Curiosidades

A segunda lua gigante fora do Sistema Solar

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Astrônomos descobriram uma segunda lua gigante orbitando um planeta do tamanho de Júpiter fora do nosso Sistema Solar. Caso seja confirmado, essa descoberta pode mostrar que as exoluas são tão comuns no universo quanto os exoplanetas, grandes ou pequenos. Além disso, isso mostra que elas são uma característica dos sistemas planetários.

Essa novidade foi publicada no dia 13 de janeiro de 2022, no periódico Nature Astronomy. A pesquisa foi liderada por David Kipping e teve a colaboração da equipe do Laboratório Cool Worlds, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. Esse foi o mesmo time que reportou a primeira lua gigante, em 2017.

“Astrônomos já encontraram mais de 10 mil candidatos a exoplanetas até agora, mas exoluas são muito mais desafiadoras”, afirmou Kipping em comunicado. “Elas são um território desconhecido.” 

Os exoplanetas, ou planetas extrassolares, são planetas que não fazem parte do nosso Sistema Solar. Assim, as exoluas são luas que orbitam nestes planetas.

As exoluas e os exoplanetas fascinam os astrônomos devido à potência de mostrar como e onde a vida pode ter emergido no universo. Os especialistas desejam descobrir como essas duas se formam, se podem ter vida, e qual o papel, se tiverem, desenvolvem para fazer os planetas hospedeiros serem habitáveis.

Nova lua gigante

Nazarii_Neshcherenskyi – Shutterstock

De acordo com a pesquisa, a exolua foi identificada orbitando o exoplaneta Kepler 1708b, localizado a 5,5 mil anos-luz da Terra, na direção das constelações de Cygna e Lyra. Essa nova exolua é aproximadamente um terço menor que a do tamanho de Netuno, encontrada anteriormente por Kipping e seus colegas. Há também uma exolua que orbita um exoplaneta parecido com Júpiter, o Kepler 1625b.

As duas candidatas à superlua são, provavelmente, feitas de gás que se acumulou sob a atração gravitacional devido ao seu enorme tamanho. Existe uma teoria, publicada em 2019, de que as duas podem ter começado suas vidas como planetas, mas depois foram puxadas para dentro da órbita de um planeta maior ainda. Exemplo disso é o Kepler 1625b ou 1708b.

Os especialistas buscam localizar planetas gasosos frios e gigantes em órbitas amplas, isso para ajudar na descoberta de exoluas, visto que os análogos em nosso Sistema Solar, Júpiter e Saturno, têm mais de cem luas entre eles.

De acordo com o estudo atual, foi notada amostra dos planetas gigantes gasosos mais frios, que foram registrados pela espaçonave de caça a planetas da Nasa, a Kepler. Após escanear os 70 planetas em profundidade, eles localizaram apenas um candidato, o Kepler 1708b, que tem um sinal parecido ao de uma lua.

Para verificar a descoberta, serão utilizados telescópios espaciais, como o Hubble. Esse processo pode levar anos, visto que a primeira descoberta da exolua de Kipping, de 2017, segue sendo debatida mesmo anos depois.

A pesquisa da nova exolua

Tecno Blog

No ano de 2020, Kipping e seus colegas expuseram que um grupo de céticos pode ter perdido a lua de Kepler 1625b em seus cálculos. Atualmente, a equipe segue com investigações de outras linhas de evidência.

Localizar os objetos a centenas ou milhares de anos-luz de distância não é simples. As luas e planetas só podem ser vistas indiretamente à medida que passam em frente às suas estrelas hospedeiras, o que faz com que a luz da estrela diminua. Observar um desses sinais com telescópio é complicado, assim como entender os dados da curva de luz. As luas se tornam ainda mais difíceis de encontrar por conta do seu menor tamanho e do fato de bloquear menos luz.

Porém, para Kipping, essa descoberta vale a pena. Ele relembra que a existência de exoplanetas foi recebida com o mesmo ceticismo que atribuem às exoluas atualmente.

“Esses planetas são alienígenas comparados com o nosso sistema doméstico. No entanto, eles revolucionaram nossa compreensão de como os sistemas planetários se formam”, explicou o professor.

Fonte: Revista Galileu

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