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Teste revela que Einstein estava certo em paradoxo da mecânica quântica

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Um estudo recentemente publicado na revista científica Physical Review X apresentou dados de um experimento de grande escala realizado para investigar o famoso paradoxo de Einstein-Podolsky-Rosen (EPR), um dilema fundamental na mecânica quântica.

Após análise dos dados, os cientistas concluíram que o paradoxo sugere uma incompletude na teoria da mecânica quântica.

O estudo foi conduzido por Paolo Colciaghi e Yifan Li, físicos da Universidade de Basel, na Suíça, e utilizou dois condensados de Bose-Einstein emaranhados.

Os resultados obtidos representam a primeira observação do paradoxo EPR em sistemas com um grande número de partículas separadas espacialmente.

Segundo os pesquisadores, os resultados mostram que o paradoxo Einstein-Podolsky-Rosen (EPR) afeta sistemas massivos com partículas separadas no espaço.

Com isso, mostra o conflito mecânico quântico e o realismo. Isso significa que nenhum dos dois desaparece em sistemas que mudam de tamanho, mesmo envolvendo mais de mil partículas massivas

Ao avaliar as propriedades quânticas de elementos com condensação, pesquisadores encontram uma correlação entre eles.

Isso demonstra que o paradoxo continua válido mesmo em experimentos com partículas de massa considerável, separadas por uma distância de até 100 micrômetros.

Esses resultados reforçam a noção de que a mecânica quântica não está sujeita às leis da física clássica, indicando que ainda há muito a ser compreendido nessa área.

Via Tecmundo

O que é o paradoxo de Einstein-Podolsky-Rosen (EPR)?

O paradoxo de Einstein-Podolsky-Rosen (EPR) é uma questão intrigante levantada por Albert Einstein, Boris Podolsky e Nathan Rosen, que questiona a completude da teoria da mecânica quântica.

No contexto do emaranhamento quântico, o paradoxo descreve a correlação instantânea entre duas partículas entrelaçadas, mesmo quando estão separadas por grandes distâncias.

Essa conexão aparentemente instantânea entre as partículas desafia o princípio da causalidade na física clássica.

Contudo, o paradoxo EPR coloca em evidência a peculiaridade do emaranhamento quântico, que permite que informações sejam transmitidas instantaneamente entre partículas entrelaçadas, independentemente da separação espacial.

Isso contradiz a visão clássica de que a comunicação entre as partículas deve obedecer à velocidade da luz ou a outras restrições impostas pela relatividade.

No entanto, é importante ressaltar que o paradoxo de Einstein-Podolsky-Rosen ainda é objeto de investigação e estudo.

Embora tenham sido feitos avanços recentes no entendimento do emaranhamento quântico e em experimentos que confirmam suas propriedades, a questão fundamental do paradoxo EPR permanece como um desafio em aberto.

A pesquisa atual visa explorar e compreender melhor a natureza da mecânica quântica, sugerindo que o tema pode ser muito mais complexo do que se pensava anteriormente.

Conforme o estudo mencionado, a demonstração do emaranhamento EPR, juntamente com a separação espacial e o endereçamento individual dos sistemas envolvidos, é de grande importância do ponto de vista fundamental.

Além disso, também abre caminho para explorar o emaranhamento EPR em sistemas com muitas partículas, como um recurso valioso para futuras pesquisas.

Via Neoclassical

Por que é paradoxo?

A proposta de Einstein-Podolsky-Rosen (EPR) é um paradoxo porque desafia intuições e conceitos clássicos da física, como a causalidade e a localidade.

A tese se baseia na ideia de que duas partículas entrelaçadas podem estar instantaneamente correlacionadas, mesmo quando estão separadas por grandes distâncias.

No entanto, de acordo com os princípios da física clássica, a informação ou influência não pode se propagar instantaneamente através do espaço.

A velocidade da luz é considerada o limite máximo de transmissão de informações. Mas a mecânica quântica desafia essa intuição.

No emaranhamento quântico, duas partículas entrelaçadas estão tão intrinsecamente ligadas, que suas propriedades estão correlacionadas, independentemente da distância entre elas.

Isso significa que a medição de uma das partículas instantaneamente determina o estado da outra, mesmo que estejam separadas por uma grande distância.

Essa correlação instantânea parece desafiar a noção clássica de causalidade, onde um evento causa outro somente após uma interação mediada por um sinal físico.

O paradoxo EPR destaca essa aparente contradição entre as implicações do emaranhamento quântico e os princípios da física clássica.

Por isso, Albert Einstein, Boris Podolsky e Nathan Rosen propuseram o paradoxo para questionar se a mecânica quântica era uma teoria completa ou se havia variáveis ocultas não consideradas que pudessem explicar o comportamento das partículas de forma determinística.

Embora experimentos tenham confirmado o fenômeno do emaranhamento quântico e suas correlações instantâneas, a interpretação desses resultados e a resolução do paradoxo EPR ainda são assuntos de debate na comunidade científica.

 

Fonte: Tecmundo

Imagens: Tecmundo, Neoclassical

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