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Como os cambistas conseguem driblar as regras dos sites de ingressos?

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A relação de celebridades com seus fãs é como se fosse uma coisa simbiótica. Eles sabem que podem contar com seus artistas e o artista sabe que seus fãs o apoiarão e defenderão caso seja preciso, além, é claro, de todo o apoio que os fãs dão comprando os ingressos e indo aos shows dos seus artistas preferidos.

Contudo, por mais que seja o sonho da pessoa ir a um determinado show, nem sempre ela consegue comprar um ingresso, e os motivos para isso acontecer podem ser variados. Na segunda-feira, começaram as vendas gerais dos ingressos para o The Eras Tour, da Taylor Swift, aqui no Brasil. A fila online para a compra tinha mais de duas milhões de pessoas e todos os ingressos acabaram em menos de 20 minutos.

Claro que por ter uma demanda muito alta, o caos foi instaurado entre os fãs da cantora. Eles usaram as redes sociais para questionar a Ticketsf or Fun, empresa que coordenou a venda dos ingressos.

De acordo com os relatos, vários fãs foram passados para trás por cambistas tanto nas bilheterias presenciais e também na venda online. Ou seja, por aquelas pessoas que compram os ingressos sem nenhuma pretensão de ir ao show somente para vender mais caro depois. Essa prática é ilegal no nosso país e pode se enquadrar na Lei dos Crimes contra a Economia Popular.

Nas filas presencias nos Estádios do Allianz Parque (SP) e do Engenhão (RJ), a situação ficou bem tensa quando esses cambistas começaram a furar a fila e até mesmo ameaçar os fãs que estavam acampados nesses locais. E os fãs também reclamaram da situação das vendas online. Tanto é que várias pessoas disseram que estavam entre as primeiras cinco mil pessoas na fila virtual e nem assim conseguiram comprar os ingressos.

E um pouco antes das 11 horas, horário que a Tickets for Fun anunciou o fim da venda dos ingressos, sites de revenda não oficiais já estavam anunciando mais de mil ingressos para a turnê de Taylor. E os valores pedidos por eles são absurdos, variando de R$ 4.370 a R$ 5.175.

Como burlam os sites de ingressos?

Claro que com uma demanda de público tão grande os cambistas sempre ficam de olho no show que irá acontecer. E muita gente se pergunta como eles conseguem comprar tantos ingressos e acredita que é somente uma questão de quem vai mais rápido. Contudo, a realidade não é bem essa e a disputa entre eles e os fãs não é nada justa.

No caso das filas presenciais, o cambista realmente tem que estar logo no começo para garantir os seus ingressos, mas na venda online não é bem assim. No ambiente virtual, eles agem através de bots, que são sistemas que permitem comprar vários ingressos em vários CPFs diferentes em alguns segundos. Por conta disso, as bilheterias oficiais esgotam os ingressos em alguns minutos.

De acordo com especialistas, os bots se passam por pessoas reais e automatizam o processo de compra fazendo o preenchimento dos dados, como por exemplo, nome, endereço e CPF através de uma geração de números aleatórios. Esse sistema ainda consegue passar nos botões que valiam se a “pessoa” comprando realmente é humana.

No caso da The Eras Tour, o perfil @socialistaylor no Twitter expôs uma empresa de venda de ingressos que, teoricamente, teria ajudado os cambistas na compra dos ingressos com uma certa vantagem.

Tática recorrente

KLE Eventos

Essa tática é feita com uma certa frequência. Até porque, vários shows que vêm para o Brasil têm uma demanda de público muito alta. O mesmo visto com Taylor aconteceu em janeiro desse ano durante a venda de ingressos para os shows do RBD.

A venda foi feita pela Eventim e os ingressos esgotaram em poucos minutos. Por conta disso, os fãs acusaram a empresa de favorecimento aos cambistas, fazendo parte de um esquema criminoso. Depois disso, a empresa disse que as acusações não eram verdadeiras e afirmou que “em grandes eventos, é normal que os ingressos esgotem em apenas alguns minutos”.

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Venda de Ingressos (Abrevin), na tentativa de evitar os cambistas, as bilheterias limitam a venda de ingressos por CPF e também usam tecnologias de criptografia de dados, verificação de identidade e monitoramento para que se faça o bloqueio automático de ações suspeitas.

Como a demanda para os shows foi muito alta, a equipe de Taylor Swift anunciou mais dois shows no país: dia 24 de novembro em São Paulo e dia 19 de novembro no Rio de Janeiro.

Fonte: Tecmundo

Imagens: Twitter, KLE Eventos

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