Curiosidades

Aroma do café pode reduzir estresse de noite mal dormida

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O cheiro de café é um daqueles cheiros que despertam memórias afetivas na maior parte dos brasileiros. Afinal, muitos dizem que não há nada melhor do que despertar pela manhã sentindo o cheirinho do café se espalhar pela cozinha.

Pode ser que esse aroma, que desperta alegria e faz o consumidor começar o dia bem, seja explicado pela ciência. De acordo com a revista especializada Journal of Agricultural and Food Chemistry, o aroma do café pode reduzir o estresse que temos quando não dormimos o suficiente.

Assim sendo, muitas pesquisas demonstram os benefícios do consumo do café e, especificamente, dos ingredientes que se encontra nele. Contudo, poucas pesquisas têm como objeto de estudo a forma que o aroma pode afetar a sua saúde de forma positiva.

Em estudo com ratos em laboratório, um grupo internacional de pesquisadores chegou à conclusão de que o aroma do café é capaz de alterar os genes no cérebro dos roedores de tal forma que ajuda a reduzir o estresse da privação do sono.

Dessa forma, dividiu-se os ratos em quatro grupos, o primeiro sendo o grupo de controle. O segundo era com animais induzidos a ficarem acordados por 24 horas, o que proporcionou estresse. O terceiro grupo foi exposto ao aroma, sem animais estressados, enquanto o quatro foi exposto enquanto estavam estressados.

Os resultados dos testes mostraram que todos os animais que sentiram o cheiro do café apresentaram níveis diferentes de atividade em 17 genes, com 14 deles sendo expressos de forma diferente entre os dois grupos de ratos estressados, seja exposto ou não ao café.

Entre os genes e proteínas com expressão diferente nos dois grupos, encontraram alguns que cumprem função antioxidantes ou anti-estresse também.

Natureza impacta sono

JillWellington/Pixabay

Outra pesquisa interessante foi publicada na edição de setembro de 2015 na revista Preventive Medicine. Assim, no estudo, mais de 255.000 adultos de todos os Estados Unidos foram questionados sobre a qualidade de sono durante o mês anterior.

Em resposta, a maior parte dos entrevistados contaram que dormiram mal menos de sete noites no mês. No entanto, aqueles que disseram que dormiram mal em 21 a 29 noites apresentaram algo interessante. Isso porque eram menos propensos a ter acesso à natureza ou espaço verde que aqueles que dormiram mal em menos de sete noites.

Com isso, os pesquisadores descobriram a ligação entre uma boa noite de sono e a exposição a áreas naturais. No caso dos homens, isso se mostra ainda mais significante em comparação com as mulheres.

Obesidade e descanso

Já o American Journal of Clinical Nutrition publicou um estudo francês em que se analisa a ligação entre uma noite mal dormida e o desenvolvimento da obesidade. De acordo com os autores, dormir bem pode ajudar a prevenir a obesidade, já que se associa uma noite mal dormida ao aumento no consumo de alimentos e nos níveis de atividades físicas necessários para o gasto de energia.

Assim, é provável que isso ocorra porque a privação do sono aumenta os níveis sanguíneos de grelina, conhecida como o hormônio da fome, e reduz as concentrações de leptina, o hormônio da saciedade.

A pesquisa avaliou 12 homens jovens e saudáveis que tiveram 8h e 4h de sono em laboratório em duas noite. Durante o dia, tiveram acesso livre à alimentação. Então, avaliou-se a dieta, os níveis de atividades físicas e as sensações de fome e a saciedade, além do desejo por alimentos específicos e o sono. Assim, os pesquisadoras notaram que os voluntários consumiram 22% mais calorias no dia após a privação do sono.

Também apresentaram mais fome antes do café da manhã e do jantar após dormirem apenas 4h. Além disso, mesmo com níveis maiores de atividades físicas após a restrição do sono, os voluntários tiveram maior sensação de sono nesse período. Isso em comparação com a noite que dormiram 8h.

“Uma noite de sono reduzido, subsequentemente, aumenta a ingestão de alimentos e, em menor extensão, a estimativa de atividade física relacionada ao gasto de energia em homens saudáveis”, destacou o pesquisador Laurent Brondel, na publicação. “Esses resultados experimentais, se confirmados por medidas de balanço de energia em longo prazo, sugerem que a restrição do sono poderia ser um fator que promove a obesidade”, concluíram os autores do estudo.

Fonte: Boa Saúde

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