Curiosidades

Tudo indica que gatos sabem quando se fala deles

0

Os animais de estimação parecem saber quando o tutor muda o tom de voz e o que ela significa. Um estudo da Universidade Paris Nanterre, na França, apontou que os gatos fazem parte do grupo que consegue entender quando os humanos conversam com eles.

A pesquisa analisou 16 gatos e seus fortes laços com seus donos, inclusive na comunicação. O resultado da investigação foi publicado na revista Animal Cognition em 25 de outubro.

O relatório informou que os gatos podem mudar seu comportamento quando ouvem a voz de seu tutor falando em um tom direcionado a eles. No entanto, os felinos não mudam o que estão fazendo ao escutarem a voz de um estranho ou a voz de seu dono dirigida a outra pessoa.

O estudo

Foto: Chris Winsor/ Getty Images

Os gatos que participaram do estudo reagiram a vozes pré-gravadas de seus donos e de um estranho, recitando frases em tons dirigidos a gatos e a humanos. Após isso, os pesquisadores investigaram as reações sob a ótica de três condições específicas.

A primeira condição é a mudança da voz do estranho para a do dono do gato. A segunda e terceira condição são a alteração do tom usado, independente de ser direcionado ao gato ou ao adulto, pela voz do dono do gato ou pela voz de um estranho, respectivamente.

Os pesquisadores notaram e consideraram reações determinantes nos comportamentos dos gatos, como repouso, movimentação da orelha, dilatação da pupila e movimentação da cauda, ​​entre outros.

Na primeira condição, 10 dos 16 gatos mostraram uma diminuição na intensidade ao ouvirem o áudio da voz de um estranho chamando-os pelo nome. 

No entanto, ao escutarem a voz do seu tutor, a intensidade do comportamento aumentou significativamente novamente. Os gatos exibiram comportamentos como virar os ouvidos para os alto-falantes, aumentar o movimento ao redor da sala e dilatar a pupila ao ouvir a voz do tutor.

Na segunda condição, 10 gatos diminuíram o seu comportamento após escutarem o áudio do seu tutor em um tom direcionado para adultos. Em seguida, eles aumentaram significativamente seu comportamento ao ouvir o tom direcionado a si.

Essa mudança de intensidade não foi notada na terceira condição, quando um desconhecido falava em um tom direcionado para o adulto e depois direcionado para o gato.

Reconhecem a voz do dono

Foto: Getty Images/ BBC

Mesmo considerando que essa é uma amostra muito pequena e que não pode representar todo o comportamento dos gatos, os pesquisadores acreditam que o experimento apresenta fortes evidências de que os felinos podem reconhecer a voz dos seus tutores e distinguir a tonalidade de voz.

Além disso, os autores do estudo apontam que suas descobertas trazem uma nova dimensão para as relações gato-humano. Isso porque mostram informações sobre a comunicação do gato e a forma como ele se comporta em um ambiente, dependendo da voz de quem está falando com ele.

Gatos ajudam a aliviar o estresse de pessoas altamente emocionais

Foto: Getty Images/ BBC

Outro estudo recente apontou que gatos ajudam a reduzir o estresse e a aumentar o bem-estar, em especial para pessoas altamente emocionais. A pesquisa realizada por cientista da Universidade do Estado de Washington, nos Estados Unidos, foi publicada na revista “Anthrozoös”.

No novo estudo, os pesquisadores avaliaram se havia interesse entre os participantes do experimento em interagir com gatos, em vez de apenas com cachorros. Além disso, eles desejavam entender como as características humanas podem influenciar essa preferência.

A pesquisa contou com a participação de mais de 1.400 estudantes universitários e funcionários, de mais de 20 universidades.

O resultado apontou que a presença dos gatos teve grande aceitação dos participantes, principalmente entre aqueles em que o traço de personalidade da emotividade era mais forte.

“A emoção é uma característica bastante estável; não flutua e é uma característica bastante consistente de nossas personalidades. Descobrimos que as pessoas na extremidade superior dessa escala estavam significativamente mais interessadas em interagir com os gatos. Dado que pesquisas anteriores mostraram que esses indivíduos podem ser mais abertos a formar fortes ligações com animais, faz sentido que eles queiram que gatos sejam incluídos nestes programas”, disse a coautora Patricia Pendry, professora do Departamento de Desenvolvimento Humano da Universidade do Estado de Washington.

Fonte: Revista Galileu, Yahoo

O Brasil deve se preocupar com a nova onda de COVID na Europa?

Artigo anterior

Qual é a profissão dos maiores bilionários do Brasil?

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido