Ciência e Tecnologia

Entenda porque cientistas ensinaram ratos a dirigir

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Para muitas pessoas, dirigir é um verdadeiro desafio. Ao menos, a julgar por algumas das coisas que facilmente presenciamos no trânsito diariamente. No entanto, alguns ratos de um laboratório da Universidade de Richmon, nos Estados Unidos, parecem ter aprendido a fazer isso perfeitamente.

Os motoristas roedores foram ensinados a ‘dirigir’ um carro, personalizado para buscar comida. Para os cientistas, o feito sugere que ratos podem ter uma maior capacidade de aprendizado do que se estimava anteriormente. O experimento foi relatado pela New Scientist.

A neurocientista Kelly Lambert é a mente, por trás da ideia, de ensinar ratos a dirigirem. A partir de um recipiente de comida transparente e vazio, Lambert e sua equipe criaram um minúsculo carro para o roedor. Uma barra de alumínio e três barras de cobre foram utilizadas para construir um ‘volante’.

O assoalho do carro foi construído com a barra de alumínio. Dessa forma, junto com o volante de barra de cobre, uma corrente elétrica, que impulsionava o veículo para a frente, é criada. Assim, os ratos foram treinados para controlar a direção do carro com suas pequenas patas. E eles se deslocaram para todas as direções.

Durante o treinamento, toda vez que moviam o carro para frente, os ratos eram recompensados com cereais com sabor de frutas. Os ratos dirigiam dentro de uma caixa de plástico de 4 metros. As recompensas eram colocadas, cada vez mais longe, ao longo da caixa, assim, incentivando os roedores a se deslocarem.

“Eles aprenderam a dirigir o carro de maneiras únicas e se envolveram em padrões de direção que nunca haviam usado para chegar à recompensa”, disse Lambert.

Pequenos motoristas

Participaram do estudo 11 ratos machos e 6 fêmeas. Porem, nem todos eles aprenderam a dirigir da mesma forma. De acordo com Lambert, o ambiente, em que eles se encontravam, influenciava diretamente na forma como aprendiam.

Os ratos, que estavam confinados em um ambiente mais estimulante e complexo, aprendiam significativamente mais rápido.”Esses dados sugerem que obtemos ‘capital experimental’ se tivermos estilos de vida dinâmicos e desafiadores que se transferem para a aquisição de aprendizado”, afirmou a neurocientista.

Além do mais, de acordo com a cientista, o ato de dirigir parece ter deixado os ratos mais relaxados. Assim como acontece com os humanos, os ratos pareciam ter se sentido mais satisfeitos, ao dominarem uma tarefa considerada difícil.

Aqueles cuja a imaginação é aflorada, já devem estar imaginando ratos dirigindo pelas ruas da cidade. E para esses, temos uma má noticia: isso não vai acontecer.

Quando questionados sobre o porquê de estarem ensinando ratos a dirigir, Lambert e seus colegas afirmaram que o experimento aconteceu para analisar a neuroplasticidade dos ratos. Sendo esta a capacidade do cérebro de se adaptar e aprender novas tarefas. E pelo o que perceberam, essa neuroplasticidade pode ser bem maior do que as pessoas pensavam.

De acordo com Lambert, os testes poderiam ser ainda mais complexos. Além do mais, os dados, coletados ao observar os ratos, poderiam ser usados ​​para estudar os efeitos da doença de Parkinson e a depressão. “Eu acredito que os ratos são mais espertos do que a maioria das pessoas percebem e que a maioria dos animais é mais inteligente, de maneiras únicas, mais do que pensamos”, concluiu a cientista.

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