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É quase impossível alguém nunca ter ouvido falar da Mona Lisa, até porque ela é uma das obras de arte mais famosas do mundo. Também chamada de La Gioconda, ou Mona Lisa del Giocondo, a obra de Leonardo da Vinci ultrapassou todas as barreiras, e fez dele um dos homens mais eminentes do Renascimento Italiano.
O pintor começou essa obra em 1503, e representou uma mulher com sua expressão introspectiva e um semblante facial tímido. Em toda a história da arte, nenhum retrato conseguiu ser mais famoso e respeitado do que a Mona Lisa. Claro que por ser tão famoso, o quadro também é rodeado de perguntas e teorias da conspiração, sendo uma delas o questionamento se a mulher retratada por Da Vinci existiu ou não.
Essa dúvida pode já não existir para as gerações futuras. Isso porque, desde o dia 23 de maio é possível fazer a consulta online dos registros de batismos dos personagens ilustres da Florença medieval. Dentre eles está Lisa Gherardini, que foi imortalizada pelo pintor na obra “Mona Lisa”.
Quem foi?
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Esses documentos disponíveis cobrem o arco de tempo entre 1450 e o começo do século XX. Eles podem ser consultados no site da Opera di Santa Maria del Fiore, entidade responsável pela gestão da Catedral de Florença.
“Os registros são uma fonte preciosíssima e insubstituível de informações para estabelecer as datas de nascimento, as relações de parentesco e as zonas de residência de numerosas gerações de florentinos”, disse a Opera.
No caso de Lisa Gherardini, ela nasceu no dia 15 de junho de 1479 e, quando tinha 15 anos se tornou a terceira esposa de Francesco del Giocondo de Florença, um comerciante da região. Ela tinha uma vida confortável de classe média florentina, além de ter se tornado o rosto mais famoso da história através da obra de Da Vinci no começo do século XVI.
A mulher teve cinco filhos com seu marido, que teoricamente teria sido quem encomendou a Mona Lisa a Da Vinci. E segundo Giuseppe Pallanti, autor de “Mona Lisa Revealed: The True Identity of Leonardo’s Model”, o casal tinha uma relação bem próspera.
“Dada a afeição e amor do testador por Mona Lisa, sua amada esposa, em consideração do fato que Lisa sempre agiu com espírito nobre e como esposa fiel, deseja que ela tenha tudo o que precisar”, escreveu Pallanti.
Além do registro da inspiração para o quadro, a Opera di Santa Maria del Fiore também colocou disponível certificados de batismo de outras pessoas históricas importantes, como por exemplo, o navegador Américo Vespúcio, do filósofo Nicolau Maquiavel e do escritor Carlo Lorenzini “Collodi”, que criou o “Pinóquio”.
Inspiração para Mona Lisa
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Até hoje, Mona Lisa é tida como a personificação do mistério com o seu sorriso enigmático. E além do quadro em si, a identidade da mulher já foi alvo, e ainda é, de muitos questionamentos e teorias de historiadores do mundo todo.
A teoria mais aceita sobre quem é a mulher é de que se trata de Lisa Gherardini. Tanto é que, o próprio Museu do Louvre, lar da obra de arte, reconhece a mulher como sendo a Mona Lisa. Esse pensamento é embasado também pelo historiador renascentista Giorgio Vasari que, em 1550, escreveu uma biografia de Da Vinci, depois de 31 anos que o pintor tinha morrido.
Segundo o que o historiador conseguiu reunir, Salai, assistente do pintor, tinha documentos pessoais dele que citavam a posse de uma pintura de Da Vinci chamada “La Gioconda”. Em 2005, pesquisadores da Universidade de Heidelberg confirmaram esse relato.
Os pesquisadores descobriram uma anotação em um livro do filósofo Cicero, em 1503 feita por Agostino Vespucci, contemporâneo de Da Vinci. No relato, ele diz que o pintor estava trabalhando em um retrato de Lisa del Giocondo. E o apelido que a obra ganhou, Monna Lisa, era uma maneira abreviada de dizer “Senhora Lisa”.
Embora exista a certeza que Da Vinci pintou Lisa Gherardini, nunca houve a confirmação de que de fato ela seria a mulher retratada em Mona Lisa. Por conta disso, vários outros nomes já foram cogitados.
Fonte: UOL
Imagens: UOL
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