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Veja as sugestões ao Governo para a volta do carro popular

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Quando o assunto é carro, independentemente do modelo, o que muitas pessoas desejam é que ele seja zero quilômetros, ou seja, um carro novo. Contudo, ter um carro novo no Brasil já não é mais uma coisa tão fácil. Até porque os preços por modelos assim já passam dos 140 mil reais. De acordo com um levantamento feito pela JATO Dynamics, a média de preço por um carro zero quilômetros no nosso país é de R$ 141.487,61. Esse valor teve uma alta de 90% nos últimos cinco anos.

Essa alta é vista em todas as categorias, inclusive nos carros ditos “populares”. Tanto que, recentemente até o presidente Lula fez críticas dizendo que um carro popular “não pode custar R$ 90 mil”. Essa crítica foi ouvida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que então resolveu ajudar o presidente, de forma efetiva, a fazer com que um veículo com um preço mais acessível para a população volte a ser uma realidade.

Com isso em mente, Moisés Selerges, presidente do órgão, e os diretores Wellington Messias Damasceno e Aroaldo Oliveira da Silva, foram até Brasília para entregarem o “Estudo Setorial Automotivo: caminhões, ônibus e automóveis” ao presidente Lula.

Sugestões

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Esse documento foi feito junto com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e é como se fosse uma carta. Nele, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC listou os itens que eles acham que são importantes para que de fato o carro popular volte a existir no país.

Os pontos principais citados são o preço máximo que essa categoria deve ter e um aumento no prazo para que o consumidor possa pagar. O estudo diz que um carro popular deveria custar “em torno de R$ 50 mil”, e o modelo de pagamento deveria ser de entre 60 a 72 meses, ou seja, entre cinco e seis anos.

“Agora é necessário que a taxa básica de juros baixe para que haja acesso a financiamentos mais baratos. O Banco Central tem que ter responsabilidade com os empregos e os trabalhadores, essa é uma de suas finalidades. É abusivo e inaceitável o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central manter a taxa em 13,75% ao ano”, disse Selerges.

Outro ponto que o estudo ressaltou foi a necessidade de que a produção de veículos tenha uma nacionalização maior. Nesse ponto, ele diz que o governo tem que “incentivar a produção de veículos que considerem grau de nacionalização e quantidade”. Na visão do presidente do sindicato, se os componentes dos carros populares fossem feitos no nosso país, isso seria “bom para os pobres e para o Brasil como um todo”.

“O carro ‘impopular’ é a nova realidade, cada vez mais caro e longe do poder aquisitivo da população, além do crédito cada vez mais restrito. Portanto, o modelo automotivo atual é insustentável”, diz o estudo.

Carro novo

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Todos se espantaram com o aumento dos preços dos carros novos. E segundo o levantamento da JATO Dynamics, isso aconteceu por conta de alguns fatores. Um deles foi a pandemia do covid-19 que acabou mudando o cenário macroeconômico do mundo todo por completo, e outro foi a crise dos semicondutores, que é uma coisa essencial na produção de veículos.

Outro ponto é que as fábricas do nosso país, de várias montadoras, tiveram muitas paralisações nos últimos anos. Várias delas por conta das medidas restritivas da pandemia e algumas pela falta de peças para produção dos veículos.

Hoje, o carro mais barato do mercado brasileiro é o Renault Kwid, que está quase 70 mil reais. Para se ter uma ideia, cinco anos atrás o mesmo modelo custava quase a metade na sua versão de entrada.

Esse aumento de preço foi visto em todas as categorias. Os carros que estão na faixa do preço médio do país, ou seja, 140 mil reais, são os SUVs compactos ou sedãs médios. Esses mesmos modelos custavam antes aproximadamente 80 mil reais.

Fonte: Canaltech

Imagens: Canaltech

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