Curiosidades

Vida em outro planeta pode existir mesmo sem água?

0

A vida fora da Terra é um assunto que levanta várias discussões. Tendo os alienígenas características como pele verde, com cabeças grandes ou não, existem aqueles que acreditam que não estamos sozinhos no espaço e aqueles que acham que vida fora do nosso planeta é totalmente impossível.

Até o momento, não se pode afirmar que alienígenas, de fato, não existem, ao mesmo tempo que sua não existência também não é provada. Nessa busca pela vida fora do nosso planeta, seja ela inteligente ou não, já foi visto que existem vários planetas potencialmente habitáveis na Via Láctea.

Isso quer dizer que diferentes formas de vida podem habitar o cosmos, como por exemplo, organismos que respirem silício ao invés de carbono, ou que respiram hidrogênio ao invés de oxigênio. Contudo, os princípios básicos se baseiam na mesma química da vida terrestre, o que quer dizer que irá ser preciso um solvente químico.

No nosso planeta esse solvente é a água. Ela quem dissolve as moléculas para formar soluções e dar aos organismos acesso a uma variedade de materiais. Além disso, ela também facilita a mistura e interação de moléculas complexas, por isso tem um papel crucial tanto no surgimento como na manutenção da vida.

Mas e se alguma outra molécula pudesse fazer esses papéis e dar à vida extraterrestre a possibilidade de prosperar sem precisar de água? Essa é a pergunta que os pesquisadores tentaram responder em um novo estudo. Nele, eles levaram em consideração solventes “amigos da vida”, que são os que respeitam determinadas condições. São elas:

  • ele deveria dissolver algumas moléculas, mas não todas;
  • ser capaz de fazer um papel no metabolismo dos seres vivos;
  • permitir que várias moléculas orgânicas complexas sobrevivessem nele;
  • existir nos mundos rochosos há bilhões de anos.

Além da água

Olhar digital

De todos os solventes que se conhece, somente a água preenche todos os requisitos. Contudo, algumas outras substâncias ficam perto, como por exemplo, a amônia (NH₃), que só não cumpre o quarto requisito porque se decompõe facilmente com a luz do sol.

Além dela, ácido sulfúrico, H₂SO₄, também cumpre três desses fatores. E mesmo que ele seja perigoso para a vida no nosso planeta, os cientistas não sabem se uma gama diversificada de moléculas orgânicas pode existir dentro dele.

Outra possibilidade é o CO₂, que por mais que não seja um solvente quando está em seu estado gasoso, nos mundos rochosos que são mais distantes das suas estrelas, ele pode ser líquido e geologicamente estável e comportar uma ampla gama de moléculas orgânicas.

Até agora, os pesquisadores não sabem como ele se comporta com moléculas mais complexas, mas sabem que ele é um solvente bastante benigno. Por isso que mais estudos podem mostrar se a vida poderia realmente surgir nele.

Outra sugestão dos pesquisadores é que em outros mundos, solventes diferentes combinados podem ter funções que aqui são da água. Portanto, eles poderiam fazer formas de vida mais exóticas do que se pensa.

Busca por vida

Realidade simulada

A discussão entre vários cientistas e astrônomos já não se baseia em “se” a vida inteligente for encontrada, mas sim em “quando” ela irá ser encontrada.

Todo esse otimismo se dá por conta das descobertas recentes feitas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), como por exemplo, um exoplaneta que pode ter muita água. Além disso, alguns consideram que esse encontro é uma questão de pura matemática.

Isso porque, se for imaginado que no universo existem aproximadamente 120 bilhões de galáxias, a Terra está orbitando em volta do sol, dentro do sistema solar que fica em uma galáxia. Isso mostra que nós somos uma parte bem pequena do universo todo.

Por conta disso, a chance de nós sermos a única forma de vida inteligente é pequena, se for olhar de forma estatística. Mesmo assim, até hoje não foi encontrada nenhuma evidência de vida inteligente. No entanto, as buscas não param de ser feitas.

A busca por vida fora da Terra é feita de várias formas. Uma delas é o SETI, ou Instituto de Busca por Inteligência Extraterrestre, nos EUA, e que buscam há décadas sinais de rádio de mundos fora do nosso.

Por mais que vários cientistas achem o SETI uma piada, o instituto não só o continuou como o ampliou. Junto com o Observatório Nacional de Radioastronomia e o chamado Breakthrough Listen, o SETI começou um projeto bastante ambicioso chamado COSMIC (“Commensal Open-Source Multimode Interferometer Cluster”).

Esse projeto já está em operação no Karl G. Jansky Very Large Array (VLA) de radiotelescópios, no Novo México, há alguns meses. E os cientistas estão animados porque agora o alcance deles será maior.

Para se ter uma ideia, nas pesquisas anteriores do SETI, os cientistas conseguiam examinar alguns milhares de estrelas. Agora, o COSMIC irá poder examinar centenas de milhares, potencialmente milhões, em uma frequência entre 0,75 e 50 GHz.

Em um teste do COSMIC, os cientistas puderam “ouvir” sinais da espaçonave Voyager 1, que está a aproximadamente 1,59 unidades astronômicas, ou 23,8 bilhões de quilômetros da Terra.

Além disso, o SETI também comemorou a ajuda de novas tecnologias, como por exemplo, o James Webb, que pode identificar locais que têm uma maior probabilidade para vida alienígena existir. Com isso, os cientistas podem procurar por sinais nesses locais.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Olhar digital, Realidade simulada

ChatGPT está vazando conversas e dados sigilosos para terceiros, diz relatório

Artigo anterior

Esse robô com dedos sensíveis consegue ler braille como os humanos

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido