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Soyuz 11, a única missão espacial que deixou mortos

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A missão do homem à Lua foi uma das mais marcantes da história, pelos motivos óbvios. Os astronautas da missão Apollo 11 foram e voltaram da Lua sãos e salvos. O que não aconteceu com a missão Soyuz 11, que acabou resultando na primeira morte de seres humanos no espaço.

Era dia 30 de julho de 1971, a equipe de resgate soviética estava a postos, aguardando ansiosamente a volta dos astronautas da Soyuz 11, em uma região isolada do Cazaquistão. Tinha tudo para ser um dia histórico, pelo lado bom. Mas acabou sendo sim um dia histórico, mas não um dia bom. Quando o paraquedas, em chamas, despencou rumo à Terra, a equipe de socorristas foi logo ao local do módulo acidentado. Ao abrirem a escotilha, eles tiveram uma surpresa nada agradável: os três astronautas da missão, Georgi Dobrovolski, Vladislav Volkov e Viktor Patsayev estavam mortos. Esse foi o final trágico de uma missão, que tinha tudo para dar certo, mas que falhou no final.

A missão

De acordo com relatos, até o dia do pouso, a missão Soyuz 11 tinha ocorrido perfeitamente, sem nenhum imprevisto. A equipe de astronautas soviéticos passou 23 dias em órbita, durante os quais ocuparam a primeira estação espacial da história.

O sucesso dessa missão seria uma refutação triunfante à conquista dos Estados Unidos, de colocar o primeiro homem na Lua. Com isso, os soviéticos recuperariam a sua credibilidade e ganhariam fama internacional, que não recebiam desde o lançamento histórico do primeiro satélite artificial, o Sputnik, em 1957.

Porém, todos essas esperanças foram por água abaixo, quando os astronautas da Soyuz 1, os futuros heróis da nação, chegaram mortos à Terra. A morte repentina e prematura dos três astronautas se tornou tema de debate.

Tom Stafford, que é chefe do corpo de astronautas da NASA, afirmou, na época, que o estresse fisiológico do longo voo foi o que matou os astronautas. Já, para o médico da NASA, Chuck Berry, não se tratava de uma causa fisiológica, mas sim uma substância tóxica desconhecida, que chegou até o módulo durante a descida.

Por fim, a conclusão que os especialistas chegaram foi de que uma válvula respiratória rompida causou a morte dos homens. Eles morreram de descompressão, resultado de uma queda súbita e da grade pressão do ar, que fez com que o ar nos pulmões se expandisse, a ponto de rasgar o tecido dos órgãos.

A morte dos astronautas

Além da descompressão rasgar os órgãos vitais dos astronautas, ela também vaporizou a água nos tecidos, e produziu um inchaço. O vazamento contínuo de gás e vapor de água levou a um resfriamento dramática da boca e das vias aéreas. Juntos, a água e o gás dissolvido criaram bolhas que impediram o fluxo sanguíneo. Assim, depois de 60 segundos, a circulação sanguínea é interrompida e o cérebro fica sem oxigênio.

O que os astronautas da Soyuz 11 vivenciaram em seus momentos finais não teria sido nada indolor. A queda repentina na pressão, os teria exposto ao vácuo do espaço, o que provavelmente não é nada agradável. Eles teriam sentido uma dor intensa no peito, abdômen e cabeça. Depois, seus tímpanos teriam se rompido e sangue começaria a sair de seus ouvidos e bocas. Nesse ínterim, os astronautas provavelmente estavam conscientes, ao menos por 60 segundos.

Com os três mortos, o pouso da Soyuz 11 foi feito automaticamente, pela cápsula que executa uma reentrada programada. Eles morreram exatamente a 104 milhas acima da atmosfera, o que faz deles os únicos seres humanos, que já morreram no espaço até hoje.

Enfim, e você, já tinha ouvido falar sobre a missão Soyuz 11? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

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