Natureza

Sinais reveladores de um evento de extinção em massa que se aproxima estão aumentando, dizem os cientistas

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As alterações climáticas estão em alta, e não apenas pela popularidade do tema. A cada dia que passa, enfrentamos mais urgências em relação às perturbações no ecossistema global.

No entanto, essa emergência está crescendo com velocidade surpreendente. Recentemente, uma pesquisa divulgada na revista Nature revelou uma conexão preocupante entre as mudanças climáticas e o aumento de florescimentos de algas tóxicas em água doce.

E não para por aí. A pesquisa também associa eventos de extinção em massa do passado com esse acontecimento recentemente. Ou seja, foi um sinal do fim dos tempos na primeira extinção que enfrentamos, e a História parece estar se repetindo.

Via Só Científica

O problema das algas

Agora, qual é o grande problema com esses florescimentos de algas? Na verdade, em condições habituais, os micro-organismos, como as algas e as cianobactérias, são verdadeiros heróis dos ecossistemas marinhos, apesar da falta de reconhecimento.

Afinal, eles desempenham um papel crucial na oxigenação da água e na manutenção do equilíbrio da vida subaquática. Acredita-se que as algas marinhas produzem mais oxigênio que a Floresta Amazônica.

No entanto, quando as condições são propícias, esses micro-organismos podem se reproduzir em uma taxa alarmante, resultando nos chamados “florescimentos de algas prejudiciais”.

E é aqui que se complica. Esses florescimentos podem esgotar o oxigênio na água e liberar toxinas, transformando habitats aquáticos prósperos em áreas inabitáveis.

É como se alguém ligasse um interruptor que transforma um suporte de vida em uma ameaça à vida.

De acordo com o estudo, praticamente todos os episódios significativos de aquecimento global na história da Terra, com exceção de um, desencadearam esses florescimentos devastadores.

Evento de extinção

Agora vamos dar alguns passos para trás e analisar o maior evento de extinção na história da Terra, conhecido como o evento do fim-Permiano ou Grande Morte.

Ele aconteceu há cerca de 252 milhões de anos e resultou na extinção impressionante de 90% de todas as espécies do planeta.

Na época, os responsáveis foram um aumento significativo na atividade vulcânica, níveis elevados de dióxido de carbono na estratosfera e temperaturas globais em alta.

Enquanto isso, avaliando as alterações climáticas atualmente, começamos a perceber um padrão similar preocupante.

O estudo destaca um aumento visível em florescimentos de algas tóxicas em lagos e ambientes marinhos rasos. Isso se associa ao aumento das temperaturas e mudanças nas comunidades de plantas.

Assim, não é apenas uma ocorrência simples, mas sim um padrão que está surgindo e acionando os alarmes.

Como as alterações climáticas se relacionam?

Agora, você deve estar se perguntando, como exatamente as alterações climáticas se encaixam nesse cenário?

Bem, o estudo aponta que o aumento nas emissões de gases de efeito estufa e nas temperaturas globais hoje é semelhante ao que ocorreu durante a Grande Morte.

No entanto, tem uma diferença importante, pois as emissões de hoje são amplamente de responsabilidade humana, uma contribuição para o iminente desastre ecológico.

Para simplificar, o rápido aumento de incêndios florestais e desmatamento está introduzindo um grande influxo de nutrientes nos corpos d’água, criando o ambiente perfeito para o florescimento dessas algas prejudiciais.

É como um efeito dominó, e corremos o risco de desencadear uma reação em cadeia que levará a uma extinção inevitável.

Via Olhar Digital

Estudos urgentes

Os pesquisadores deixam claro que este não é um problema que pode ser negligenciado.

Após realizar cálculos, eles identificaram que a faixa de temperatura ideal para o florescimento dessas algas está entre 20 e 32°C.

O grande desafio surge quando consideramos que os modelos atuais de alterações climáticas preveem que poderemos atingir essas temperaturas até o final deste século.

Por fim, o que podemos tirar desse estudo e de todas essas informações? Existe uma urgência para propor soluções, ou precisaremos lidar com uma catástrofe ecológica em poucos anos.

As semelhanças entre eventos de extinção do passado e a crise climática atual são significativas e não podemos ignorar.

Essa pesquisa e outras avaliações são apenas lembretes sobre as nossas ações, reforçando que tudo terá uma consequência, especialmente na natureza.

Por isso, é fundamental que todos participem dessa conscientização e proponham soluções para contribuir com o equilíbrio climático em busca de um futuro sustentável, especialmente cobrando das grandes empresas e líderes de Estado.

Caso contrário, a saúde do nosso planeta estará em jogo, e as próximas gerações não poderão sobreviver nessas condições.

 

Fonte: Mistérios do Mundo

Imagens: Olhar Digital, Só Científica

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