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Acordar uma hora mais cedo pode reduzir o risco de depressão

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Você é do time que acorda com o nascer do sol ou do time das cortinas blecaute que dorme até o meio dia? Se a resposta for o último grupo, é hora de repensar seus hábitos de sono. Isso porque um novo estudo indica que levantar da cama apenas uma hora mais cedo que o seu normal pode reduzir o risco de depressão em até 25%.

A pesquisa em questão que vai fazer uma legião de pessoas alterarem seus alarmes foi realizada por cientistas da Universidade do Colorado em Boulder e do Instituto Broad, de Harvard e do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets). Dessa forma, o estudo conseguiu evidências sólidas de que o cronotipo influencia no risco de desenvolver depressão.

Além disso, ela está entre as primeiras pesquisas para quantificar as mudanças necessárias nos horários de dormir e despertar para melhorar a saúde mental. Assim, cronotipo é o que chamamos de “relógio biológico”. Com ele, nosso cérebro produz os hormônios essenciais para o bom funcionamento do sistema dependendo da exposição à luz solar, como é o caso da melatonina, que induz o sono. Isso explica a razão pela qual algumas pessoas são mais dispostas de dia e outras preferem a noite: elas têm cronotipos distintos.

Outros estudos já apontaram que quem demora a dormir e quem acorda mais tarde tem duas vezes mais chance de sofrer de depressão do que aqueles que acordam cedo, independente da quantidade de horas dormidas.

“Já sabemos há algum tempo que existe uma relação entre os horários de sono e o humor, mas uma pergunta que ouvimos com frequência é: o quanto mais cedo precisamos dormir e acordar para notar, de fato, um benefício?”, disse Celine Vetter, uma das autoras da nova pesquisa.

A pesquisa

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Para entender melhor como isso funciona, os cientistas fizeram um estudo genético com 840 mil pessoas, usando os dados da 23 And Me, empresa de teste de DNA, e do banco de dados biomédico UK Biobank.

“Nossa genética é definida desde o nascimento, então algumas predisposições que interferem em outros tipos de pesquisa epidemiológica tendem a não afetá-los”, afirmou em comunicado Iyas Daghlas, principal autor do estudo, sobre as vantagens de se usar estudos genéticos em casos como esse.

No momento, a genética explica de 12% a 42% do cronotipo de um indivíduo. Também sabe-se que existem mais de 340 variantes genéticas que podem influenciá-lo. Logo, os cientistas avaliaram o DNA dos 840 mil com foco nessas variantes.

Cerca de 85 mil dessas pessoas usaram rastreadores de sono por uma semana e 250 mil preencheram questionários referentes ao padrão de sono. Então, combinaram as informações para entender como a genética influencia nos horários de dormir e acordar.

Segundo a pesquisa, pessoas com predisposições genéticas para acordar mais cedo têm menos risco de sofrer com depressão. Além disso, quanto mais cedo se deita para dormir, menos risco também. Se antecipar o despertar em uma hora, diminui em 23% o risco de ter a depressão, enquanto antecipar o sono em duas horas apresenta uma redução de 40%.

Explicações

“Acredito que a pesquisa mudou o peso das evidências para apoiar um efeito de causa dos horários de sono em relação à doença”, disse Daghlas. Porém, ainda não se sabe o que poderia explicar esse efeito. Algumas pesquisas indicam que acordar mais cedo faz com que o indivíduo tenha mais exposição solar, o que melhora o humor, por exemplo.

Outra possível causa é que os matutinos seguem os horários sociais, enquanto as corujas podem se sentir deslocados com o resto das pessoas, tomados pelo silêncio da madrugada. Sendo assim, por enquanto, teremos que aprofundar os estudos nessa área, conforme explica o especialista.

Fonte: Superinteressante

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