Curiosidades

Vício em sex toy? Quando a brincadeira vira vício e o que fazer

0

Com certeza você já ouviu em algum lugar que sexo é vida. Realmente ter uma vida sexual ativa pode ser benéfico para as pessoas. Além disso, a prática e tudo que a envolve intriga as pessoas. Como por exemplo, os brinquedinhos sexuais que estão disponíveis no mercado erótico. Cada vez mais mulheres estão usando-os, tendo até a chamada “gaveta do sexo”.

Contudo, com o aumento do uso, uma dúvida começou a surgir: “será que tenho vício em sex toy?”. Essa é uma pergunta extremamente importante e que precisa ser debatida.

É importante refletir se o vício não está relacionado diretamente ao uso de brinquedos sexuais, mas sim ao próprio ato de se masturbar. No caso de a pessoa notar que a masturbação está tomando conta da vida dela e interferindo nos relacionamentos, trabalho ou no bem-estar geral, é preciso ficar atenta. Até porque, o excesso pode ser o indicativo de um problema.

Brinquedos sexuais

UOL

Quando isso acontece, é essencial buscar ajuda de um profissional de saúde mental ou um terapeuta sexual. Foi justamente isso que a auxiliar de escritório A.E., de 28 anos, fez.

“Eu tinha um pequeno, que deixava na bolsa, e usava sempre que podia. Isso foi me prejudicando, porque comecei a ficar dependente. Na época, até terminei um relacionamento, pois achava que o vibrador era o suficiente para me satisfazer. Conversei com algumas pessoas próximas e decidi procurar uma psicóloga. Comecei a fazer tratamento e foi difícil no começo. Hoje ainda uso, mas é bem mais tranquilo, com menos frequência do que antes”, contou.

Usando um vibrador ou um sugador a pessoa pode atingir o clímax de forma rápida porque o brinquedo mantém um ritmo e é mais intenso, o que o corpo não consegue fazer sozinho.

E para deixar o corpo menos condicionado ou dar uma pausa no vício é importante variar os estímulos, os brinquedos e até mesmo deixá-los de lado em determinados momentos.

A dica principal é que a pessoa preste atenção e não fique 100% condicionada a somente uma fonte de prazer. Claro que os brinquedos ajudam a ter um prazer mais rápido e intenso, mas não devem ser usados como substitutos ou recurso único para as pessoas que querem ter uma vida sexual plena.

Vício

Seleções

Como dito, é importante que a pessoa note se o vício dela é realmente no brinquedo sexual ou na masturbação. O coordenador do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia, Eduardo Miranda, e a sexóloga e especialista em relacionamentos amorosos, Luciana Costa, pontuam que a masturbação é uma coisa saudável e que traz muitos benefícios tanto físicos como emocionais. Contudo, quando ela começa a afetar o dia a dia da pessoa, as relações, e quando ela está associada ao uso excessivo de pornografia, isso pode ser um problema.

Mesmo tendo seus benefícios, é possível sim que um vício em masturbação seja desenvolvido. Contudo, os especialistas alertam que não existe uma frequência recomendada ou um limite de vezes por dia. Isso vai depender de cada pessoa e como a masturbação afeta a vida dela.

Conforme explica Eduardo, não existe problema no caso de pessoas que se masturbam todos os dias e mantêm suas atividades no trabalho e sexuais. Alguns sinais de preocupação são transtornos de hiperssexualidade, compulsão por pornografia e perda de interesse pelo sexo.

“O limite é tênue, mas a resposta é que é possível sim. (É um problema quando) a pessoa está tão focada na masturbação que ela pode ter um distanciamento ou perda de interesse por relacionamentos e até, eventualmente, ter algumas disfunções ou falhas”, explicou ele.

Para que o vício seja identificado é preciso observar o comportamento da pessoa. “Focar exclusivamente na masturbação e perder a satisfação nas relações íntimas são sinais”, pontuou Luciana.

Ainda de acordo com ela, em alguns casos, a pessoa reconhece o vício quando ela relata masturbação frequente, sendo muitas vezes ao dia. “Projetar toda a energia sexual somente naquele comportamento masturbatório, quando você só se conecta através da masturbação ou com o celular, isso já é um risco”, disse a especialista.

“Como eu também atendo casais, o que eu percebo é que quando a mulher diz que o parceiro não está procurando tanto e não tem tanto desejo, é que este homem faz o uso da pornografia, da masturbação, de forma compulsória”, afirmou ela.

Afetar a vida

Com o vício, isso traz efeitos negativos para a vida das pessoas. De acordo com os especialistas, um dos efeitos desse vício em masturbação é a chamada Síndrome do Punho de Ferro.

“Na ‘Síndrome do punho de ferro’, a pessoa se masturba de forma tão vigorosa que ela não consegue reproduzir o mesmo tipo de estímulo na penetração e acaba que não consegue ter orgasmo. Então, ela penetra, mas não consegue ter orgasmo e tem que terminar com a masturbação logo na sequência para poder ter orgasmo no ato sexual”, explicou Eduardo.

Além dela, as pessoas que são viciadas podem ter uma dificuldade em alcançar o orgasmo no sexo, conforme pontuou Eduardo. As pessoas podem ter também problemas com insônia, dificuldades em ter ereção e desconexão sexual e emocional em suas relações.

O tratamento para o vício em masturbação envolve identificar quais são os gatilhos da pessoa e eliminá-los junto com um desmame progressivo da prática. Como na maior parte dos casos o problema é oculto, a primeira coisa a se fazer é encontrar um profissional e lhe dizer as queixas de uma forma correta.

Fonte: UOL, G1

Imagens:  Seleções

Cutting: o que é e como fazer essa fase que seca gordura e define musculatura

Artigo anterior

Por que o chip cerebral da Neuralink preocupa os cientistas?

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido