos Arqueológicos Preventivos da França e de Bournemouth revelaram ter encontrado o significado da enigmática “Laje de Saint-Bélec”.
Esse é um artefato de quatro mil anos da Idade do Bronze que se revelou ser um antigo mapa.
Essa pedra colossal, com 1,5 metro de comprimento e 1,8 metro de largura, escondeu-se no porão de um historiador local desde sua descoberta em 1900.
Com isso, teve o resgate oficial somente em 2014, após décadas de esquecimento, quando finalmente pôde passar por estudos.
Com figuras esculpidas que lembram montanhas e rios, a peça agora é famosa por ser um mapa intricado da região da Bretanha, situada a cerca de 500 quilômetros de Paris.
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As análises detalhadas revelaram uma representação precisa em 3D do Vale Odet e outros rios, notavelmente os meandros do Rio Aulne, que foram comparados aos mapas modernos.
As marcas na pedra apontam para uma área de terra com campos e túmulos, sugerindo a possível localização de um assentamento real ou de um chefe da Idade do Bronze.
Essa descoberta confirma as suspeitas prévias dos cientistas, consolidando a “Laje de Saint-Bélec” como o mapa mais antigo da Europa.
Agora, os arqueólogos anseiam desvendar os mistérios ocultos do mundo antigo por meio desse precioso mapa ancestral.
Tecnologia e a pedra antiga do mapa
Vale reforçar que o estudo da pedra antiga se tornou possível também pelas tecnologias disponíveis atualmente.
Embora a descoberta seja antiga, há quase uma década, não seria possível traçar os detalhes que sabemos hoje sem os recursos de investigação arqueológica.
Somente com tecnologias e ferramentas avançadas foi possível definir mais sobre o mapa, os relevos e outros elementos importantes. Graças aos pontos 3D, especialistas também conseguiram entender mais sobre a época e sobre o que a pedra antiga falava.
Sobre a Idade do Bronze
A Idade do Bronze é um período histórico que marcou uma significativa evolução na humanidade, caracterizado pelo uso generalizado do bronze na fabricação de ferramentas, armas e objetos.
Este período sucede a Idade do Cobre e antecede a Idade do Ferro, constituindo uma fase crucial na história da metalurgia.
A Idade do Bronze é geralmente dividida em três fases: inicial, média e final. Cada fase é caracterizada por avanços tecnológicos, mudanças culturais e desenvolvimento social.
A transição do cobre para o bronze, uma liga de cobre e estanho, proporcionou materiais mais duráveis e eficientes para a produção de instrumentos agrícolas, armas e utensílios.
Durante esse período, diversas civilizações ao redor do mundo experimentaram notáveis progressos.
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Por exemplo, no Oriente Próximo, a Mesopotâmia e o Egito testemunharam o surgimento de cidades e sistemas de escrita.
Na Europa, as civilizações cretense e micênica floresceram, deixando vestígios arqueológicos ricos em artefatos de bronze.
A Idade do Bronze também é conhecida por eventos significativos, como a formação de impérios, o comércio de longa distância e o desenvolvimento de estruturas sociais mais complexas.
No entanto, o término da Idade do Bronze não foi uniforme em todo o mundo, variando em diferentes regiões e sendo muitas vezes marcado por eventos catastróficos, como invasões e colapsos de civilizações.
Por isso, ainda surgem elementos de estudo sobre esse período, como a pedra antiga. Nem todos os especialistas são capazes de traçar informações sobre esse período com clareza. Graças à tecnologia, ainda estamos descobrindo mais sobre essa idade.
Contudo, já sabemos mais do que há alguns anos, e os historiadores acrescentarão cada vez mais detalhes ao entender sobre mapas, elementos e ferramentas antigas.
Fonte: UOL
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