Curiosidades

Mais de 350 exoplanetas foram encontrados

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O primeiro exoplaneta (corpo celeste que não orbita em torno do sol e não faz parte do nosso sistema solar) foi descoberto ainda na década de 1990. Depois dele, milhares de outros similares já foram descobertos além do nosso sistema. Talvez, por isso, de um tempo para cá, a descoberta de novos exoplanetas não seja mais uma notícia tão espetacular, já que sempre se descobrem novos exoplanetas pelo universo. Mas isso não quer dizer que suas descobertas não sejam importantes.

Contudo, essas descobertas podem ser extremamente interessantes. Já que, depois de anos de trabalho árduo, os cientistas estão tentando chegar ao impressionante número de cinco mil exoplanetas confirmados.

Em uma nova pesquisa, uma equipe de astrônomos identificou 366 potenciais exoplanetas que eram desconhecidos anteriormente. Os cientistas os encontraram através de dados do aposentado telescópio Kepler.

Exoplanetas

https://phys.org/news/2020-06-newborn-exoplanets-cooked-sun.html

A descoberta só foi possível pelo desenvolvimento de um algoritmo para identificar quedas no brilho estelar. Até porque, essas quedas indicam a presença de um exoplaneta em órbita.

“Descobrir centenas de novos exoplanetas é uma realização significativa por si só. Mas o que diferencia este trabalho é como ele iluminará características da população de exoplanetas como um todo”, disse o astrônomo Erik Petigura, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

O telescópio Kepler ficou quase uma década em órbita em volta do sol. Nesse período ele olhou para várias partes do céu e registrou as estrelas. O objetivo da sua missão era capturar pequenas quedas de brilho que ocorrem na luz de uma estrela quando um exoplaneta passa entre a Terra e o sol.

A presença de um exoplaneta é indicada por várias depressões cronometradas regularmente. Justamente esse período de tempo entre os mergulhos que dá aos astrônomos a possibilidade de descobrir o quão próximo o exoplaneta está orbitando da estrela. Outro fato é que a quantidade de luz que ele bloqueia revela o seu tamanho.

Identificação

https://earthsky.org/astronomy-essentials/what-are-exoplanets/

Isso pode parecer uma coisa simples. No entanto, identificar os sinais no meio do ruído é uma trabalho bem longo e meticuloso. Antigamente, ele era feito visualmente. Até porque, as pessoas, geralmente, têm um desempenho bem melhor nessa detecção de sinais do que um software.

Entretanto, o software está cada vez mais sofisticado. Conjuntamente, um  algoritmo desenvolvido pelo astrônomo da UCLA, Jon Zink, também está ajudando. Nesse caso, a equipe colocou todos os 500 terabytes de dados da segunda missão do Kepler. Isso cobriu mais de 800 milhões de imagens no software.

Como resultado, eles conseguiram 381 exoplanetas que já tinham sido identificados anteriormente e outros 366 que são potencialmente novos. Dentre as descobertas estava um sistema com dois gigantes gasosos parecidos com Saturno, orbitando de maneira incomum e próxima de sua estrela hospedeira, e um do outro.

É justamente casos incomuns como esse que os cientistas planetários procuram. Isso porque eles dão aos pesquisadores a possibilidade de entender os parâmetros do que é possível para os sistemas planetários.

“A descoberta de cada novo mundo fornece um vislumbre único da física, que desempenha um papel na formação do planeta”, explicou Zink.

Estudos

https://ec.europa.eu/research-and-innovation/en/horizon-magazine/zeroing-baby-exoplanets-could-reveal-how-they-form

Ademais, Zink e sua equipe não foram os únicos a trabalharem com os dados do Kepler. Outra pesquisa liderada por Hamed Valizadegan, da Associação de Pesquisas Espaciais das Universidades (USRA), colocou mais de 300 exoplanetas na lista dos confirmados.

Normalmente, quando se identifica um sinal como um potencial exoplaneta, primeiramente ele é registrado como candidato. Ele pode ser um exoplaneta, mas é preciso um trabalho adicional para confirmar. Para isso, os astrônomos têm que descartar todas as outras possibilidades. Os exoplanetas que Zink e sua equipe descobriram estão enquadrados nessa categoria.

Os candidatos para exoplanetas são milhares. Para se ter uma noção, em 18 de novembro o número de exoplanetas confirmados chegava a 4.575.

Nessa busca, Valizadegan e seus colegas desenvolveram uma rede neural profunda, chamada ExoMiner. Ela pode distinguir entre um exoplaneta real e falsos positivos.

“Quando o ExoMiner diz que algo é um planeta, você pode ter certeza que é um planeta. O ExoMiner é altamente preciso e, de certa forma, mais confiável do que os classificadores de máquinas existentes e os especialistas humanos que ele deve imitar por causa dos preconceitos que vêm com a rotulagem humana”, explicou Valizadegan.

Busca

https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/11/kepler-o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-finado-telescopio-da-nasa.html

Por isso, ele e sua equipe usaram o ExoMiner para fazer a análise de dados de candidatos de exoplanetas vistos nos dados do Kepler. Eles eram exoplanetas que já tinham sido identificados, mas estavam aguardando à confirmação. Como resultado, o ExoMiner conseguiu confirmar 301 deles.

Nenhum dos exoplanetas confirmados se parece com o nosso planeta e nem estão nas zonas habitáveis de seus sistemas solares. Entretanto, eles são importantes para a compreensão das estatísticas do sistema planetário na Via Láctea.

A confirmação de exoplanetas ajuda os astrônomos a entenderem como os sistemas planetários evoluem e crescem. Além de saber quais são os resultados prováveis ​​da evolução do sistema.

Fonte: Science Alert

Imagens: Phys, Earth Sky, EC, Galileu

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