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TikTok falha em controlar vídeos sobre o uso de drogas como esteroides, mostra estudo

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O TikTok é uma rede social de compartilhamento de vídeos curtos. Ele foi lançado em 2016, mas foi em 2020 que se tornou o aplicativo mais baixado no mundo todo. Desde então, a popularidade do TikTok apenas cresceu. Tanto é que ele é a principal rede social usada por crianças e adolescentes de nove a 17 anos no nosso país. Mas também é bastante usado por pessoas de outras faixas etárias.

Essa popularidade da rede social é vista também no mundo todo. Justamente por isso que a divulgação de determinados conteúdos pode ser bastante problemática. Por exemplo, de acordo com pesquisadores do Centro de Combate ao Ódio Digital (CCDH), do Reino Unido, as hashtags relacionadas com conteúdos nocivos, que incentivam o uso de drogas parecidas com esteroides e anabolizantes, tiveram mais de 580 milhões de visualizações nos EUA nos últimos três anos.

“Uma crise crescente — e croêsnicamente pouco estudada — está se formando entre rapazes e homens, envolta de ideias tóxicas de masculinidade, força e misoginia, e amplificada por algoritmos inexplicáveis”, disse o CEO do CCDH, Imran Ahmed.

Vídeos no TikTok

Tecmundo

Quem mais consome esse tipo de conteúdo está na faixa etária entre 18 e 24 anos. E as substâncias que são procuradas são “drogas semelhantes a esteroides”, incluindo esteroides androgênicos anabólicos, peptídeos e Moduladores Seletivos de Receptores Androgênicos (SARMs).

“Direcionados a adolescentes e jovens adultos, os vídeos nas plataformas de redes sociais promovem os SARMs como uma forma rápida ou fácil de melhorar a aparência física, ganhar massa muscular ou aumentar o desempenho atlético”, disse a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos, em abril.

Por mais que a venda dessas substâncias não aconteça diretamente para quem vê os vídeos no TikTok, a promoção desse tipo de produto é algo constante na rede social. Tanto é que o CCDH encontrou 35 influencers da rede social que estavam relacionados a vendas de SARMs ilegais.

Esses influencers compartilham no TikTok a sua experiência com o consumo dessas drogas, pontuam os ganhos que tiveram em desempenho físico e em sua aparência e tentam educar o público a respeito das substâncias.

No nosso país, desde abril desse ano, o Conselho de Medicina proibiu a prescrição de anabolizantes para fins estéticos e para um maior desempenho esportivo. Nessa proibição, os SARMs estão incluídos. Além disso, a regra também proíbe que sejam feitos cursos, eventos e publicidade que tente estimular e defender os benefícios dessas terapias.

Popularidade

MS Post

Claro que a divulgação de vídeos desse tipo é uma coisa preocupante, ainda mais com a rede social sendo a mais popular entre jovens no nosso país. O levantamento foi feito pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), que faz pesquisas a respeito do uso de internet no Brasil.

Além de mostrar que o TikTok é a rede social mais usada, esse relatório também informou outros dados, como por exemplo, 93% das crianças e dos adolescentes no Brasil usam a internet. Desses, 78% acessam as redes sociais, mas somente 38% postam alguma coisa. Até porque, teoricamente, as plataformas não aceitam pessoas com menos de 13 anos.

O relatório também informou que as redes sociais em que mais usuários têm perfis é o WhatsApp e o Instagram. No entanto, o TikTok é o mais usado. Tanto é que 34% dos usuários de internet, entre nove e 17 anos, apontam o aplicativo como a principal rede social.

Outro dado interessante visto pelo relatório é que 32% dos usuários entre 11 e 17 anos buscaram apoio emocional na internet.

Para que esses dados fossem captados, a pesquisa foi feita com 2.651 crianças e adolescentes junto com seus pais ou responsáveis, entre outubro de 2021 e março de 2022.

Essa foi a primeira vez que o Cetic.br perguntou a respeito do uso do TikTok entre as crianças e adolescentes. Com isso, a rede social apareceu em terceiro lugar quando o critério usado é em qual serviço os usuários de nove a 17 anos têm perfil. Contudo, ele é apontado como a plataforma mais usada por esse público.

Fazendo um recorte de renda, o TikTok é a principal rede social entre as crianças e adolescentes nas classes AB, com 41%, e empata com o Instagram na classe C, com 34%. Já entre as crianças e adolescentes das classes DE, o Facebook tem um número maior, com 20%, contra 30% do Instagram e 29% do TikTok.

“As classes A e B aparecem em maiores proporções em plataformas novas do que as classes C e DE. A gente observa as diferenças por classes para todas as plataformas, mas essas mais novas têm uma diferença mais acentuada do que aquelas que já são populares há mais tempo”, disse Luísa Adib, coordenadora da pesquisa TIC Kids Online Brasil, sobre a popularidade do TikTok.

Fonte: Tecmundo,  G1

Imagens:Tecmundo, MS Post

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