TESTE: Você consegue localizar as cobras venenosas camufladas entre as folhas?

Cobras não são os animais mais amados pelas pessoas. Alguns as acham simpáticas, mas a maioria tem pavor. Mesmo assim, elas estão entre os animais que mais provocam fascinação nas pessoas. Isso é tão verdade que uma simples imagem consegue chamar atenção de todos.

Esse é o caso dessa imagem impressionante, feita por Bonnie Keller, da K2C Wildlife Encounters, de três serpentes-mocassim-cabeça-de-cobre que estão escondidas entre folhas caídas.

Essas cobras são naturais do leste da América do Norte e são conhecidas pela sua excelente habilidade de se camuflarem. Até porque, o seu padrão de escamas que tem o formato de ampulheta, junto com sua cor marrom, faz com que elas fiquem praticamente invisíveis no meio das folhas.

Cobras camufladas

Socientifica

Mesmo trabalhando com realocação de cobras e outros pequenos animais na Virgínia, Keller ficou impressionada com a facilidade que esses animais têm de se misturarem ao ambiente logo que são devolvidas a ele. “A evolução favoreceu esta coloração para protegê-las de predadores como raposas, aves de rapina, etc”, disse ela.

Justamente por conseguirem se camuflar tão bem, essas cobras são um perigo. Tanto é que a K2C usou seu Facebook para fazer um post de alerta. “Veja o que acontece quando você tem serpentes em folhas… mágica, elas desaparecem!! Felizmente, as serpentes tendem a ficar em lugares com mais cobertura, mas esteja vigilante!”, publicaram.

O perigo é real e Nina Mislyan, comentou no Facebook que aprendeu “da maneira mais difícil” o poder da camuflagem dessas cobras. Conforme ela contou, o seu cachorro acabou sendo mordido por uma delas. “Bonnie ajudou a realocar a serpente que estava no nosso quintal, perto dos nossos arbustos onde havia folhas e cobertura, e desde então mantemos nosso quintal um pouco mais organizado e esperamos que não seja tão acolhedor para as cobras”, relatou.

Onde elas estão

Socientifica

A foto foi feita no processo de realocação dos animais que tinham sido capturados em outro local. Como encontrar as cobras pode ser uma coisa bem difícil, Keller destacou onde os animais estão na foto.

Por conta dos relatos e desse alerta visual, é sempre bom que as pessoas fiquem alertas onde estão pisando, principalmente se estiverem perto do habitat dessas cobras.

Paraíso

MSN

Diferente dessa foto que é preciso fazer um esforço muito grande para encontrar as cobras camufladas, existe uma ilha no Brasil que esses animais são avistados na primeira olhada. A chamada Ilha da Queimada Grande, está a 35 quilômetros do litoral paulista e é um dos lugares mais perigosos do mundo todo. Isso porque, no local, existem cinco cobras por metro quadrado. Ou seja, a ilha é infestada por cobras venenosas por todos os cantos. Por conta disso que somente cientistas, que sejam autorizados pela Marinha, podem ir até o local fazer estudos.

A população de cobras é tão grande que, a Queimada Grande é a segunda ilha do mundo com a maior densidade populacional de cobras. Ela está atrás da Ilha de Shedao, na China. Para colocar em números, são três mil cobras em uma área de 430 mil metros quadrados, o que dá 143 cobras a cada mil metros quadrados. Colocando em outra perspectiva, é como se tivessem 1.430 cobras em cada campo de futebol.

A Queimada Grande é parte de uma unidade de conservação que foi criada em janeiro de 1984 e é classificada como “área de relevante interesse ecológico”, ou seja, a proteção da ilha, de sua fauna e flora, é determinada por lei. Até porque, no caso da fauna, ela é endêmica, o que quer dizer que só existe lá.

O registro mais antigo desse local é de 1532 feito pelo português Martim Afonso de Souza em uma missão colonizadora. E o nome do local tem um motivo. Antes de ser proibido pessoas irem lá, os marinheiros que iam até a ilha acendiam fogueiras grandes para espantar as cobras, e esse fogo era tão grande que era visto do continente.

Assim, como as pessoas não vão mais a essa ilha, desde 1925 ela tem um farol automático que fica na parte mais plana do local. Ele é mantido e conservado pela Marinha e não precisa de ninguém indo até o local.

Fonte: Socientifica,  MSN

Imagens: Socientifica,  MSN