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70% dos idosos acha que dinheiro de uma aposentadoria não é suficiente para viver, diz pesquisa

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Todo mudo já ouviu a máxima de que dinheiro não traz felicidade. Ela pode até ter sua verdade, mas sabemos que tê-lo pode fazer a vida ficar bem mais cômoda. Isso é ainda mais verdade quando a pessoa está em sua velhice. Contudo, não são todas as pessoas que se preparam financeiramente para quando envelhecerem.

Justamente por isso que, de acordo com uma pesquisa feita pelo Serasa, sete em cada 10 idosos brasileiros não consideram que o dinheiro de uma aposentadoria seja suficiente para viver.

Ainda conforme a pesquisa, os gastos com saúde figuram entre os mais relevantes para 49% dos idosos que foram ouvidos. Eles ficam atrás apenas dos gastos com alimentação, que é relevante para 69% deles.

Pesquisa

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A pesquisa foi feita com 1.649 idosos que responderam um questionário virtual com 40 perguntas entre os dias 22 e 26 de setembro. Os resultados são confiáveis em 95% e têm uma margem de erro de 2,4 pontos percentuais.

Como visto, e sabido pela maior parte das pessoas, a quantidade de dinheiro recebida em uma aposentadoria não é o suficiente para que os idosos vivam bem. Por conta disso que ter uma educação financeira é bastante importante. Felizmente, ela está sendo implementada no nosso país e deve ser benéfica para as próximas gerações no preparo para sua aposentadoria.

De acordo com pesquisas recentes, pessoas na faixa etária entre 18 e 50 anos começaram a consumir muita informação a respeito de finanças através das redes sociais e dos influencers.

Educação financeira

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No entanto, mesmo com um acesso maior ainda existe dúvidas a respeito da compreensão e disciplina para que uma segurança financeira seja garantida na terceira idade.

“Não é um processo que acontece com tanta rapidez. Até porque ainda não está claro o impacto que a educação financeira pode causar numa vida econômica mais sustentável. Porque a mudança precisa ser comportamental, não é apenas preencher as contas num caderno”, disse Fernando Gambaro, diretor do Serasa.

Conforme diz Gambaro, o Brasil nunca viveu um período em que o debate a respeito do dinheiro e das finanças das famílias estivesse tão em alta. Ele até cita o Desenrola como um instrumento para esse debate, já que a negociação para limpar o nome de dezenas de milhares de pessoas do país é sempre uma pauta em todos os jornais.

“Um dos motivos que ainda levantam dúvida sobre o grau de aprendizado com a educação financeira atual é a elevada inadimplência que temos hoje no país. Quando a gente olha a realidade, vemos isso”, concluiu ele.

Dinheiro

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Como dito, o dinheiro pode não trazer a felicidade propriamente dita, mas como mostrou esse estudo de Harvard, ele ajuda as pessoas a evitarem vários aborrecimentos do dia a dia que podem causar estresse. Ou seja, ele ajuda a evitar o estresse.

De acordo com Jon Jachimowicz, professor da Harvard Business School, o dinheiro pode dar às pessoas controle e calma e as ajudar, por exemplo, a sair de alguns imprevistos, indo desde um incômodo pequeno, como ter que pedir um Uber, até uma coisa grande como uma internação de repente.

“Se focarmos apenas na felicidade que o dinheiro pode trazer, acho que estamos perdendo alguma coisa. Também precisamos pensar em todas as preocupações das quais o dinheiro pode nos libertar”, disse o professor.

O professor quis estudar como o dinheiro alivia as dificuldades e o estresse por conta de um conselho que o seu pai lhe dava. Isso porque Jachimowicz passou anos em sua pós-graduação tendo dificuldades financeiras até que foi nomeado para a Harvard Business School e conseguiu sua estabilidade financeira. “Meu pai me disse: ‘Você vai ter que aprender a gastar dinheiro para resolver problemas’”, lembrou.

Foi justamente esse pensamento que permaneceu na mente de Jachimowicz e ele então foi fazer seu estudo. Para analisar essa relação entre o dinheiro e a satisfação com a vida, ele e seus colegas da Universidade do Sul da Califórnia, da Universidade de Groningen e da Columbia Business School, fizeram vários experimentos.

O estudo foi feito com 522 pessoas que mantiveram seu gasto diário durante 30 dias. Além disso, eles tiveram seus eventos cotidianos e respostas emocionais a eles rastreados. A renda dos participantes no ano antes do estudo variava entre 10 mil dólares a 150 mil dólares.

Como resultado, os pesquisadores descobriram várias coisas. As principais delas foram:

1 – O dinheiro diminui o estresse intenso

Eles viram que não existiu uma diferença significativa na frequência com que as pessoas experimentaram eventos angustiantes. E independentemente da renda, todos tiveram um número parecido de frustrações diárias. No entanto, as pessoas que tinham uma renda maior tiveram menos carga negativa desses eventos.

2 – Mais dinheiro dá um controle maior

As pessoas que tinham uma renda mais alta sentiam que tinham mais controle a respeito dos eventos negativos. Por conta disso, elas tinham menos estresse. Elas também se sentiam mais livres na hora de lidar com qualquer imprevisto que surgisse.

3 – Mais dinheiro leva a uma maior satisfação com a vida

O estudo mostrou que as pessoas que têm uma renda mais alta, normalmente, são mais satisfeitas com suas próprias vidas. “Não é que as pessoas ricas não tenham problemas, mas ter dinheiro permite que você resolva problemas e os resolva mais rapidamente”, pontuou Jachimowicz.

Fonte: CNN, O sul

Imagens: Geridades, UOL, Freepik

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