Ciência e Tecnologia

Veja um homem tetraplégico andando com um exoesqueleto

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Um homem tetraplégico conseguiu andar novamente graças a um exoesqueleto, que é controlado pela mente. Thibault, de 30 anos, quebrou o pescoço há quatro anos, quando caiu de uma altura de 15 metros. O dano causado à medula espinhal deixou Thibault paralisado e fez com que ele passasse os dois anos, seguintes ao acidente, no hospital. Isso durou até 2017, quando Thibault passou a fazer parte dos procedimentos envolvendo o exoesqueleto com a Clinatec e a Universidade de Grenoble Alpes.

Thibault ainda não pode andar livremente fora do laboratório. Em suma, porque todo o equipamento, que sustenta o exoesqueleto, fica suspenso no teto, para não cair. Para que o exoesqueleto funcionasse com Thibault, foi realizado um implante de sensores em seu cérebro.

Esse é, sem dúvida, um método muito promissor para ajudar pessoas com danos na medula espinhal. Servirá para que elas possam ter o controle sobre o movimento de seus corpos novamente, graças à leitura de comandos enviados para o cérebro.

Como funciona o exoesqueleto?

https://youtu.be/1GyJBBB8O_M

Os responsáveis pela criação do exoesqueleto são Alim Louis Benabid, da Universidade de Grenoble Alpes, na França, e seus colegas. Eles colocaram eletrodos sobre uma resistente membrana externa, inserida no topo do cérebro.

Antes de tudo, Thibault teve que realizar uma série de exames para que pudessem mapear as áreas de seu cérebro. As áreas ativadas quando ele pensava em andar ou movimentar os braços, eram marcadas.

Durante a cirurgia, dois implantes foram colocados na superfície do cérebro, cobrindo as partes responsáveis por controlar o movimento. Os 64 eletrodos implantados, leem a atividade cerebral e transmitem todas as informações para o computador.

Com um software sofisticado, é feita a leitura das ondas cerebrais, em seguida, elas são transformadas em instruções para controlar o exoesqueleto. Thibault foi amarrado ao exoesqueleto, assim, quando ele pensa em um movimento, desencadeia com isso uma série de outros movimentos que fazem com que o traje se movimente. Além das pernas, é possível controlar os braços também.

“Eu não andei por dois anos. Eu havia esquecido que eu costumava ser mais alto do que um monte de gente na sala. Isso foi muito impressionante”, declarou Thibault, após ter usado o exoesqueleto.

Próximo passo

“Isso está longe de ser uma caminhada autônoma. Ele não tem movimentos rápidos e precisos para não cair, ninguém na terra faz isso”, disse o professor Alim-Louis Benabid, presidente do conselho executivo da Clinatec.

Mas, segundo os cientistas franceses, essa tecnologia tem que ser refinada, por isso, eles vão continuar a trabalhar para que o exoesqueleto funcione de forma menos robótica. E também há planos para desenvolver o controle dos dedos para permitir que Thibault possa mover objetos também.

O próximo passo da equipe de pesquisadores é fazer com que o exoesqueleto consiga manter o próprio equilíbrio. Mas para que isso aconteça, é necessário que haja uma maior velocidade de processamento. Porque o tempo de resposta do equipamento, ainda não é suficiente.

Além de andar com o exoesqueleto, Thibault aprendeu a usar os braços do exoesqueleto para atividades mais complexas como girar os pulsos. E a utilizar as duas mãos, ao mesmo tempo.

Agora, é aperfeiçoar a tecnologia, para que isso possa ajudar outras pessoas com danos na medula espinhal. Para que possam andar novamente.

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