A escolha de um VPN pode ser uma coisa bem trabalhosa. Isso porque a pessoa deve levar em consideração todas as diferentes opções existentes no mercado e decidir se quer usar um serviço pago ou gratuito. E mesmo que seja bem tentador um VPN grátis, é imprescindível que a pessoa os analise de forma profunda para ter a certeza de que ele realmente é um bom negócio.
Até porque, como os VPNs gratuitos não têm lucro com taxas de assinaturas, eles podem se aproveitar dos dados dos usuários para conseguir uma receita. Ou seja, as informações pessoais das pessoas, como o histórico de navegação delas, podem estar sendo comercializadas para terceiros.
Outra coisa que esses serviços gratuitos podem fazer é restringir recursos somente para os usuários que pagam, o que acaba fazendo com que essa navegação VPN grátis não seja tão segura e privada como os usuários dela pensam que ela é.
VPN grátis
Como o próprio nome indica, as VPNs gratuitas não cobram taxas em suas assinaturas e por conta disso buscam ter outras formas de gerar receita. Dentre elas podem estar:
- monitoramento e venda de dados dos usuários para corretores de dados;
- exibir anúncios para os usuários;
- limitar uso de dados restritos para que o usuário tenha que fazer o upgrade para a versão paga.
Além disso, as VPNs grátis podem oferecer uma segurança fraca, sem uma boa infraestrutura de servidores ou algoritmos de criptografia. E quando comparado com as opções pagas, elas têm menos funcionalidades e um desempenho limitado. Também apresentam velocidades mais lentas de conexão do que as que são vistas nas versões pagas.
Por que a versão paga é melhor?
As VPN que têm serviços premium lucram com suas assinaturas e esse dinheiro é usado para melhorar os servidores, infraestrutura e segurança dos produtos. Tudo isso para garantir que seus clientes estejam satisfeitos e continuem assinando o serviço. Dentre as características principais das VPNs pagas estão:
- uma rede grande de servidores para garantir velocidades de conexão elevadas;
- algoritmos de criptografia robustos que garantem que os dados privados dos usuários serão protegidos;
- funções adicionais para aumentar a segurança enquanto a pessoa navega.
Como as VPNs pagas têm sistemas mais robustos para poder ofuscar o endereço de IP original, isso dificulta que a navegação seja rastreada. Além disso, eles também conseguem redirecionar o fluxo de dados online através de servidores seguros. Dessa forma, eles impedem que provedores de internet coletem e vendam os dados pessoais de seus usuários.
Essa criptografia adicional que os VPNs pagos dão ainda garante que terceiros mal-intencionados não consigam visualizar os dados dos usuários. Assim fica mais difícil o vazamento de informações confidenciais, como por exemplo, logins de contas bancárias ou redes sociais.
Esse tipo de VPN é essencial para aquelas pessoas que navegam frequentemente em redes Wi-Fi públicas. Isso porque somente ele consegue garantir a segurança, já que essas redes de conexão grátis são alvos constantes de cibercriminosos para conseguirem roubar dados, e a criptografia adicional do VPN pago impede que isso seja feito.
Outro ponto que mostra que VPNs pagas são melhores é que elas têm políticas de não deixar registros ou armazenar dados de navegação nos servidores. Isso é uma melhoria considerável na privacidade dos usuários.
Navegação
Como visto, o VPN pago é a melhor opção para proteger os dados das pessoas enquanto elas navegam. Isso pode ser uma coisa desconhecida por muitos, já que várias pessoas pensavam que o modo anônimo do Google já dava uma segurança a mais para a navegação e proteção de dados. Mas isso não é verdade.
Tanto é que o Google está mudando as informações que são exibidas quando o usuário entra no modo anônimo do Chrome. Isso foi feito na busca de uma clareza maior a respeito de questões de privacidade. Até porque, depois que o Google foi processado na justiça norte-americana, a empresa afirmou que, agora, mesmo usando a opção anônima, os dados podem ser coletados pelos sites e serviços que são acessados.
Essas novas informações aparecem na versão Canary do Chrome, forma como a versão Beta dele é chamada. De acordo com a nova descrição, que pode ser lida antes de acessar qualquer página, existe uma linha a mais indicando que o modo é mais privado do que a navegação normal, mas que isso não impede que informações sejam coletadas pelos serviços online, como os do próprio Google.
Por conta desse “pequeno” detalhe não existir, uma ação contra o Google foi movida em 2020. A empresa se defendeu afirmando que deixava bem claro a coleta de dados pelos sites, provedores de internet e administradores de redes internas. A big tech fechou um acordo de cinco bilhões de dólares, encerrado no fim de dezembro.
Na versão Canary do Chrome em português, esse alerta ainda é visto em inglês. Até porque, essa é uma versão prévia da próxima atualização do navegador. Essa nova versão ainda não tem data para chegar e é liberada para as pessoas que escolhem participar da versão Beta do software para ter um acesso antecipado aos recursos que o Google testa no Chrome.
Fonte: Olhar digital, Canaltech
Imagens: VPNconfiável, Kaspersky