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Veja a retrospectiva da economia brasileira em 8 tópicos

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A retrospectiva da economia brasileira em 2022 não é a mais positiva, com juros em disparada, altos preços no mercado e muita inflação. Acontecimentos como guerra na Ucrânia e eleições presidenciais foram pivôs para afetar negativamente os preços.

Além disso, o cenário já vinha se recuperando da Covid-19 em 2020, e continuou sofrendo com as interferências externas no controle da inflação, sem conseguir voltar aos eixos.

Embora a maioria dos países tenha sofrido com a inflação, a situação nacional foi uma das mais precárias, por conta do desarranjo da pandemia e os entraves da Rússia com o mundo. E, claro, não podemos deixar de mencionar as batalhas políticas que influenciaram os valores altamente.

Para relembrar os altos e baixos no Brasil, confira uma retrospectiva da economia brasileira em 8 tópicos:

Retrospectiva da economia brasileira em 2022

1. Inflação

Via Pexels

É impossível negar que a inflação foi a maior vilã na retrospectiva da economia em 2022. Isso porque a escalada de preços, que vinha do ano anterior, pareceu dar uma trégua em janeiro, apenas para voltar com força total em março, quando a guerra na Ucrânia elevou o preço do combustível.

Com isso, em abril, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) bateu em 12,13%, a maior taxa para um período de 12 meses desde 2003. Os primeiros alívios vieram apenas no segundo semestre do ano.

2. Gasolina

As altas na gasolina também marcaram a retrospectiva da economia brasileira em 2022, com preços nas alturas. A maior justificativa foi o encarecimento dos preços do petróleo, resultado dos embates com a Rússia.

O preço do litro chegou a R$10 em algumas capitais brasileiras, e oscilou em alta durante vários meses, por conta da dificuldade do mercado externo negociar com as compras e vendas.

Via Freepik

No entanto, vale lembrar que a gasolina também foi um catalisador da campanha de Jair Bolsonaro para a reeleição. O corte de tributos federais e redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrados pelos estados sobre os combustíveis ajudou a reduzir os preços momentaneamente.

Ainda assim, a alta pode se repetir por serem medidas provisórias com data de validade.

3. Alimentos

Enquanto isso, a inflação dos alimentos também não foi uma notícia positiva na retrospectiva da economia brasileira, uma vez que os preços não ficaram mais baixos.

A comida nunca esteve tão cara e nunca pesou tanto no orçamento familiar. Isso aconteceu em partes pela guerra na Ucrânia, dificultando a produção global, e em partes pela recessão interna.

Além disso, o clima variável prejudicou muitas safras de países exportadores desorganizando a cadeia de produção agrícola e promovendo uma alta inflação pela falta de produtos para atender a demanda.

4. Juros

A retrospectiva da economia brasileira também deve se lembrar da alta dos juros bancários. O Banco Central não conseguiu controlar o crescimento, e foi de 2% no piso até escalar para 13,75%, a maior taxa desde 2016 e o segundo maior juro real do mundo.

Essa foi uma tentativa de conter a inflação, pois encarecer o crédito reduz o acesso a compras e diminui os preços. No entanto, a situação externa não colaborou com a estratégia, e apenas fez com que o PIB brasileiro parasse.

5. Dólar

Via Pexels

O dólar foi uma das variáveis levemente positivas na retrospectiva da economia brasileira, pois teve baixas ao longo de 2022. Afinal, saiu de uma base de R$ 6 em 2021 e chegou a R$ 4,60 em abril.

No entanto, a inflação fez seu valor disparar novamente, além do cenário internacional que sofria com a Ucrânia. Dessa forma, a tendência foi um valor mais alto, porém estável, na casa dos R$ 5,20, média que permaneceu desde julho.

6. PIB

O crescimento econômico brasileiro começou o ano com força, mas perdeu fôlego durante o segundo semestre, e acumulou previsão de alta de 3% apenas. Parte do motivo para esse cenário foi a distribuição de auxílios por parte do governo federal.

A duplicação de valores e ajuda para caminhoneiros e taxistas foram medidas programadas até dezembro, mas que comprometeram o PIB desde o trimestre anterior.

7. Desemprego

A retrospectiva da economia brasileira aparenta ter um ponto positivo com a taxa de desemprego, que diminuiu nos primeiros meses. Além disso, a volta das atividades pós-pandemia também contribuiu para a recuperação das ocupações.

No entanto, a qualidade do trabalho seguiu ruim, com precarização e informalidade em alta. Assim, não foi possível ter rendimentos positivos o bastante para contribuir com um cenário de alta nesse quesito.

8. Contas públicas

Via Freepik

Por fim, as contas públicas parecem ter fechado com maior arrecadação do que gastos, segundo cálculos. No entanto, faltou dinheiro para fechar no positivo, por conta do orçamento secreto e de desvios no segundo semestre.

Mesmo assim, o recolhimento foi positivo, pois uma porcentagem maior de retorno foi destinada ao governo, já que a tributação considera o valor de base, e com a alta dos valores, foi possível receber um repasse maior.

Na prática, a retrospectiva da economia brasileira em 2022 deixou a desejar, e 2023 pode começar com alguns quesitos para arrumar.

 

Fonte: G1

Imagens: Freepik, Freepik, Pexels, Pexels

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