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Conheça as torres que milagrosamente transformam orvalho em litros de água potável

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A falta de água e a preocupação em suprir essa necessidade primária das pessoas, dos animais e da terra em si; são questões debatidas há muito mais tempo que você pode imaginar. Aliás, o assunto polêmico do desperdício de água por algumas regiões e da completa escassez do líquido em outras é algo muito mais antigo e que está em debate mundo a fora antes mesmo de São Paulo e a Cantareira, passarem por dificuldades.

Acontece, no entanto, que em alguns lugares do planeta, como na Etiópia; a questão é um tanto mais grave. Ao contrário do Brasil, que tem um lençol freático de (relativo) fácil acesso, nesse país africano as condições do solo impedem que o chão seja furado em busca de água, já que as camadas molhadas da terra estão a cerca de 490 metros de profundidade e a localização geográfica, bem como a falta de recursos financeiros impedem a implantação de muitos recursos modernos (e caros) na captação da água. Além disso, os últimos reservatórios de água da região podem exigir uma viagem de 6 horas a pé e não oferecem água de qualidade para o consumo.

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Frente a tantos problemas, fica a pergunta: como lidar com tantas barreiras em uma região que realmente precisa de auxílio? Mas, graças a muitos estudos, essa charada já foi resolvida pelo designer industrial Arturo Vittori, que junto com uma equipe, desenvolveu o que passaram a chamar de torres Warka Water (nomeada a partir de uma figueira nativa da Etiópia). Segundo o inventor, essas estruturas, feitas de telas, têm a capacidade de fornecer, cada uma, até 95 litros de água por dia!

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Arturo Vittori

Mas não se trata de milagre. Conforme explicam os responsáveis pela descoberta, a captação da água pelas torres acontece a partir da diferença de temperatura, especialmente entre o anoitecer e o amanhecer, que torna possível a captação e a condensação da água. Além disso, essas estruturas são simples de montar – ficam prontas em até uma semana – e contam com materiais baratos, biodegradáveis e simples de serem limpos. (Clique para ler ainda: Será que a água do ar-condicionado é boa para beber?).

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Isso porque as Warka Waters consistem em uma espécie de invólucro, de mais ou menos 10 metros de altura, composto por hastes elásticas resistentes às rajadas de ventos, mas que ao mesmo tempo permitem que o ar flua com facilidade. Além disso, uma rede de malha, normalmente feita de nylon ou de polipropileno, fica dentro da torre, a fim de captar as gotas de orvalho que se formam em sua superfície.

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Assim, conforme o ar frio se condensa, as gotículas de orvalho rolam para baixo e caem dentro de um recipiente aos pés da torre. Em seguida, a água passa por um tubo que funciona como torneira, transportando o líquido, já potável e de fácil acesso.

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Perfeito não? De acordo com Vittori, o que torna esse invento ainda mais especial é que cada exemplar sai em torno de 500 dólares e, se for produzido em massa, há grandes chances de seu preço reduzir ainda mais.

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