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Acessar notícias ruins em excesso faz mal para o cérebro e o corpo

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Basta ligar a TV, o rádio ou acessar um portal de notícias para se deparar com alguma manchete preocupante. Estamos lidando com uma pandemia, uma guerra, uma crise climática e muito mais, tudo ao mesmo tempo. Portanto, é difícil não ter contato com essas notícias ruins, assim como é difícil não comentar e pensar sobre.

No entanto, consumir muitas notícias ruins pode chegar a afetar a saúde mental e física, conforme pesquisas sobre o assunto. “Doomscrolling” é o termo usado para se referir à tendência de gastar uma quantidade excessiva de tempo com notícias ruins, tristes e deprimentes. Assim, essa prática cresceu desde o início da pandemia do Covid-19, ainda em 2020.

Doomscrolling

OcusFocus/Istock

A palavra vem da justaposição de outros dois termos em inglês: doom, que significa ruína, e scrolling, que é o ato de rolar pelo feed. Dessa forma, o estudo descobriu que 16,5% das cerca de 1.100 pessoas pesquisadas mostraram sinais de “severamente problemático” de notícias. Isso, por sua vez, levou as pessoas a terem níveis maiores de estresse, ansiedade e problemas de saúde.

Esses indivíduos não se desligam das notícias ruins, ficando em um ciclo vicioso em que se tornam cada vez mais atraídos e obcecados pelas notícias. Então, para aliviar o sofrimento emocional, elas continuam verificando as atualizações sem parar. “Mas isso não ajuda, e quanto mais eles checam as notícias, mais elas começam a interferir em outros aspectos de suas vidas”, afirma Bryan McLaughlin, principal autor do estudo.

Já 27,3% dos entrevistados tinham níveis “moderadamente problemáticos” de consumo de notícias ruins, 27,5% foram minimamente impactados e 28,7% não tiveram problemas. Vale destacar que existem aquelas pessoas que recebem atualizações de notícias sem as consequências psicológicas. No entanto, algumas demonstram uma verdadeira obsessão mais compulsiva pela mídia e lutam para não se afetar pelas notícias que leem.

Dentre os voluntários consultados pela pesquisa, os obcecados pontuaram alto em cinco dimensões de consumo problemático listadas pelos pesquisadores, como por exemplo: ficar alheio dentro do conteúdo das notícias é um deles, assim como preocupar-se com as notícias e tentar reduzir a ansiedade consumindo mais notícias. Além disso, tem-se a dimensão de achar difícil evitar as notícias e deixar o consumo de notícias interferir em sua vida diária.

A pesquisa descobriu que aqueles com níveis mais altos de consumo problemático eram notavelmente mais propensos a ter problemas de saúde mental. No entanto, não é só isso, porque eram mais propensos a ter problemas de saúde física também.

Dos que estavam no nível de consumo “severamente problemático”, 74% relataram ter problemas de saúde mental e 61%, problemas físicos. Isso comparado com 8% e 6,1% dos outros participantes. Vale ressaltar que os pesquisadores já esperavam que uma parte considerável dos voluntários teriam sinais de consumo problemático de notícias ruins. Ainda assim, eles ficaram surpresos ao descobrir que quase 17% dos participantes estavam no nível mais grave do espectro de consumo.

“Isso é certamente preocupante e sugere que o problema pode ser mais generalizado do que esperávamos. Muitas pessoas parecem estar experimentando uma quantidade significativa de ansiedade e estresse devido a seus hábitos de consumo de notícias”, conclui McLaughlin.

Doomers

Diante desse cenário, temos um efeito negativo sobre os problemas que poderiam até ter uma solução, se as pessoas fossem menos negativas. Assim, os “doomers” são as pessoas que acreditam que o planeta está sendo esgotado por conta da ação humana, e que estamos enfrentando um fim iminente que não pode ser evitado.

Em redes sociais como o TikTok, por exemplo, há desde a falsa mensagem de que tudo irá acabar em 10 anos até a ideia de que nada mais possa ser feito para salvar o planeta. Porém, pesquisadores vêm alertando a população mundial para evitar esse tipo de pensamento, visto que o planeta precisa de ajuda e há evidências de que a ação humana pode reverter alguns danos.

Fonte: Superinteressante

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