Curiosidades

Tempestade solar dupla atinge a Terra e outra está a caminho

0

Quando pensamos em tempestade nos lembramos de ventos fortes, raios, trovões e muita chuva. Contudo, existe um outro tipo de tempestade, uma que pode ser mais devastadora do que as que estamos habituados. Essa é a tempestade solar, também chamada de tempestade geomagnética.

Na última quinta-feira, o campo magnético do nosso planeta foi atingido por duas ejeções de massa coronal emitidas pelo sol. Mesmo que os impactos causados por elas tenham sido pequenos, sua combinação fez com que acontecesse uma tempestade solar de classe G3, que é forte, com auroras.

Nossa estrela continua em um estado agitado tendo várias regiões ativas e machas solares que geram erupções todos os dias. Algumas delas tem ejeções de massa coronal (CMEs), que às vezes atingem o campo magnético da Terra.

Tempestade solar

No dia primeiro de maio, quatro erupções aconteceram. Uma delas foi classificada como M9.5, ou seja, quase chegou ao nível que é tido como forte. Ao todo, entre o dia primeiro e o dia dois de maio foram 17 flares separados em: quatro de classe M (moderado) e 13 C (fracos). No caso dos de classe M, eles resultaram em apagões de rádio em determinados lugares do planeta.

Mesmo sabendo disso, ainda não é claro quais eventos estavam relacionados com os impactos das duas CMEs na última quinta-feira. E uma outra tempestade solar foi esperada para o dia quatro, que iria causar uma tempestade geomagnética G1, mas também produziria auroras.

Essa intensa atividade no sol tem alguns responsáveis e uma delas é a região de manchas solares AR3654, que está chegando à borda do lado direito da estrela. Isso quer dizer que, logo, ela irá desaparecer no lado oculto. Mesmo assim, ela ainda pode causar algumas explosões surpreendentes.

Enquanto isso, outra região ativa, grande e cheia de manchas está surgindo no lado esquerdo: a AR3664. Por isso que  cientistas do clima espacial acompanham e monitoram a atividade solar por 24 horas para que nenhuma tempestade solar seja uma surpresa.

Consequências

Canaltech

Desde o começo do século XIX essas tempestades são registradas. E se uma tempestade solar da mesma intensidade que o Evento Carrington acontecesse hoje, ela afetaria bem mais do que os fios de telégrafo e teria a possibilidade de ser catastrófica.

Nos tempos atuais, temos uma dependência cada vez maior da eletricidade e da tecnologia, o que faz com que qualquer interrupção nelas leve a trilhões de dólares em perda monetária e risco à vida dependente dos sistemas. E a tempestade afetaria a maioria dos sistemas elétricos que as pessoas usam todos os dias.

Além dessas falhas elétricas, as comunicações seriam interrompidas em escala mundial. Os provedores de internet poderiam cair e tirar a capacidade de diferentes tipos de sistema se comunicarem. Alguns deles seriam os de alta frequência, como por exemplo, rádio terra-ar, ondas curtas e navio-terra.

Outro ponto é que, conforme as tempestades solares forem atingindo a Terra, o aumento da atividade solar fará com que a atmosfera se expanda para fora. Com isso, a densidade da atmosfera será alterada na região onde os satélites orbitam. Isso fará com que os satélites fiquem mais lentos. Se eles não forem manobrados para uma órbita mais alta, podem cair de volta à Terra.

Como se isso já não fosse o bastante, uma tempestade solar também afetaria os sistemas de navegação que praticamente todos os meios de transporte usam. Além deles, os sistemas militares são fortemente dependentes do GPS para coordenação.

Com relação à internet, uma tempestade no nível do Evento Carrington poderia produzir correntes geomagneticamente induzidas nos cabos submarinos e terrestres, que são a espinha dorsal da internet. Isso potencialmente iria interromper toda a rede e impediria que os servidores se conectassem uns aos outros.

Fonte:  Canaltech, Science Alert

Imagens: YouTube, Canaltech

Ciência pode ter achado origem de estados alterados de consciência

Artigo anterior

Estudo revela que oásis enfrentam graves ameaças de desertificação

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido