Curiosidades

Por quanto tempo é possível sobreviver no espaço sem traje de proteção?

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Por vários anos, os humanos sonham em viver no espaço. E graças ao lançamento de uma estação espacial, as pessoas começaram a entendê-lo. O mais incrível é que essa ideia não passava de pura ficção científica, décadas atrás. Contudo, algumas coisas são necessárias para que um ser humano consiga sobreviver fora da Terra, como por exemplo, o traje espacial.

No entanto, será que é possível sobreviver no espaço sem o traje espacial? Essa roupa é o que permite que os astronautas saiam das espaçonaves e possam fazer caminhadas espaciais curtas. O traje é projetado para dar aos astronautas recursos fundamentais para a vida, como por exemplo, ar respirável, água, manter a pressão adequada e proteção física.

E se algum dia essas roupas não estivessem mais disponíveis para uma missão espacial? Se uma pessoa fosse “jogada” no espaço sem um traje espacial, por quanto tempo ela sobreviveria?

Sobreviver no espaço

Socientifica

De acordo com Stefaan de Mey, oficial sênior de estratégia da Agência Espacial Europeia (ESA), encarregado de coordenar a área para exploração humana e robótica, “em um período muito curto, em questão de 10 a 15 segundos, você ficará inconsciente por falta de oxigênio”.

Como todos sabem, a falta de oxigênio é um grande problema. E no vazio do espaço, esse oxigênio “começa a se expandir e romper seus pulmões, dilacerando-os – e isso causaria fervura e borbulhamento em seu sangue, o que imediatamente causaria embolia e teria um impacto fatal em seu corpo”, explicou Mey.

Idealmente seria necessário esvaziar os pulmões o máximo possível se a pessoa se aventurasse no espaço sem um traje espacial. No entanto, a falta completa de pressão também iria desencadear outros problemas fatais, mesmo que eles não se manifestassem imediatamente.

Danos mortais ao corpo

Socientifica

Sem o traje espacial, acontecem vários efeitos extremos e potencialmente fatais ao corpo. Além do oxigênio, outros fluidos corporais, como por exemplo, as lágrimas e a saliva começam a ferver de forma rápida por conta da falta de pressão externa.

Outra coisa que aconteceria seria a expansão do corpo humano por conta da tendência de gases e líquidos internos que vão se expandindo sem nenhuma restrição. Mesmo que isso aconteça, a pele é elástica o suficiente para suportar as mudanças bruscas de pressão. Por isso que ela evitaria o senso comum de uma pessoa explodir no espaço.

Por mais que a explosão da pessoa não aconteça, os perigos são extremamente graves. Tanto é que, com alguns segundos de exposição, a ausência de oxigênio na corrente sanguínea causaria um desmaio iminente. E como o espaço não tem nenhum oxigênio, não existe possibilidade de mudar essa situação. Consequentemente, a morte cerebral aconteceria em alguns minutos a não ser que a pessoa fosse resgatada e levada de volta para um ambiente pressurizado e rico em oxigênio, no caso, dentro de uma espaçonave. Nesse local a pessoa poderia ser ressuscitada.

O ponto principal é que não é possível sobreviver no espaço sem um traje espacial. Isso porque ele não protege somente das terríveis consequências ditas, mas também protege os astronautas dos micrometeoróides. Eles são pequenas partículas de poeira e detritos espaciais em alta velocidade.

“Há um problema de temperatura e radiação e ameaças de micrometeoróides […] Assim, os trajes espaciais são projetados para fornecer proteção física aos astronautas no espaço sideral”, concluiu Mey.

Observações

Folha de São Paulo

Como dito, o traje espacial é indispensável para a vida humana no espaço. No entanto, outra coisa indispensável quando o assunto é colônia humana fora da Terra é sexo. Contudo, até o momento, as organizações espaciais não estão pensando nisso. Mas isso tem que mudar.

Até porque, se o objetivo é estabelecer novos mundos e continuar a expansão humana no cosmos é preciso aprender como a reprodução será feita com segurança e como construir vidas íntimas agradáveis no espaço. Entretanto, para que isso aconteça, as organizações têm que adotar uma nova perspectiva a respeito da exploração espacial. E essa nova perspectiva precisa ver os humanos como seres com necessidades e desejos.

Amor e sexo são coisas fundamentais para a vida humana. Mesmo assim, as organizações espaciais nacionais e privadas estão avançando com missões de longo prazo para a Estação Espacial Internacional (ISS), para a lua e Marte, mas sem nenhum estudo concreto ou planos de abordar o erotismo humano no espaço.

Claro que a ciência espacial pode levar o ser humano para o espaço, só que são as relações que irão determinar se os humanos sobreviverão e prosperarão como uma civilização espacial. Por conta disso, acredita-se que limitar a privacidade no espaço pode colocar em risco a saúde mental e sexual dos astronautas, além, é claro, do desempenho da tripulação e o sucesso da missão.

Enquanto isso, permitir esse erotismo espacial pode ajudar os humanos a se adaptarem à vida no espaço e também a melhorar o bem estar dos futuros habitantes fora do nosso planeta. Até porque, o espaço é um ambiente hostil, e a vida a bordo de espaçonaves não é a mais convidativa para a intimidade humana. Em um futuro próximo, a vida no espaço também pode limitar o acesso a parceiros íntimos e aumentar as tensões entre os membros da tripulação em um ambiente onde a cooperação é essencial.

Mesmo assim, até hoje os programas espaciais não estudam o assunto “sexo no espaço”.

O sexo também é procurado para além da reprodução. Ele e o amor são procurados também para diversão. Portanto, a exploração espacial tem que conseguir atender às necessidades íntimas dos humanos de forma honesta e holística, já que a abstinência não é uma opção viável.

Nesse sentido, facilitar a masturbação ou o sexo com o parceiro pode ajudar os astronautas a relaxar, dormir e aliviar a dor, além de também ajudá-los a se ajustarem à vida espacial. Estudar e abordar essas questões sexológicas da vida humana no espaço também pode ajudar a combater o machismo, a discriminação e a violência ou assédio sexual.

Fonte: Socientifica,  BBC

Imagens: Socientifica, Folha de São Paulo

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