Curiosidades

Alguns diamantes raros se formam a partir de restos mortais de criaturas que já viveram na Terra

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Os minerais são corpos naturais sólidos e cristalinos, formados pela interação de processos físicos e químicos em ambientes geológicos. Talvez, o mais famoso deles seja o diamante. Não é novidade para ninguém que os diamantes estão entre as pedras preciosas mais desejadas do mundo. E não é por acaso que é também uma das mais caras.

Mesmo com todo o fascínio que as pessoas têm pelos diamantes, ainda existe muito o que aprender a respeito de como eles se formam nas profundezas da Terra. De acordo com o descoberto por uma nova pesquisa, dois tipos diferentes de diamantes raros possuem uma origem comum. Eles são frutos de reciclagem de organismos que viviam a mais de 400 quilômetros abaixo da superfície.

Ao todo, existem três tipos de diamantes naturais. Os primeiros são os chamados diamantes litosféricos. Eles se formam na camada litosférica, que fica aproximadamente entre 150 a 250 quilômetros abaixo da superfície da Terra. São os mais comuns e, provavelmente, o tipo que se encontra nos anéis.

Diamantes

Os outros dois tipos são mais raros. São eles, os diamantes oceânicos e os superprofundos continentais. Os oceânicos, como o próprio nome diz, são encontrados em rochas oceânicas. Já os superprofundos continentais são os que se formam entre 300 e mil quilômetros abaixo da superfície do planeta. Profundidade que faz com que eles se formem no manto da Terra.

Os diamantes oceânicos e os superprofundos são bem diferentes. Como por exemplo, em sua variação na assinatura de isótopo de carbono que se chama δ 13 C, delta carbono treze. Ela pode ser usada para saber se o carbono tem origem orgânica ou inorgânica.

Segundo pesquisas anteriores sugeriram, os diamantes oceânicos, originalmente, se formaram a parti do carbono orgânico que já existia nos seres vivos. Enquanto os superprofundos têm uma quantidade bastante variável de δ 13 C. Por isso é difícil dizer se eles são feitos de carbono orgânico ou não.

Estudo

Contudo, o novo estudo, liderado pelo geólogo Luc Doucet da Curtin University, descobriu que os núcleos de diamantes superprofundos continentais possuem uma composição parecida de δ 13 C. Essa descoberta significa que, assim como os diamantes oceânicos, esses também tem restos de criaturas que já viveram antigamente no planeta.

“Trazendo um novo significado para o velho ditado do lixo ao luxo, esta pesquisa descobriu que o motor da Terra, na verdade, transforma carbono orgânico em diamantes muitas centenas de quilômetros abaixo da superfície. Balões de rochas do manto mais profundo da Terra, chamadas plumas do manto, carregam os diamantes de volta à superfície da Terra por meio de erupções vulcânicas para os humanos desfrutarem como pedras preciosas”, disse Doucet.

Formação

Observar esses diamantes pode ajudar os pesquisadores a descobrir seus primeiros momentos. Já que a estrutura desses cristais permanece colocada mesmo sob pressão cinco vezes maior do que o núcleo da Terra. E em 2019, eles até descobriram um diamante com outro dentro de si.

Além disso, essa pesquisa está longe de ser o fim da história. Isso porque os cientistas não sabem o motivo de esses diamantes raros e profundos, encontrados mais profundamente na litosfera, estarem usando esse carbono orgânico reciclado.

“Isso pode ter algo a ver com o ambiente físico-químico de lá. Não é incomum que uma nova descoberta científica levante mais questões que requerem mais investigação”, explicou o geólogo Zheng-Xiang Li, da Universidade Curtin.

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