Curiosidades

Tubarão regenera a própria nadadeira após sofrer ferimentos causados por humanos

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Tubarão ou cação é o nome dado vulgarmente aos peixes de esqueleto cartilaginoso e um corpo hidrodinâmico, pertencentes à superordem Selachimorpha. Sabe-se que os tubarões estão vivos no planeta Terra há muitos anos, mais ou menos há 400 milhões de anos.

Eles podem não ser os animais mais queridos das pessoas, mas são vistos em todas as regiões do planeta e despertam muita curiosidade. Além disso, alguns deles passam por situações que chamam atenção. Como no caso desse tubarão que conseguiu crescer parte da sua nadadeira que tinha sido cortada por humanos perto da cidade de Júpiter, no estado norte-americano da Flórida.

Esse feito foi a primeira vez que os pesquisadores viram um tubarão seda crescendo novamente sua nadadeira dorsal, e foi o segundo caso que se tem registro de regeneração de nadadeira de qualquer tubarão.

Caso

Galileu

Em junho de 2022, os pesquisadores colocaram uma etiqueta de arquivo equipada na barbatana dorsal do animal para conseguirem acompanhar sua migração. Através do dispositivo era possível fazer a transmissão dos dados coletados via satélite.

Depois de algumas semanas, alguém cortou a etiqueta do tubarão e deixou um ferimento muito grave no animal. Quem viu que o animal estava machucado foi John Moore, um mergulhador local, e logo entrou em contato com os pesquisadores.

“Eu disse a ele que seria impossível perder a etiqueta de satélite na barbatana dorsal, então ele saberia que era um dos nossos tubarões. Daí foi quando ele me mandou a primeira foto mostrando o enorme buraco no local onde estava a etiqueta”, disse Chelsea Black, da Universidade de Miami, autora do estudo.

Na visão da pesquisadora, não é provável que a pessoa que tirou a etiqueta do tubarão tivesse intenções boas com relação à ele.

Recuperação da barbatana

Galileu

De acordo com o Museu de História Natural da Flórida, os tubarões seda chegam a medir até três metros de comprimento e são vistos nos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico. A espécie tem risco de extinção por conta da sobrepesca, justamente por isso que na Flórida é proibido capturar ou matar esses animais.

No caso desse tubarão em específico, a regeneração foi acompanhada por análise d  fotos que foram tiradas por mergulhadores com 322 dias de diferença. Nas imagens é possível ver que o animal perdeu 20,8% da sua barbatana inicialmente e conseguiu regenerar 87% do seu tamanho original.

Essa regeneração foi vista poucas vezes. Por conta disso que os pesquisadores ainda estão compreendendo como o fenômeno acontece. No estudo feito, Black sugere que a parte da barbatana que foi regenerada é composta principalmente por tecido cicatricial.

A recuperação dos tubarões é rápida graças a evolução. Até porque, esses animais lidam com muitos ferimentos feitos por agressão e predação de outros tubarões. Segundo o estudo, eles tem respostas imediatas anti-inflamatórias a machucados.

“Há um motivo pelo qual os tubarões têm evoluído por centenas de milhões de anos, sobrevivendo a vários eventos de extinção em massa. Esta história só prova o quão resilientes eles conseguem ser”, concluiu Black.

Tubarão

Science alert

Assim como o caso de regeneração da barbatana é uma coisa rara de se ver, algumas espécies de tubarões também são bem raras de serem avistadas. Como no caso desse tubarão de água fria que os biólogos ficaram surpresos de encontrá-lo há milhares de quilômetros do seu habitat.

O animal era um tubarão da Groenlândia, que é o vertebrado que tem a vida mais longa da Terra, e foi visto no mar do Caribe. O encontro aconteceu quando os pesquisadores estavam marcando e capturando temporariamente tubarões-tigre na costa de Belize. Isso os pegou de surpresa e Hector Daniel Martinez comentou que o animal parecia “muito, muito velho”.

No início, os pesquisadores acreditaram que se tratava de um tubarão sixgill, que é um predador dominante do fundo do mar. No entanto, quando eles fotografaram o tubarão, eles puderam confirmar que ele “provavelmente” era um tubarão da Groenlândia.

“De repente, vimos uma criatura muito lenta e preguiçosa sob a superfície da água. Parecia algo que existiria em tempos pré-históricos”, disse Devanshi Kasana, biólogo e Ph.D. candidato no laboratório de Ecologia e Conservação de Predadores da Florida International University.

Segundo o Serviço Oceânico Nacional, esses tubarões podem viver entre 250 e 500 anos. Eles vivem a milhares de metros de profundidade, onde é escuridão total. Justamente por isso que raramente são vistos ou fotografados e não se sabe muito a respeito da vida deles. O que se sabe é que o estilo de vida deles é lento e feito para conservar energia, sendo uma adaptação para os profundezas onde eles vivem, que têm poucos nutrientes.

Isso mostra o quão inesperado foi para os pesquisadores encontrar um tubarão da Groenlândia perto de um recife de coral em Belize. Mas não é uma coisa impossível, já que a encosta do recife tem uma profundidade de até 9.500 metros. Isso dá ao tubarão um ambiente escuro como ele está acostumado.

No entanto, o encontro trouxe a questão de saber o que levou esse tubarão da Groenlândia a migrar das do Ártico para as do Caribe, ou então se ele viveu grande parte da sua vida já nas profundezas tropicais.

Essa dúvida ainda não tem uma resposta. Mas o mais provável é que os animais dessa espécie vaguem pelas profundezas do Caribe longe da vista humana. “Duvido que seja o único”, disse Demian Chapman, diretor de Pesquisa de Conservação de Tubarões e Raias do Laboratório e Aquário Marinho Mote.

Como as profundezas do oceano são, em sua maioria, inexploradas, a descoberta desse tubarão é mais um lembrete do quanto os humanos ainda não conhecem esse ecossistema.

Fonte: Galileu,  Science alert

Imagens: Galileu,  Science alert

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