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5 motivos que explicam porque o Brasil é tão vulnerável à corrupção

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A palavra corrupção vem do latim corruptus, que tem significado de deterioração. Na prática, a corrupção é utilizar poder ou alguma artimanha para conseguir vantagens que atendem ao próprio interesse ou de familiares e amigos.

Apesar da corrupção estar bastante presente na política, ela também pode surgir no dia-a-dia. Furar fila ou subornar um policial, por exemplo, podem ser consideradas formas de corrupção.

Esse tipo de problema não é tão comum apenas no Brasil, países como Chile e México também sofrem com casos de partidos políticos envolvidos em esquemas de corrupção. Por outro lado, países como a Finlândia apresentam níveis baixíssimos desse aborrecimento. Mas o que faz com que alguns países, como o Brasil, sejam tão vulneráveis à corrupção?

1. Financiamento político

financiamento

Alguns analistas afirmam que um elemento importante nos escândalos mais recentes de corrupção é a ligação deles com o financiamento de campanhas e despesas operacionais de partidos políticos.

As eleições brasileiras são uma das mais caras do mundo. Para ter uma ideia, o custo delas aumentou de US$ 321 milhões em 2002 para US$ 3 bilhões em 2014.

Segundo Daniel Kaufmann, presidente do Natural Resource Governance Institute, mais de 95% do financiamento das eleições é feito por empresas, mas as exigências de divulgação de dados sobre esse financiamento são limitadas.

Kaufmann ainda destaca que nos países em que o sistemas de financiamento eleitoral são bem-sucedidos, geralmente há duas formas de controlar as campanhas: limitando gastos e as contribuições.

2. Impunidade

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Poucos políticos brasileiros são punidos por envolvimento em casos de corrupção e quando a punição é aplicada, ela costuma ser mais branda do que deveria.

Para Taylor, o co-editor do livro Corrupção e Democracia no Brasil, “O fato de a democracia brasileira não ter colocado um único político federal na cadeia até 2010 dá uma ideia do problema”.

Um solução apontada pelo analista é aumentar o preço de ser corrupto no país, de forma que os envolvidos realmente paguem por suas ações. A impunidade criaria ainda outro problema, que é um círculo vicioso.

Já que os corruptos permanecem no poder e impedem a votação de medidas mais duras de combate à corrupção.

3. Transparência

transparência

O Brasil pode ser considerado bem colocado em termos de transparência em relação a outros países.  No entanto, especialistas afirmam que ainda é preciso avançar.

Taylor aponta a adoção de alguma ação voluntária em que os parlamentares possam revelar detalhes sobre os seus ganhos e também sobre os seus bens.

4. Política local

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Daniel Gingerich, professor da Universidade da Virgínia, afirma que, historicamente, os municípios eram a unidade política fundamental no país.

Além disso, ainda nos dias atuais, garantir o apoio de prefeitos, presidentes de associações de bairro e outros grupos locais é algo essencial para que políticos como governadores e deputados federais obtenham sucesso.

“Comprar seu apoio era caro, e geralmente exigia acesso a recursos do Estado”, afirma o professor. A história de política de compra de apoios locais ficaria ainda mais evidente quando se observa o sistema eleitoral brasileiro.

Existe uma representação proporcional de lista aberta, o seja, candidatos a cargos legislativos concorrem em Estados inteiros, em listas de partidos ou coalizões.

“Tudo isso torna as campanhas caras, os candidatos precisam pagar por cabos eleitorais, carro de som. Esse sistema cria maior demanda por recursos para pagar por esses apoios locais”, diz Gingerich.

5. Serviço Público

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De acordo com Gingerich, uma alternativa de combate à corrupção seria diminuir a quantidade de indicados políticos para cargos públicos federais, disponibilizando essas vagas para servidores concursados.

“A maioria dos burocratas brasileiros são pessoas que passaram por concursos públicos, são profissionais, bem treinados, disciplinados e comprometidos com uma vida dedicada ao serviço público”, afirma o especialista.

Para ele, o grande  desafio é que existem milhares de cargos comissionados e, historicamente, essas posições são parte do processo de negociação entre partidos. Sendo assim,  muitos partidos disputam posições de maior controle sobre recursos e também sobre contratos.

“Os partidos e seus líderes sabem que, uma vez garantido o acesso a essas posições, eles têm o poder da caneta. O que se traduz em dinheiro para o partido, seja em doações declaradas ao TSE, seja em caixa dois”, diz Gingerich.

Gostou? Então fiquei ainda mais por dentro da política e descubra quanto ganham os políticos brasileiros.

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