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2024 será o ano em que a tecnologia de IA ficará mais popular

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A inteligência artificial (IA) é uma tecnologia que dá às máquinas a possibilidade de terem conhecimentos através de experiências, e permite que elas se adaptem ao seu meio e desempenhem tarefas quase da mesma maneira que um ser humano faria. A princípio, isso é uma ótima ideia. No entanto, ninguém sabe ao certo até onde essa tecnologia pode nos ajudar ou então ser a nossa ruína.

Por mais que essa preocupação esteja ganhando mais força entre as pessoas ligadas a esse ramo, o desenvolvimento da inteligência artificial continua a todo vapor. Tanto que o dicionário Collins elegeu “inteligência artificial” como termo de 2023. E em 2024, essa tcnologia ficará ainda mais popular.

Ano passado foi o tempo de experimentar a IA generativa, que nada mais é do que uma tecnologia que consegue “criar” a partir de alguns comandos. Agora esse ano irá ser o ano de colocar a mão, da IA, na massa. Alguns especialistas falaram o que pode estar no horizonte dessa tecnologia esse ano.

O ano da IA

InvestNews

GPT-5, assinatura digital, top 100

De acordo com Max Peters, empresário, CEO e fundador da Adapta (empresa especializada em IA), a OpenIA irá lançar o GPT-5 nesse ano. Hoje em dia, o GPT-4 Turbo é o mais avançado da empresa e está disponível para os assinantes do ChatGPT.

O palpite de Peters é que o GPT-4 fique disponível grátis e o GPT-5 se torne pago. Mas outra possibilidade é o Google não querer ter a possibilidade de perder lugar no mercado e fazer a melhora do Bard para que ele fique comparável ao GPT-4 e ainda o disponibilize de graça.

Independente do que acontecer, as pessoas irão ter acesso as IAs mais inteligentes e poderão usá-las.

Indo na mesma linha de pensamento está Álvaro Machado, neurocientista. “Existe uma boa possibilidade de surgir uma versão muito mais flexível e multimodal, que seria o GPT-5. Ao passo que, sob o capô, parece haver mudanças relevantes em curso, cujo entendimento é ofuscado por boatos. A principal seria a incorporação do raciocínio matemático e do planejamento à família GPT, o que ampliaria dramaticamente o seu uso”, disse ele.

Peters também deu uma outra possibilidade dizendo que irão surgir empresas de assinatura digital para carimbar um conteúdo “de verdade” ou o que foi feito por IA.

O palpite final do CEO foi que “provavelmente alguma música feita com IA vai aparecer no top 100 do Spotify”. Peters explicou: “A produção com IA está cada vez melhor. Inteiramente por IA ainda é ruim, mas você usar elementos e ferramentas com IA para compor uma música dá para fazer e ficar legal. Algum artista vai despontar nisso”.

Data is king

Na visão de Jhonatas Freitas, embaixador do Instituto Ayrton Senna e BMW do Brasil, a IA fez uma transição no mundo dos negócios. “Antes, a gente falava ‘cash is king’. Isto é, dinheiro manda na empresa. Agora, percebo uma transição para ‘data is king’. Empresas que não tiverem sistemas [de IA] para analisar os dados do seu usuário e, com esses dados, evoluir seus produtos, serão engolidas por concorrentes ou startups novas”, pontuou ele.

O empresário também disse que a análise de dados também está passando por mudanças por conta da IA.  “Não é mais abrir uma planilha. É colocar inteligência artificial para fazer cruzamentos [de dados], para que você tenha percepção maior do tamanho do mercado e da solução que você entrega. Não é mais só vender algo, é usar essas informações para fazer com que o usuário conclua o objetivo final do que comprou – por exemplo: cursos”, disse.

Ainda de acordo com ele, os dados irão ser o novo pote de ouro no fim do arco-íris. “Não vai ser mais: ‘a empresa vai fazer com feeling’. As empresas terão que se pautar no cruzamento de dados considerando o que o usuário quer. Isso vai vir com força absurda em 2024″, ressaltou Freitas.

O empresário não parou de fazer apostas para esse ano, e uma delas é a automação de processos. “Automatizar processos é ter mais performance tirando a improdutividade das operações. Serão softwares que começarão a medir performance, produtividade, o estado emocional das pessoas. O mundo será de autonomia e performance. Isso vai vir para indústria, serviço e tecnologia”, disse.

“Não vivemos mais num mundo de ter as coisas enfiadas goela abaixo. Nós somos as coisas e usamos outras coisas. Nesse mundo de usar as coisas, a IA vai estar em tudo que fazemos”, pontuou Freitas.

Elefante na sala

No entanto, Álvaro Machado faz a aposta no ChatGPT para conseguir impulsionar inovações que irão ter um impacto social alto em poucos anos, e já está acontecendo. E para dar força ao seu argumento, ele lembrou de Drew Weissman e Katalin Karikó, vencedores do Nobel de Medicina em 2023 pela criação das vacinas de RNA contra a Covid.

Mesmo assim, o neurocientista pontua que existe um “elefante na sala” com relação à IA. “Um dos grandes parâmetros que importa é o aumento ou diminuição do PIB. Se autonomia produtiva é uma expectativa – e podemos olhar para ela sob o ângulo da desigualdade e demais ângulos – então estamos falando sobre o aumento do PIB global. Simples assim”, contextualizou Machado.

“Estamos na revolução da informação, numa era de transição, que eu vejo como o prenúncio da metamodernidade, que começa nos anos 90, com o surgimento da World Wide Web. Quando você olha todos os índices, não há marcas, em termos de crescimento de PIB, desses processos. Como é que o mundo mudou tanto, mas a produtividade global não sofreu mudanças? Qualquer curva que o PIB está plotado vai mostrar que não houve impacto relevante”, disse ele.

Na visão de Machado, o importante é pensar que, em determinado momento, esse impacto irá vir. “Em algum momento a gente vai olhar para trás e dizer: finalmente a inteligência artificial está mudando o PIB global relevantemente. Eu não acho que isso vai acontecer em 2024. E essa é a métrica que interessa”, concluiu ele.

Fonte: Olhar digital

Imagens: InvestNews

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