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A jiboia-da-areia-árabe parece ter saído diretamente de um desenho animado

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As cobras e serpentes estão associadas a crenças e mitos desde os primórdios dos tempos. Por mais que elas não tenham realmente alguns dos poderes relatados nessas crenças, esses animais conseguem fascinar muitas pessoas, ainda mais quando eles têm alguma característica interessante ou diferente, como no caso da jiboia-da-areia-árabe.

Essa jiboia-da-areia-árabe é conhecida cientificamente como Eryx jayakari. Ela tem um comportamento noturno diferente. Durante o dia, ela se enterra na areia como uma forma de se proteger do calor do deserto, e à noite elas saem para começar sua caça.

Mas além do seu comportamento, uma característica bem interessante dessa cobra são seus olhos grandes e proeminentes no topo da sua cabeça. Isso faz parecer que a jiboia veio de um desenho infantil.

Característica

Socientifica

Por mais que a cobra tenha uma aparência um pouco engraçada, essa característica é essencial para a estratégia de caça dela, e faz com que ela observe sua presa enquanto está camuflada na areia.

Quando comparadas à maior parte das jiboias elas são pequenas, tendo no máximo 38 centímetros. As cores dessas cobras variam de cinza-amarelado à marrom-arenoso salpicado de manchas brancas e listrado transversalmente com marcas escuras. Essas cores ajudam o animal a se misturar de forma perfeita com o ambiente de deserto em que ele vive. As presas dessa jiboia são normalmente lagartos e lagartixas.

Na reprodução, as fêmeas tem um papel ativo no nascimento dos filhotes. Elas põe poucos ovos que eclodem depois de 66 dias. Essa jiboia é uma das poucas da família boidae que colocam ovos ao invés de dar a luz aos filhotes vivos. E como os filhotes dessa espécie não desenvolvem dentes dentro do ovo, para sair eles tem uma ajuda de sua mãe.

Felizmente, segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN, as jiboias-das-areias-árabes não estão em risco de extinção e são consideradas comuns nas suas áreas.

Jiboia

G1

Além da jiboia-da-areia-árabe, outras cobras também se destacam por características específicas. Como por exemplo, a jiboia arco-íris. Como o próprio nome diz, essa cobra tem as cores do arco-íris em sua pele. É uma característica bem conhecida da Epicrates cenchria, popularmente conhecida como “jiboia arco-íris”.

Em 2022, uma serpente dessa espécie foi encontrada em Vilhena, em Rondônia. Depois de ter sido encontrada, a jiboia foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros no bairro Santos Dumont e entregue para avaliação de especialistas da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma).

Segundo a prefeitura, a cobra foi devolvida para a natureza por já estar com um bom estado de saúde.

A jiboia chama atenção por suas cores. Mas por que ela é colorida? Essa espécie ganha as cores do arco-íris quando é exposta à luz do sol por conta de um fenômeno óptico conhecido como iridescência.

“Quando o raio solar bate no seu couro, a luz refletida tem as cores do arco-íris e forma um padrão lindo em suas escamas. Esse processo é chamado de iridescência, e daí vem o seu nome”, comentou Rafael Fonseca, assessor da Semma de Vilhena.

Esse fenômeno também acontece com o arco-íris. Mas no seu caso, ele é um fenômeno meteorológico que surge no céu depois das chuvas quando a luz do sol atravessa as gotas de água no ar.

“O efeito óptico é causado por componentes cristalinos (cristais de guanina) que se acumulam nas escamas da espécie e funcionam como prismas que decompõem a luz em diferentes cores, presentes também no arco-íris, porém, nas camadas de vapor d’água na atmosfera”, informou a Semma.

Com relação à jiboia, a Semma informou que os animais dessa espécie vivem cerca de 15 anos e podem chegar a medir mais de dois metros de comprimento e pesar cinco quilos. A dieta dessas cobras é diversificada e varia entre pequenos mamíferos roedores, anfíbios e algumas aves.

De acordo com Marcela Almeida, secretária municipal de Meio Ambiente, as jiboias-arco-íris são animais bastante procurados para se ter em cativeiro. Por conta disso, elas merecem uma atenção maior para que continuem sobrevivendo na natureza.

“Nesta em especial fizemos monitoramento de alguns dias e como estava em boas condições de saúde, devolvemos ela para seu habitat natural em segurança. É um animal incrível que mostra a biodiversidade que temos em Vilhena e as maravilhas da natureza que precisamos preservar”, disse ela.

Fonte: Socientifica,  G1

Imagens: Socientifica,  G1

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