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Solta, Suzane Von Richthofen cumpre pena em regime aberto

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Em outubro de 2002, o Brasil se chocou com um crime que aconteceu no bairro do Campo Belo, zona sul de São Paulo, na noite do dia 31. Depois disso, as manchetes de todos os jornais tratavam do caso chamado de “Caso Richthofen”. O casal,  Manfred e Marísia von Richthofen, foi assassinado a pauladas, enquanto dormiam.

Depois de algumas investigações, foi descoberto que o crime tinha sido planejado por Suzane Von Richthofen, a filha do casal. Para cometer o assassinato, ela teve ajuda de Daniel e Cristian Cravinhos, que ficaram conhecidos como “os irmãos Cravinhos”.

Mesmo que esse crime tenha acontecido há mais de duas décadas ele ainda é muito presente na história do país e sempre relembrado. Ele voltou à tona porque, na quarta-feira, Suzane Von Richthofen foi solta e transferida para o regime aberto em uma decisão da Justiça. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) do Estado confirmou essa informação.

Suzane Von Richthofen

Terra

Com isso, o alvará de soltura de Suzane foi cumprido pela Penitenciária Feminina I Santa Maria Eufrásia Pelletier de Tremembé, onde ela estava presa, às 17h35.

A condenação de Suzane aconteceu em 2006. Ela recebeu uma sentença de 39 anos e seis meses, junto com os irmãos Cravinho. Na época do crime, Daniel era namorado de Suzane, e recebeu o mesmo tempo de pena. Já Cristian foi condenado a 38 anos e seis meses. Os três foram condenados pelo assassinato de Marísia e Manfred von Richthofen.

Em 2002, Suzane tinha pouco mais de 18 anos. Em 2015, ela teve progressão para o regime semiaberto. Hoje, com 39 anos, ela está estudando novamente, com autorização da Justiça, e está fazendo o curso de biofarmácia em uma faculdade particular de Taubaté.

Em dezembro de 2004, Suzane foi colocada em liberdade por conta de um habeas corpus apresentado por sua defesa. Contudo, ela foi presa novamente depois de uma entrevista polêmica no “Fantástico” em que ela aparecia sendo aconselhada por seu advogado a chorar e simular um desconforto enquanto estava sendo entrevistada.

História

Extra

Como dito, a história do crime cometido por Suzane e pelos irmãos Cravinho ainda é bem presente na história do nosso país. Tanto é que ela ganhou dois filmes, estreados no Prime Video: o “A menina que matou os pais” e o “O menino que matou meus pais”. Para que esses filmes fossem produzidos, o diretor não teve nenhum contato com Suzane ou com os irmãos Cravinho. Tudo foi feito com base nos autos do processo.

Os filmes foram muito aguardados pelo público. E o que muitos podem não saber é que essas produções lançadas em 2021 terão uma continuação. O terceiro filme se chamará “A menina que matou os pais — A confissão”.

Assim como nos outros, esse também conta com a atriz Carla Diaz interpretando Suzane Von Richthofen e será dirigido por Mauricio Eça e roteirizado por Ilana Casoy e Raphael Montes.

Segundo o Yahoo, esse terceiro filme mostra o que os criminosos envolvidos no crime, Suzane, Daniel e Cristian, fizeram depois de cometê-lo. A produção também apresentará detalhes a respeito da investigação que acabou revelando todo o crime. Além disso, no terceiro filme serão mostrados os depoimentos e a condenação dos responsáveis pelo assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen.

“‘Confissão’ é um filme direto e cru, um thriller psicológico que você já sabe como acaba, mas não imagina como tudo aconteceu. Se passa durante 8 dias muito intensos onde as verdades de cada personagem vão vindo à tona”, disse o diretor.

A atriz que interpreta Suzane usou suas redes sociais para falar sobre esse filme. Segundo Carla Diaz, “o filme vem para atender aos inúmeros pedidos do público em conhecer os passos dos três acusados após o crime, além dos bastidores da investigação que culminou na prisão dos envolvidos”.

Quando os primeiros filmes foram lançados, muita gente achou que eles seriam como uma homenagem aos criminosos e também ficaram na dúvida se Suzane ou os irmãos Cravinho iriam ganhar alguma coisa com as produções. Na época, Carla Diaz se pronunciou sobre esses pontos.

“Acho que, ao contar o crime, você abre um questionamento para a sociedade. Eu acho que talvez algumas pessoas abriram para uma crítica, uma discussão, porque ainda não tinham a informação de que os envolvidos no caso real não tem nenhum envolvimento com a produção dos filmes”, afirmou.

A atriz também ressaltou que não teve contato com Suzane e que nenhum dos três iriam lucrar com os filmes. “A partir do momento que isso ficou muito claro — e outras produções internacionais já estão acostumadas fazer isso — eu acho que teve o entendimento das pessoas”, disse ela.

Fonte: Correio braziliense, Aventuras na História

Imagens: Terra, Extra

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